sexta-feira, 24 de abril de 2015

VII Encontro de Ciência, Arte e Cultura


Hoje, dia 24 de abril, a nossa escola vai estar aberta à Comunidade Educativa entre as 19:30 e as 23:30. 



O Grupo Disciplinar de Filosofia encontra-se na sala 216 com o seguinte programa:



Apresentação 1

      Projeção e possibilidade de participação no blog: http://espacocriticonaescola.blogspot.pt/


Apresentação 2

     Exposição de diálogos e temas abordados nas aulas de Pensamento Crítico
9º C e 9º F


Apresentação 3

     Projeção de vídeos de cariz filosófico sobre as mais variadas temáticas.

Apresentação 4
Exposição de livros de divulgação filosófica e de trabalhos  de alunos.



Vai acontecer...



A partir das 21. 30

Sessões de pensamento crítico :


Sobre  a Problemática da Existência de Deus.

Orador: Pedro Cachatra
11º J


«A Banalidade do Mal»

Segundo  a filósofa Hanna Arendt

Oradora:  Adriana Fernandes
11ºC


Persuasão e Manipulação no Discurso Publicitário

Oradora: Mariana Guerra
11º A




Contamos com a presença de todos e não se esqueçam de
participar deixando os vossos comentários! Não vão faltar computadores!!!

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Agradecendo a todos os que visitaram o nosso espaço, aos que assistiram às comunicações e, muito especialmente aos oradores, publicamos aqui algumas fotos.


Pedro Catracha, Sobre a Problemática da Existência de Deus


Mariana Guerra, Persuasão e Manipulação no Discurso Publicitário

Adriana Fernandes, A "Banalidade do Mal", segundo Hannah Arendt

O público assistente

quinta-feira, 23 de abril de 2015

5 minutos com um cientista

«Foi, com efeito, pela admiração que os homens, tanto hoje como no começo, foram levados a filosofar (...)» Esta afirmação é de Aristóteles, filósofo grego do século IV a. C. e podemos dizer que ela contém a chave da origem de todo o conhecimento, de qualquer conhecimento, quer seja apelidado de científico quer de filosófico.  

O que nos leva a procurar o saber? O que nos faz querer saber? Este mundo onde estamos, esta bola a rodar indefinidamente no espaço sideral, esta primavera que todos os anos se renova, este sol que nos aquece... não continua este mundo a ser fonte de admiração e de interrogação permanentes? E não são essas interrogações, essas perguntas, que nos conduzem às respostas? Que nos fazem encontrar as explicações que fazem desaparecer, às vezes só provisoriamente, essas perguntas ? Parece que sim, que sempre tem sido assim. Por isso é tão importante fazer perguntas, fazer boas perguntas, fazer as perguntas que nos orientam para a resposta. Um cientista ou um filósofo são homens que são capazes de fazer «perguntas interessantes», de fazer boas perguntas!

Serve isto de introdução para 3 pequenos vídeos selecionados do Youtube, «5 minutos com um cientista», da responsabilidade do Museu de Ciência de Coimbra. Trata-se de uma «série de 26 episódios, onde 26 cientistas portugueses falam do que os inspirou e despertou para a ciência, da sua motivação para a investigação e das perguntas que os inquietam e fazem continuar a investigar (...)». 
Todos valem a pena. A seleção dos dois últimos vídeos pode ser considerada arbitrária. Seguimos apenas dois critérios: apresentar uma cientista e um cientista; apresentar dois cientistas com graus de experiência diferentes. Quanto ao primeiro, com o cientista Octávio Mateus, que nos fala da Lourinhã aqui tão perto e com tanto entusiasmo... era impossível resistir!





https://youtu.be/0bZw3aw7Lsk?si=_-tC5J_4eYkG1d6r

quarta-feira, 22 de abril de 2015

A tragédia de Lampedusa (outra vez)

Notícia escolhida pelos alunos do 11ºG

Hoje perguntei aos meus alunos se havia alguma notícia que gostassem de colocar no blogue. Escolheram esta imagem e esta notícia.


