terça-feira, 2 de outubro de 2018

Onde está a informação?

A notícia que a seguir se reproduz já é de 2016. No entanto, não se pode dizer que esteja desatualizada. Pelo contrário, ela dá conta de uma tendência que cada vez mais se acentua em todos os campos. Podemos dizer que não é só a informação no sentido jornalístico que se procura online, mas qualquer tipo de informação, da mais elementar à mais complexa, da geral, comum e quotidiana à mais especializada.  Essa facilidade em aceder à informação abre também um campo de novos problemas. Qual a fonte dessas informações? Como saber se uma determinada informação é fidedigna? Isso conduz à necessidade de desenvolver também no público novas competências de leitura e de análise crítica, de adquirir instrumentos para pesquisa e seleção de material, de adquirir uma atitude ativa e não meramente passiva perante muita informação não procurada. Sim, porque há a informação procurada (e há que saber fazer essa pesquisa) e há a informação que nos "entra pela casa dentro" sem pedir licença... Falaremos disso em próximas publicações.

Onde está a informação? Nas redes sociais, dizem utilizadores online

Dos mais de 50% de utilizadores que dão primazia às redes sociais como fonte de informação, cerca de 12% utilizam-nas como principal fonte.


As redes sociais são populares em Portugal
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Facebook é uma das redes utilizadas

Metade dos utilizadores online de Internet acede às notícias pelo Facebook e outras redes sociais, indica um estudo divulgado esta terça-feira, que alerta para consequências profundas no jornalismo tradicional e de qualidade."Uma segunda onda de disrupção abateu-se sobre as organizações noticiosas a nível mundial, com consequências potencialmente profundas, tanto para os editores como para o futuro da produção jornalística", lê-se na apresentação deste trabalho do Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo.
Nele destaca-se o impacto combinado das redes sociais, "uma mudança acelerada para os dispositivos móveis e um aumento da rejeição da publicidade online", factores que "estão a debilitar os modelos de negócio que possibilitam a produção de notícias de qualidade".
Para este estudo, o Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo, da Universidade de Oxford, fez mais de 50 mil entrevistas em 26 países, Portugal incluído. Dele destaca-se, principalmente, que 51% dos utilizadores online preferem as redes sociais para aceder às notícias, em detrimento dos canais tradicionais. Plataformas como o Facebook deixaram "de ser apenas o local onde se descobrem as notícias e passaram a ser destinos para o próprio consumo de notícias".