quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A rede social

Este post é da responsabilidade da Inês Olaia, aluna do 12º ano da nossa escola.

A rede social
É preciso quase um dicionário para saber o que são muitas destas redes sociais. Ora veja-se: Facebook, Twitter, Imdb – que apesar de não ser necessariamente uma rede acaba por poder funcionar como -, GetGlue, Pinterest, Hi5, My Space, Instagram, Tumblr, Orkut, LinkedIn, Google +, Foursquare, mais as plataformas da blogosfera: wordpress, blogger…
Não temos consciência muitas vezes de como nos comportamos de forma diferente numa rede social e frente a frente com as pessoas. Jamais alguém diria em voz alta muitas das coisas que disse no Twitter, ou chegaria ao pé de alguém no meio da rua e tentasse conhecer essa pessoa assim do nada – mas há quem o faça online, acreditem. Somos pessoas completamente diferentes em linha daquilo que somos na realidade. Ou pelo menos a maioria de nós. Encontrei há dias no Pinterest – que para quem não sabe é outra rede social, com um conceito ligeiramente diferente: lembram-se dos recortes dos jornais ou dos pioneses que se punham nos quadros de cortiça com coisas que nos agradavam? – uma infografia sobre o tipo de utilizadores que somos das redes sociais. Como seria cruel se fizessemos a mesma catalogação das pessoas na vida real. Mas… a verdade é que fazemos. Não divaguemos. Dizia eu que nessa infografia se distinguiam 10 tipos de utilizadores: o ouvinte, o ativista, o spammer, o”passionista” (desculpem lá mas não sei bem como traduzir. Seria o “apaixonado”, mas não me soa nada bem para o contexto), a borboleta social, o troll, o professor – uma vertente avançada do “passionista” –, o utilizador precoce, o “black booker” – aquele que pouco mais faz do que comunicar – e o homem ou mulher de família. (Para detalhes dê uma vista de olhos à imagem anexa.) Quanto a mim, diria que apesar de ter dúzias de perfis em redes sociais ou já ter tido nalguns casos, categorizo-me como ouvinte. O que até se adequa a mim enquanto pessoa. Ainda assim, pensando bem, quantos de nós somos reais nas redes sociais? Isto é, quantos de nós somos realmente o que aparentamos quando estamos ligados à rede? Mais, qual desses nossos “eus” é mais adequado à nossa maneira de ser ou é mais eu na medida em que me sinto melhor com ele? Porque sou diferente quando tenho o computador entre mim e o mundo?

Muitas questões nos levantam as redes sociais. Até que ponto aquilo que publico online é privado ou público? Muitas outras questões podem ser levantas, ligadas ao comércio, à publicidade, aos negócios, à nossa relação com as redes, à exclusão social. Entretanto perdi uns largos minutos a fazer repin de outras tantas infografias. (Vá lá, não foi a fazer likes no Facebook ou outra coisa qualquer.) Devo estar prestes a correr o risco – ou já corri – de vos perder para uma qualquer rede social. É melhor deixarmos o assunto por aqui, por agora.



3 comentários:

  1. Inês

    Não acredito que perca leitores para as redes sociais. Os leitores gostam de LER. E nas redes sociais impera mais qualquer outro modelo. Além disso, a qualidade e o domínio que tem sobre este tema, faz-nos supor. Que.

    Por mim, fico à espera de a ler de novo. Aqui.

    Então...até lá

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  2. Olá Inês,

    Somos do 11º ano. E não podemos deixar de discordar do que foi escrito.

    Nós dois temos ambos contas nas redes sociais, e como é óbvio não nos comportamos de igual forma nas redes sociais e na "vida real". Mas isto é como em tudo. Todos nós nos comportamos de maneiras diferentes em diversas situações. Não somos iguais quando estamos com bebes, ou quando estamos com amigos, por exemplo.

    As redes sociais são uma evolução positiva que foi feita aos longos dos anos, e há que aceitá-la. O único problema que vejo nestas redes sociais é o tempo despendido, mas isso depende de cada um.

    até ao próximo post ;)

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  3. Olá!
    A questão essencial aqui prendia-se não com uma adequação das nossas ações ao contexto, que julgo que é aquilo que exemplificam, mas sim com uma questão de coerência pessoal. Pessoalmente, acredito que as redes sociais não deviam ser circunstâncias em que precisássemos de ser diferentes da nossa forma de estar mais confortáveis. Conheço casos deste género: uma mesma pessoa é um "Facebookiano" aguerrido, que comenta em quase todo o lado, mas no dia-a-dia é um perfeito desconhecido para os que o rodeiam porque não fala com ninguém. Qual destes é o "eu" mais genuíno daquela pessoa? Qual destes ela quer ser? Qual destes é a forma como essa pessoa se sente melhor?
    Adequarmo-nos ao contexto é uma coisa boa. Nenhum de vós deve comportar-se, por exemplo, na sala de aula como no corredor. No entanto, não estou a ver alguém que seja, por exemplo, extraordinariamente tagarela na sala de aula, a ser um rapaz ou rapariga muito tímido no corredor. Pessoalmente, seria muito estranho se eu conhecesse algum de vós no Facebook, por exemplo, e me passassem a imagem de alguém super extrovertido e brincalhão, enquanto na vida "física" fosse alguém muito introvertidas e tristonhas.
    A barreira do computador permite-nos essas discrepâncias porque nos faz sentir protegidos, além de abrir a porta a que, por exemplo, se digam coisas que por vezes apenas diríamos a um diário. Este último ponto pode não ser mau. Podemos encontrar quem nos ajude, por exemplo, mas precisa de ser algo muito equilibrado. É que aquilo que se diz e faz online não desaparece!
    As redes sociais não são coisas más. Permitem-nos milhentas coisas que não seriam possíveis de outro modo. O que determina se mantém ou não uma boa influência em nos é aquilo que fazemos com elas. O que é o caso do exemplo que dão, o tempo que dispendemos nelas. Julgo que não disse que as redes sociais são coisas intrinsecamente más, fui apenas um pouco provocadora. E ainda bem, porque assim despoletei a vossa resposta ;-)
    Até à próxima
    Inês Olaia

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