imagem retirada de http://www.archiburgos.es/2015/04/20/lampedusa-una-herida-que-sangra-cada-vez-mas/


Naufrágio vitima mais 700 imigrantes a caminho de Lampedusa


Centenas de pessoas podem ter morrido na sequência do naufrágio de uma embarcação com 700 imigrantes ilegais que saiu da Líbia na madrugada de sábado para domingo. A notícia desta nova tragédia com imigrantes ilegais no Mediterrâneo foi avançada por um jornal de Malta, citado pela agência Reuters.
Os migrantes partiram do Egipto e foram apanhar o barco à vizinha Líbia, tendo naufragado perto da costa líbia. 49 sobreviventes já foram resgatados, de acordo com a CNN.

Está em curso uma vasta operação de resgate, citando as autoridades italianas, com navios italianos, a Marinha de Malta e navios mercantes. Segundo os órgãos de comunicação locais, os serviços da guarda costeira italianos e a marinha militar, em colaboração com a armada de Malta, terão já recolhido os corpos de 24 pessoas.
O naufrágio terá ocorrido durante a noite, segundo o testemunho de um dos 28 imigrantes salvos, cujo relato foi repetido hoje pelo porta-voz do Alto-Comissariado da ONU para os refugiados na Europa do Sul, Carlotta Sami.

A Guarda Costeira italiana recebeu o pedido de ajuda por volta da meia-noite, e pediu a um cargueiro com bandeira portuguesa, que se desviara da rota, para auxiliar a embarcação em apuros. A informação já foi confirmada à Renascença pela Marinha Portuguesa.



"A informação que eu tenho vem do Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa, que entrou em contacto com o seu congénere italiano e que informou que se trata de um incidente que ocorreu a 70 milhas náuticas a norte da costa da Líbia, onde estão envolvidos 20 navios e três helicópteros", disse à Renascença o comandante Paulo Vicente, porta-voz da Marinha Portuguesa, que confirma que este cargueiro está registado na Madeira, mas desconhece se os tripulantes têm nacionalidade portuguesa.
"Um dos navios que está envolvido neste processo de busca e salvamento marítimo tem bandeira portuguesa. O navio é chamado King Jacob, é um tipo de cargueiro, é um navio com quase 10 mil toneladas de carregamento e foi envolvido desde ontem às 22h30", descreveu.

O barco poderá ter naufragado quando os imigrantes se deslocaram de um lado para o outro da embarcação, quando um navio mercante se aproximou.

O naufrágio ocorreu a cerca de 27 milhas da costa líbia e a 120 milhas da ilha italiana de Lampedusa.

O porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados já afirmou este domingo que esta pode tratar-se de uma das maiores tragédias humanitárias de sempre no Mediterrâneo.

No sábado, o Papa Francisco deixou o pedido às autoridades de todo o mundopara um maior empenho na solução do problema da imigração ilegal. O Papa falou do tema na audiência com o novo presidente de Itália, Sergio Mattarella. 

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Eduardo Lourenço

Iniciamos hoje um conjunto de publicações, neste blogue, centrado em filósofos portugueses contemporâneos, preferencialmente em ligação com a sua participação nos media ou em eventos culturais. De algum modo, pretendemos responder à pergunta que muitos dos nossos alunos fazem: Não há filósofos portugueses? Há, pois. E andam por aí.

 Começamos com Eduardo Lourenço e o 3º Encontro Presente no Futuro: à procura da Liberdade, promovido pela Fundação Francisco Manuel do Santos e que se realizou a 3 e 4 de outubro de 2014, no Centro Cultural de Belém,

Cartaz retirado de http://www.presentenofuturo.pt/liberdade/downloads/programa.pdf

Este encontro reuniu cerca meia centena de oradores, portugueses e estrangeiros, dos quais destacamos Eduardo Lourenço e José Gil, filósofos portugueses, e Gilles Lipovetski, filósofo francês.
Eduardo Lourenço (n.1923) tem uma vasta obra publicada e os seus estudos sobre a cultura portuguesa são uma referência. Salientamos uma das suas obras de maior projeção, O Labirinto da Saudade - Psicanálise Mítica do Destino Português (1978).



