A rede social
É preciso quase um dicionário para saber o que são
muitas destas redes sociais. Ora veja-se: Facebook, Twitter, Imdb – que apesar
de não ser necessariamente uma rede acaba por poder funcionar como -, GetGlue,
Pinterest, Hi5, My Space, Instagram, Tumblr, Orkut, LinkedIn, Google +,
Foursquare, mais as plataformas da blogosfera: wordpress, blogger…
Não temos consciência muitas vezes de como nos
comportamos de forma diferente numa rede social e frente a frente com as
pessoas. Jamais alguém diria em voz alta muitas das coisas que disse no
Twitter, ou chegaria ao pé de alguém no meio da rua e tentasse conhecer essa
pessoa assim do nada – mas há quem o faça online, acreditem. Somos pessoas
completamente diferentes em linha daquilo que somos na realidade. Ou pelo menos
a maioria de nós. Encontrei há dias no Pinterest – que para quem não sabe é
outra rede social, com um conceito ligeiramente diferente: lembram-se dos
recortes dos jornais ou dos pioneses que se punham nos quadros de cortiça com
coisas que nos agradavam? – uma infografia sobre o tipo de utilizadores que
somos das redes sociais. Como seria cruel se fizessemos a mesma catalogação das
pessoas na vida real. Mas… a verdade é que fazemos. Não divaguemos. Dizia eu
que nessa infografia se distinguiam 10 tipos de utilizadores: o ouvinte, o
ativista, o spammer, o”passionista” (desculpem lá mas não sei bem como
traduzir. Seria o “apaixonado”, mas não me soa nada bem para o contexto), a
borboleta social, o troll, o professor – uma vertente avançada do “passionista”
–, o utilizador precoce, o “black booker” – aquele que pouco mais faz do que
comunicar – e o homem ou mulher de família. (Para detalhes dê uma vista de
olhos à imagem anexa.) Quanto a mim, diria que apesar de ter dúzias de perfis
em redes sociais ou já ter tido nalguns casos, categorizo-me como ouvinte. O
que até se adequa a mim enquanto pessoa. Ainda assim, pensando bem, quantos de
nós somos reais nas redes sociais? Isto é, quantos de nós somos realmente o que
aparentamos quando estamos ligados à rede? Mais, qual desses nossos “eus” é
mais adequado à nossa maneira de ser ou é mais eu na medida em que me sinto
melhor com ele? Porque sou diferente quando tenho o computador entre mim e o
mundo?
Muitas questões nos levantam as redes sociais. Até
que ponto aquilo que publico online é privado ou público? Muitas outras
questões podem ser levantas, ligadas ao comércio, à publicidade, aos negócios,
à nossa relação com as redes, à exclusão social. Entretanto perdi uns largos
minutos a fazer repin de outras tantas infografias. (Vá lá, não foi a fazer
likes no Facebook ou outra coisa qualquer.) Devo estar prestes a correr o risco
– ou já corri – de vos perder para uma qualquer rede social. É melhor deixarmos
o assunto por aqui, por agora.