sexta-feira, 31 de março de 2023

" O Esquecido massacre do navio Zong"

 


Em 1781, 132 africanos escravizados foram lançados vivos ao mar de um navio negreiro britânico chamado Zong para morrerem afogados.

Eles estavam doentes e, na visão do capitão da embarcação, representavam uma ameaça à sua margem de lucro — ao passo que a perda do que ele considerava na época sua "mercadoria" poderia ser compensada com o pagamento .

Os responsáveis pela atrocidade, conhecida como Massacre de Zong, acabaram impunes, apesar dos esforços de ativistas do movimento abolicionista britânico para que fossem julgados por homicídio.

E o episódio, que teria sido imortalizado na pintura abaixo do artista britânico William Turner, é hoje um dos símbolos dos horrores do tráfico negreiro.


MUSEUM OF FINE ARTS BOSTON

Para continuar a ler: O esquecido Massacre de Zong, quando 132 escravizados foram lançados vivos ao mar - BBC News Brasil (de onde foi retirado este texto e respetivas imagens)

"BELLE" (2013)




SINOPSE 

(retirada de Belle | Cinecartaz (publico.pt)

Belle é filha do capitão britânico John Lindsay com Maria Belle, uma escrava africana. Segundo as leis da época, aquela criança, filha ilegítima de um branco com uma mulher negra, cresceria como escrava. No entanto, após a morte da mãe, a criança é levada para Inglaterra, onde é entregue aos cuidados de dois tios paternos, Lorde Mansfield e a mulher, para ser criada segundo os preceitos da aristocracia inglesa, ao lado de uma prima da mesma idade. Porém, em pleno séc. XVIII, numa época em que a escravatura é encarada com normalidade, a sua cor de pele é vista com maus olhos e a rapariga cresce a lutar contra o preconceito. Apesar do amor dos tios e da prima, que a vêem como igual, ela não consegue evitar o constante sentimento de inadequação. Um drama histórico realizado por Amma Asante ("A Way of Life"), segundo um argumento de Misan Sagay, que se inspira num quadro inglês do séc. XVIII, atribuído ao pintor alemão Johann Zoffany, que retrata a verdadeira Dido Elizabeth Belle ao lado da sua prima, Elizabeth Murray. O elenco conta com Gugu Mbatha-Raw, Tom Wilkinson, Matthew Goode, Emily Watson, Gugu Mbatha-Raw, Matthew Goode, Emily Watson e Sarah Gadon, entre outros

 


sexta-feira, 18 de novembro de 2022

DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA - O CARTAZ DA NOSSA ESCOLA

 






Festival de Filosofia de Abrantes (5ª edição)


Já vai na 5ª edição!

"Convocar os cidadãos à reflexão e a marcar posição sobre as problemáticas do mundo atual, incentivar e valorizar a reflexão crítica são os desafios do Festival de Filosofia de Abrantes."
(https://www.antenalivre.pt/saude/festival-de-filosofia-arranca-amanha-e-vai-debrucar-se-sobre-a-cidade-como-marca-paisagem-identidade-e-futuro)









E SE FOSSE EU? FAZER A MOCHILA E PARTIR - A proposta da APF para o Dia Mundial da Filosofia

 Sob o signo do tema do dia Mundial da Filosofia 

O HUMANO NO FUTURO - L'Humain qui vient


Imagem retirada de: https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/artifact/refugees-suitcase

"A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), em colaboração com a Direção-Geral da Educação (DGE), o Alto Comissariado para as Migrações, I.P. (ACM, I.P.) e o Conselho Nacional de Juventude (CNJ) encontram-‑se a preparar o lançamento de “E se fosse eu? Fazer a mochila e partir”, uma iniciativa de sensibilização das crianças e dos jovens para as dificuldades pelas quais os refugiados passam para fugir da guerra, procurando proteção humanitária."                   https://www.dge.mec.pt/noticias/educacao-para-cidadania/iniciativa-e-se-fosse-eu-fazer-mochila-e-partir

Este texto retirado do site da Direção Geral da Educação (https://www.dge.mec.pt/noticias/educacao-para-cidadania data de 2016. Passaram 6 anos. No entanto, a situação atual faz com que esta iniciativa não perca oportunidade. 

É assim que Associação Portuguesa de Professores de Filosofia propôs para a comemoração do Dia mundial da Filosofia deste ano de 2022 um trabalho com os alunos centrado no Tema dos refugiados e podendo incluir esta atividade. (https://apfilosofia.org/dia-mundial-da-filosofia/)

Hanna Arendt, filósofa do século XX a que já aqui temos feito referência, ela mesma de origem judia, obrigada a deixar a Alemanha e adquirindo o estatuto de "refugiada", deixou-nos um texto sobre o tema. Um breve excerto pode ser consultado neste blogue, numa publicação de 2018 (https://espacocriticonaescola.blogspot.com/2018/12/nos-os-refugiados.html)


Pessoas caminham entre tendas improvisadas em um campo de refugiados durante o inverno em Idlib, Síria, em 18 de dezembro de 2021 [Muhammed Said/Agência Anadolu]

O tema dos Migrantes e dos Refugiados continua na ordem do dia. 