José Gil (n.1939) tem igualmente uma vasta obra que vai desde estudos filosóficos sobre Estética, de carácter mais técnico e especializado, a ensaios mais facilmente acessíveis a um público mais vasto. Em 2005 foi reconhecido como um dos 25 pensadores mais importantes da atualidade pela revista francesa Le Nouvel Observateur. Salientamos uma das obras que mais parece ter contribuído para o conhecimento de José Gil por parte do grande público, Portugal Hoje - o Medo de Existir (2004).

A José Gil voltaremos neste blogue. E também a Gilles Lipovetski.

Retomando o 3º Encontro Presente no Futuro: à procura da Liberdade, publicamos o video, retirado do youtube, que regista a participação de Eduardo Lourenço. Carlos Vaz Marques conversa com o filósofo de forma descontraída. A conversa flui e Eduardo Lourenço surpreende e cativa pela vitalidade, naturalidade e humor. Fala-se de liberdade, viaja-se pelo seu e nosso passado, pela nossa História, mas também se fala de presente e de futuro, do futuro acerca do qual diz Eduardo Lourenço ( e com esta ideia finaliza): «a única coisa que é certa é que ele é mais imprevisível ainda do que o que podemos imaginar neste momento» . E ainda bem, acrescentamos nós!!!
Para quem não tem disponibilidade para ouvir tudo, sugiro que não perca a reflexão sobre a liberdade, logo no início, definida esta como «a forma natural de respirarmos aquilo que somos», a resposta à pergunta relativa ao «domínio da máquina sobre o homem (sensivelmente aos 49'), a referência à televisão (a partir dos 50') e a deliciosa expressão dos «teólogos a discutir futebol» (52' 40'' ),  a referência ao ensino e à escola, esse lugar «onde se aprende a discutir, a aceitar a opinião divergente, a combater com argumentos, por exemplo, em vez de ser com insultos»(1' 4'').





terça-feira, 14 de abril de 2015

Olimpíadas Iberoamericanas da Filosofia

Aqui está uma boa notícia que orgulha toda a comunidade filosófica e não só...


Filosofia: Jovens portugueses brilham nas Olimpíadas

Portugal foi o país mais premiado na segunda edição das Olimpíadas Iberoamericanas da Filosofia, com os jovens participantes nacionais a conquistarem um total de três medalhas na competição. O anúncio foi feito este domingo pela Profosos - Associação para a Promoção da Filosofia.
José Nuno Forte, aluno da Escola Secundária Dr. Ginestal Machado (Santarém), foi o grande vencedor do concurso, arrecadando o ouro. Maria Beatriz Santos, estudante da Escola Secundária Ibn Mucana (Alcabideche), ganhou uma medalha de prata e Hugo Ferreira Luzio, da Escola Secundária de Santa Maria, em Sintra, levou para casa um bronze.
No concurso participaram, também, alunos de escolas de Espanha, Costa Rica, México e República Dominicana, que completaram, nos seus países de origem, mas em simultâneo, uma prova com a duração de três horas que consistiu na elaboração de um ensaio filosófico, avaliado, depois, por um júri composto por especialistas dos países envolvidos no evento.
Numa nota publicada na sua página oficial do Facebook, a Profosos sublinha que as conquistas portuguesas são motivo de orgulho e alerta para o relevo de campos do conhecimento como a Filosofia na atualidade.
"Estes resultados confirmam, uma vez mais, a excelência dos nossos estudantes e reiteram a necessidade de não esquecermos a importância do pensamento, muitas vezes relegado para segundo plano, sob as ciências exatas, num momento que se assume crítico na História da nossa sociedade", afirma a associação.

Síndrome de Savant

Síndrome de Savant é um mistério que fascina e intriga a ciência!

