Estes
artigos surgem na sequência das "Aprendizagens Essenciais" da
disciplina de Ciência Política - As Ideologias Políticas – em que os
alunos devem:
-
Explicar a origem e o sentido da distinção entre “Direita” e
“Esquerda”, assim como alguns dos seus avatares ao longo da época
contemporânea.
-
Identificar as principais correntes ideológicas coexistentes no quadro
constitucional: liberalismo, conservadorismo e socialismo.
- Identificar pensadores, temas e valores fundamentais de cada uma destas vertentes ideológicas.
Prof. Carlos Reis
O Conservadorismo
O
conservadorismo é uma ideologia política que apresentou as suas primeiras
manifestações na época da Revolução Inglesa, que decorreu nos anos 1642 a 1651
e na Revolução Francesa de 1789 a 1799. Nestes acontecimentos políticos
surgiram movimentos progressistas, que tinham como objetivo a renovação ou
mudanças da política da época. Por outro lado, surgiram então os movimentos
conservadores, que pretendiam a manutenção da ordem e da política vigente.
Esta ideologia defende
a manutenção das instituições sociais tradicionais como a família, a comunidade
local, a religião, os costumes, tradições, etc. e enfatiza a continuidade e a
estabilidade das instituições, opondo-se a qualquer tipo de movimentos
revolucionários e de políticos progressistas. No entanto, é importante entender
que o conservadorismo não é um conjunto de ideias políticas definidas, pois os
valores do mesmo variam de acordo com os lugares e com o tempo.
Apesar disso,
podemos definir como seus principais valores a liberdade e a ordem social e
moral, sendo que na religião, valoriza a diversidade do individualismo e
rejeita a igualdade como um objeto da política. Valoriza, também, as
manifestações locais e uma identidade nacional, tendo como objetivo criar uma
sociedade “perfeita” no uso da política.
O conservadorismo
adquiriu ao longo do tempo três tipos, dos quais são: o metafísico, que
consiste na crença de coisas sagradas e no desejo de defender as mesmas da
profanação. O empírico, sendo este um fenómeno moderno, com mudanças
desencadeadas pela reforma protestante e pelo Iluminismo e, por fim, o
conservadorismo liberal, que é definido principalmente em questões relacionadas
com as políticas económicas, onde defende a pouca intervenção do estado sobre a
regulação de aspetos da sociedade e defende também uma maior liberdade
individual nas decisões.
Concluindo, o
conservadorismo apesar de, como referido anteriormente, ser uma ideologia
política com muitos anos, ao longo dos mesmos, tem-se vindo a desenvolver e a
ser até aos dias de hoje bastante valorizado e defendido por vários partidos
políticos e indivíduos pelo mundo.
António Nunes; Joana Ramos; Vânia Adriano – 12º I
O Liberalismo
O Liberalismo é
uma doutrina política que
consiste em um conjunto de ideias
e princípios baseados na defesa da liberdade individual
e dos direitos individuais e naturais do ser humano. O Liberalismo divide-se
essencialmente em 3 áreas, o Liberalismo Social, Económico e Cultural.
Liberalismo
Social
O Liberalismo Social
trata-se de uma ideia política que coloca as liberdades e direitos individuais
como prioridade máxima. O Estado deverá ser a garantia de que estes direitos (a
começar pela vida, liberdade e propriedade) sejam respeitados.
Liberalismo Económico
O Liberalismo Económico defende a ideia de que a
prosperidade económica se dá através da descentralização do mercado e da sua
consequente redução de impostos. O mercado não necessita que seja feita uma
intervenção estatal porque este já possui em si mecanismos que permitem com que
este faça a sua autorregulação - questão da Mão Invisível.
Em que difere o Liberalismo Cultural
do Conservadorismo Cultural?
Um Partido (ou pessoa) dito Liberal irá à
partida, aceitar novos costumes e "possíveis tradições” caso estes sejam
aceites pela maioria como moralmente válidos a partir do princípio da igualdade.
Um partido (ou pessoa) dito Conservador irá à
partida, acreditar que o fundamento dos costumes não deve ser procurado na
razão ou na vontade do ser humano, mas sim apenas nas tradições
históricas.