Em que mundo vivemos?

Que mundo queremos?


quinta-feira, 17 de novembro de 2022

DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA 2022 " O HUMANO DO FUTURO " ("L' HUMAIN QUI VIENT")

© SMITH, "Désidération (Année 2666)", 2020-2022 Courtesy Galerie Christophe Gaillard x Planches Contact @traumsmith


                                                       (Imagem retirada de: https://www.unesco.org/fr/days/philosophy)
 

DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA - 17 de novembro de 2022 - A declaração da Diretora geral da UNESCO

 



Mensagem de Mme Audrey Azoulay,

Diretora Geral da UNESCO,

por ocasião do Dia mundial da filosofia

17 de novembro 2022

Com o Dia mundial da filosofia, a UNESCO convida a celebrar a diversidade do pensamento humano assim como a adotar um olhar filosófico sobre o mundo.

A filosofia, com efeito, não é somente esta ciência milenar, alimentada de tradições do mundo inteiro. É um exercício vivo que permite interrogar o mundo e concebê-lo – tal como é, mas também como poderia ou deveria ser.

 E para construir um mundo melhor, para caminhar para um ideal de paz, devemos saber adotar uma atitude filosófica – quer dizer interrogarmo-nos sobre as falhas do nosso mundo, para além do tumulto das crises.

A filosofia é assim incontornável quando se trata de definir os princípios éticos que devem guiar a humanidade, como o fizemos outrora com a Declaração universal sobre o genoma humano ou, mais recentemente, com a Recomendação sobre a ética da inteligência artificial, adotada aquando da nossa ultima Conferência geral pelos 193 Estados membros da UNESCO.

A filosofia é igualmente insubstituível se se quer refundar de modo durável a nossa relação com os seres vivos, face à urgência do desregulamento climático e o colapso da biodiversidade – quer na linha de Bruno Latour, que nos deixou no último mês, e que lembrava a interdependência do homem e do planeta, ou na de Achille Mbembe, com quem somos chamados a pensar o homem em toda a sua vulnerabilidade.

Perante a amplitude dos desafios contemporâneos, é mesmo esta nossa conceção de humanidade que é preciso reinterrogar, para pensar sobre «o humano do futuro» ( no texto francês «l’humain qui vient» ; no texto inglês “the human of the future”) segundo o tema deste Dia.

Esta reflexão deve ser aberta. Aberta a todos os olhares, em primeiro lugar, medindo nomeadamente, neste Decénio internacional das línguas autóctones das Nações Unidas, o poder das filosofias autóctones para alterar o nosso olhar sobre o mundo, assim como a nossa maneira de nele habitar.

Aberta a todos os saberes também, e em particular às outras ciências humanas, a fim de captar o mundo na sua complexidade, e de poder traduzir a reflexão em ação.

Aberta, enfim, às nossas sociedades. Pois a filosofia não é uma ciência isolada do mundo, apanágio dos sábios na sua torre de marfim. Todos e todas devem poder dispor dos instrumentos da filosofia para reinventar um mundo comum, e isto, desde as idades mais jovens: é também o sentido desta festa mundial.

Neste Dia mundial da filosofia, a UNESCO apela a todos para tirarem um momento para pensar coletivamente o futuro («l’avenir» no original francês) da humanidade – e conceber um mundo melhor.

 

(Tradução do original francês da responsabilidade do Grupo Disciplinar de Filosofia da Escola Secundária de Madeira Torres.)


terça-feira, 21 de junho de 2022

Site criado por alunos da disciplina de Psicologia B

Um grupo de alunos da disciplina de Psicologia B, do 12º ano, criou um site para apresentar o seu trabalho e divulgar o trabalho realizado pelos colegas sobre problemáticas relacionadas com a saúde e a doença mental.

Link – site criado por alunos de Psicologia B. 

HOME | My Site (bimar20042010.wixsite.com)


                                    

                     (sob responsabilidade da Prof.ª Margarida Vitorino)

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Música no tempo do Padre António Vieira

Viajando por este século XVII português, cheio de contradições, vamos fazer uma breve incursão pela música, uma das formas artísticas mais antigas e, talvez, a mais universal.

 Não sabemos se o Padre António Vieira teria ouvido este vilancico barroco (forma poético-musical sacra da Península Ibérica) deste seu contemporâneo António Marques Lésbio.


Muito provavelmente, conhecer-se-iam. Terá sido António Marques Lésbio que compôs a música para o funeral do Padre António Vieira.

No século XVII, temos também grandes compositores de música polifónica como Frei Manuel Cardoso ou Frei Fernando de Almeida. Este último teve um fim trágico, ao ser preso em condições duríssimas e condenado pela Inquisição. Inquisição que também prendeu o Padre António Vieira, tendo este acabado por ser absolvido. Neste século XVII, este Tribunal da Igreja é uma sombra negra que paira sobre toda a sociedade portuguesa. 

Deixo aqui uma das composições musicais de Fernando de Almeida, "As Lamentações de Jeremias", que bem poderia ter sido ouvida pelo Padre António Vieira.