O Globo lembra que o americano Kim Peek sabe de cor mais de 7500 livros aos 55 anos

2006-04-11
kim Peek
kim Peek
Os portadores de Síndrome de Savant são um mistério que fascina e intriga a ciência. Donos de uma memória extraordinária – são capazes de decorar livros inteiros depois de uma única leitura ou tocar uma música com perfeição após a primeira audição –, eles possuem ao mesmo tempo sérios défices de desenvolvimento, como uma grande dificuldade para falar e se relacionar socialmente. É assim que começa um texto da edição on-line do jornal O Globo, de quem Ciência Hoje recebeu autorização expressa para citar e reproduzir parcialmente.
Ainda segundo O Globo, a síndrome costuma aparecer em dez por cento dos autistas e também dois por cento das pessoas que sofrem algum tipo de dano no cérebro, provocado por acidente ou doenças. O mais famoso savant do mundo, o americano Kim Peek, que inspirou o director Barry Levinson a fazer o filme Rain Man, aprendeu a ler aos 2 anos e hoje, aos 55, sabe de cor mais de 7.500 livros.



«Rain Man»: a história de Kim Peek
«Rain Man»: a história de Kim Peek

«Eles desenvolvem habilidades excepcionais numa determinada área, mas mal conseguem comunicar-se e relacionar-se com as outras pessoas. Costumamos dizer que são como ilhas de excelência num mar de deficiências», conta a O Globo o psiquiatra Estêvão Valdaz, coordenador do Projecto Autismo do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


Quem primeiro descreveu o savantismo foi o médico Langdon Down – que ficou famoso por ter identificado a síndrome de Down (vulgo mongolismo). Em 1887, Down apresentou à sociedade médica de Londres a história de dez pacientes que ele chamou, na época, de "idiots savants" ou sábios idiotas. De lá para cá, pouco se avançou no sentido de se descobrir as causas que levam essas pessoas a terem uma memória extraordinária. Muitos cientistas acreditam que a síndrome está relacionada a algum tipo de dano no hemisfério esquerdo do cérebro que forçaria o lado direito a compensar essa falha. Isto porque as habilidades desenvolvidas pelos portadores da síndrome, normalmente nas áreas de música, pintura, desenho e cálculo são todas relacionadas com esse hemisfério. Já as funções ligadas ao lado esquerdo, como a linguagem e a fala tendem a ser pouco desenvolvidas.


O uso de aparelhos que permitem «scanear» o cérebro, como a tomografia e a ressonância magnética, vem reforçando ainda mais essa teoria. O jornal O Globo refere ainda um estudo coordenado pelo americano Bruce Miller, da Universidade da Califórnia: mostrou que idosos que desenvolveram uma espectacular habilidade para a pintura depois de passarem a sofrer da doença de Alzheimer estavam com o lado esquerdo do cérebro danificado.


O psiquiatra Estêvão Valdaz conta ainda àquele jornal brasileiro que no hospital das clínicas onde trabalha, dos 1.500 pacientes autistas cerca de 150 são portadores da síndrome. A maioria tem uma incrível habilidade com os números, muitos fazem contas complicadíssimas em décimos de segundos – tão rápidos quanto uma máquina. Também são expert em calendários, conseguem calcular rapidamente, por exemplo, em que dia da semana vai cair uma determinada data, mesmo que seja um dia qualquer do próximo século.


«Apesar de possuíram uma memória espectacular, essas pessoas não sabem o que fazer com tudo aquilo o que aprendem. Não sabem como aplicar esse conhecimento na sua vida quotidiana. São, na verdade, grandes decorebas», avalia o psiquiatra nas suas declarações a O Globo.


A Síndrome de Savant, que é quatro vezes mais frequente entre os homens, pode ser congénita ou adquirida após algum tipo de dano cerebral. Não é uma doença de diagnóstico fácil. Principalmente, quando surge em consequência do autismo, que costuma se manifestar na infância. Estêvão Valdaz diz que a maioria dos pais costuma ficar tão maravilhada com as habilidades do filho que custa a crer que na verdade a criança tenha algum problema.

