A notícia que a seguir se reproduz já é de 2016. No entanto, não se pode
dizer que esteja desatualizada. Pelo contrário, ela dá conta de uma tendência que
cada vez mais se acentua em todos os campos. Podemos dizer que não é só a
informação no sentido jornalístico que se procura online, mas qualquer tipo de
informação, da mais elementar à mais complexa, da geral, comum e quotidiana à
mais especializada. Essa facilidade em aceder à informação abre também um campo de novos problemas. Qual a fonte dessas informações? Como saber se uma determinada informação é fidedigna? Isso conduz à necessidade de desenvolver também no público novas
competências de leitura e de análise crítica, de adquirir instrumentos para pesquisa e seleção de
material, de adquirir uma atitude ativa e não meramente passiva perante muita informação não procurada. Sim, porque há a informação procurada (e há que saber fazer essa pesquisa) e há a informação que nos "entra pela casa dentro" sem pedir licença... Falaremos disso em próximas publicações.
Onde está a informação? Nas redes sociais, dizem utilizadores online
Dos mais de 50% de utilizadores que dão primazia às redes sociais como fonte de informação, cerca de 12% utilizam-nas como principal fonte.
Metade dos utilizadores online de Internet acede às notícias pelo Facebook e
outras redes sociais, indica um estudo divulgado esta terça-feira, que alerta
para consequências profundas no jornalismo tradicional e de qualidade."Uma
segunda onda de disrupção abateu-se sobre as organizações noticiosas a nível
mundial, com consequências potencialmente profundas, tanto para os editores
como para o futuro da produção jornalística", lê-se na apresentação deste
trabalho do Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo.
Nele
destaca-se o impacto combinado das redes sociais, "uma mudança acelerada
para os dispositivos móveis e um aumento da rejeição da publicidade online",
factores que "estão a debilitar os modelos de negócio que possibilitam a
produção de notícias de qualidade".
Para
este estudo, o Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo, da Universidade
de Oxford, fez mais de 50 mil entrevistas em 26 países, Portugal
incluído. Dele destaca-se, principalmente, que 51% dos utilizadores online
preferem as redes sociais para aceder às notícias, em detrimento dos canais
tradicionais. Plataformas como o Facebook deixaram "de ser apenas o
local onde se descobrem as notícias e passaram a ser destinos para o próprio
consumo de notícias".