sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Hannah Arendt em Lisboa


Temos aqui várias publicações sobre a importante filósofa Hannah Arendt. Publicamos agora uma notícia relativa à homenagem do município de Lisboa, na casa onde habitou entre janeiro e maio de 1941, numa estadia breve na nossa capital, em trânsito para os EUA. O dia 10 de dezembro foi o escolhido, celebrando o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Arendt partilhou a errância de muitos judeus, que procuraram noutros países, muito particularmente nos EUA, possibilidades de continuarem, antes de mais, vivos, e, depois, com a sua vida. Durante a II Guerra Mundial, Portugal, como país neutral, acolheu muitos refugiados, tendo permitido o seu trânsito e permanência.


Imagens retiradas do site da Câmara Municipal de Lisboa
Transcrevemos a notícia publicada no DN, a 9 de dezembro, da responsabilidade de Viriato Soromenho-Marques, em https://www.dn.pt/edicao-do-dia/09-dez-2018/interior/hannah-arendt-em-lisboa-10286096.html (consulta a 28 de dezembro)

«A chegada a Lisboa, no início de janeiro de 1941, de Hannah Arendt e do seu marido Heinrich Blücher, culmina um longo processo de exílio, iniciado com a detenção em Berlim pela Gestapo, logo a seguir à subida de Hitler ao poder em 1933. Libertada por falta de provas, a brilhante estudante de Filosofia, que a sua origem judaica condenava para já ao ostracismo, foge para França, onde vive nos círculos dos exilados alemães, até que o exército de Hitler vai ao seu encontro. Munidos de um passaporte de urgência para os EUA, Arendt e Blücher conseguem tomar o comboio para Lisboa, via Barcelona e Madrid, em Portbou, a mesma localidade onde o amigo e grande pensador Walter Benjamin, sem passaporte, se suicidaria.»

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