quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Pensar é perigoso


«Não há pensamentos perigosos; pensar é perigoso em si mesmo». É com estas duas ideias de H. Arendt que se inicia o documentário Vida Ativa: O Espírito de Hanna Arendt. Mas a filósofa também nos diz que «não pensar é mais perigoso ainda». E porquê? É que a ausência de pensamento próprio e de reflexão pessoal permite o desenvolvimento de comportamentos de obediência cega e acrítica que destituem cada um da sua capacidade de agir, de pensar e de falar, e reduzem-no à condição de peça mecânica, de instrumento de um sistema de poder.

Hanna Arendt continua a estar presente na cultura atual, continua a despertar interesse para além das paredes da Universidade. Depois do filme de 2012 (estreado em Portugal em 2013) surge agora, no âmbito das comemorações dos 110 anos do seu nascimento, um documentário sobre a sua vida e o seu pensamento, da autoria da realizadora Ada Ushpid. Estreia amanhã, 5 de janeiro, em Portugal.




Nota: Para saber mais sobre a filósofa Hanna Arendt, temos neste blogue mais duas publicações. É só procurar em «Etiquetas» por H. Arendt.

3 comentários:

  1. a clara consciência6 de janeiro de 2017 às 14:06

    Muito mais perigoso não pensar.O perigo de pensar é o de estar vivo sabendo-se e agindo como humano.

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  2. Pensar não é perigoso mas é um acto que exige mais respeito porque é difícil

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    1. Pode ser difícil, sim. Porque exige que paremos um pouco, que reflictamos, que sejamos capazes de analisar as ideias que nos aparecem prontas a vestir...

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