Retirado de http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=2880&op=all

O cérebro tem toneladas de espaço para a memória???

Ao contrário de smartphones, tablets e pen drives, o cérebro humano parece ter uma capacidade infinita. Ainda assim, muitas vezes temos dificuldade para decorar um simples nome, dia de anos ou número de telefone. 
Os neurocientistas têm tentado medir desde há muito tempo quanta informação cabe na memória humana, mas a tarefa torna-se quase impossível quando temos conhecimento de casos de pessoas que realizam feitos incríveis com os seus cérebros.
Um deles é o chinês Chao Lu, que em 2005, quando era um estudante universitário de 24 anos, recitou corretamente os 67.980 dígitos do número Pi (π), durante um período de 24 horas, sem intervalos. Outros génios realizaram façanhas ainda mais incríveis, lembrando-se de detalhes complexos de uma imagem, por exemplo.
Em casos raríssimos, uma lesão pode também dar azo à chamada “síndrome da sabedoria adquirida“. Foi o que aconteceu ao americano Orlando Serrel, que, aos 10 anos, foi atingido por uma bola de basebol no lado esquerdo da cabeça. De um momento para o outro, começou a mostrar-se capaz de se lembrar de inúmeras matrículas de automóveis e a fazer cálculos sobre datas de décadas anteriores.
Mas o que faz a massa cinzenta dessas pessoas superar a memória de um indivíduo comum? O que estes “super talentos” podem ensinar-nos sobre a verdadeira capacidade do cérebro humano?

Bytes cerebrais

A nossa capacidade de memória tem como base a fisiologia do cérebro, que é composto de aproximadamente 100 mil milhões de neurónios. No entanto, apenas mil milhões destes têm funções no armazenamento de recordações antigas, e são chamados de células piramidais.
Se cada neurónio pudesse armazenar apenas uma “unidade” de memória, o cérebro estaria a transbordar de informação. “A quantidade de neurónios existente não é suficiente para todas as informações adquiridas por um indivíduo”, explica Paul Reber, professor de psicologia da Northwestern University, dos EUA.
Os cientistas acreditam que, em vez disso, as lembranças formam-se nas ligações entre os neurónios e ao longo da rede neural. Cada neurónio gera extensões semelhantes a linhas do metro que se cruzam numa única estação, atravessando cerca de mil outros neurónios.
Acredita-se que é essa arquitetura que torna possível aceder a memórias ao longo de toda a teia.É por isso, por exemplo, que o conceito de céu azul pode aparecer em inúmeras lembranças discretas de fatos ocorridos num dia de sol.
Reber chama a esse efeito “armazenamento exponencial“, e é por causa deste que a capacidade de memória do cérebro “salta até à estratosfera”.
“É possível dizer que o cérebro teria muitos petabytes – e um petabyte equivale a 2 mil anos de música em formato MP3″, diz Reber. “Ainda não sabemos ao certo quantas ligações uma lembrança necessita, nem se podemos comparar a sua capacidade com a de um computador. Mas é possível afirmar que o cérebro tem toneladas e toneladas de espaço.”

O gargalo da memória

O que se sabe com certeza é que a memória humana tem alguma limitação intrínseca. Por que não conseguimos lembrar-nos de tudo o que nos chega pelos cinco sentidos – seja ao pormenor ou de todo?
Reber acredita que o cérebro, ao interpretar o mundo que nos cerca, simplesmente não consegue manter-se no mesmo ritmo da torrente de estímulos externos a que estamos expostos. “Existe um gargalo na passagem da informação dos nossos sentidos para a nossa memória”, afirma.
Fazendo uma analogia com um computador, Reber afirma que o limite da memória humana durante a vida não é o espaço no disco rígido, mas sim a velocidade de download dessas informações. “As coisas acontecem mais rapidamente do que a velocidade à qual o nosso sistema de memória é capaz de anotá-las”, conclui.