Liberalismo
em Portugal
Os
partidos da nova direita em Portugal, a Iniciativa Liberal e CHEGA, convergem
idealmente de maneira generalizada naquilo que toca à economia. Já quanto aos
valores socioculturais ambos os partidos divergem, sendo o CHEGA conservador e
a Iniciativa Liberal, liberal.
Bernardo Lourenço , Gabriel Rolim , Gonçalo Esteves - 12ºH
A Revolução de Abril
1. Os antecedentes da Revolução de Abril
Qual o regime político que vigorava em Portugal antes do 25 de abril?
O
Estado Novo, que defendia princípios ideológicos como, o nacionalismo; o
antiparlamentarismo; corporativismo; militarismo; (...). Por isso, é
legítimo afirmar que fracassou na defesa da democracia; igualdade e
liberdade individual.
1.1. O que levou à Revolução?
A Questão Colonial:
A
criação da ONU, e os princípios que a Organização segue, dificultam a
manutenção da Política Colonial seguida pelo Estado Português.
O princípio que origina o choque:
"desenvolver
relações de amizade entre os países do mundo, baseadas na igualdade
entre os povos e no seu direito à autodeterminação".
O Isolamento Internacional:
Consequência
da recusa de Portugal ao princípio de autodeterminação das suas
colónias, evidenciado na expressão de António de Oliveira Salazar:
"Orgulhosamente sós.”
O Descontentamento dos Jovens face à Guerra.
2. O Movimento das Forças Armadas (MFA)
O
Movimento de Oficiais transforma-se no Movimento Revolucionário
responsável por derrubar o Estado Novo. Afirma pela primeira vez qual a
solução para a Guerra em África: a democratização do Regime.
Leva
a que o Movimento dos Capitães deposite a sua confiança nos Generais
Costa Gomes e Spínola, respetivamente chefe e vice-chefe do
Estado-Maior-General das Forças Armadas.
2.1. O Manifesto do Movimento
A
5 de março de 1974, é aprovado o manifesto “O Movimento, as Forças
Armadas e a Nação”. Nele são apresentados os princípios em que
assentaria o futuro "Programa do Movimento das Forças Armadas":
- Divorcio entre as forças armadas e o país;
- Solução política e não militar para a guerra.
O
acontecimento que sucede a “Brigada do Reumático”: exoneração de Costa
Gomes e Spínola dos seus cargos, faz aumentar o espírito de urgência de
um golpe militar.
2.2. O Programa do MFA
O
documento básico da Revolução Portuguesa, que esclarece o objetivo
prioritário do Movimento: “a instauração, a curto prazo, duma Democracia
Política». Conhecido pelo nome de programa dos três D: Democratizar,
Descolonizar e Desenvolver.
3. Do Programa do MFA à Junta de Salvação Nacional
Portugal era, agora, governado por uma Junta de Salvação Nacional. A JSN tomou um conjunto
de medidas tendentes à liberalização da política partidária e ao desmembramento das estruturas do regime deposto.
O
MFA também se comprometeu a passar o poder para as mãos dos civis,
definindo o prazo máximo de um ano para a realização de eleições
constituintes.
3.1. O Período de Spínola
Os anseios da
justiça social explodem numa onda de reivindicações laborais, greves e
manifestações constantes. O poder político fracionara-se já em dois
polos opostos:
- Grupo afeto ao general Spínola;
- A Comissão Coordenadora do MFA.
4. A Radicalização do Processo Revolucionário, o PREC
Otelo
de Saraiva Carvalho mostra-se cada vez mais afeto à extrema-esquerda.
Forma-se o Conselho da Revolução, que passa a funcionar como órgão
executivo do MFA, tornando-se o verdadeiro centro do poder.
5. As Eleições de 1975 e a Inversão do Processo Revolucionário
Deram-se as eleições e obtiveram-se os seguintes resultados:

O verão de 1975 ficou conhecido como "Verão Quente" e a oposição entre as forças políticas atinge o seu auge.
6. Grupos Opositores
A
Revolução da Maioria Silenciosa do 28 de setembro leva a que os
partidos de extrema-direita ilegalizados, fazendo nascer organizações
terroristas como o MDLP e o ELP.
Artigo realizado por:
Carolina Ferreira; Gonçalo Ferreira; Helena Livro. 12ºH