terça-feira, 8 de maio de 2018

Solomon Asch e o conformismo - I


Temos 2 cartões. 

Tarefa:

- Qual das linhas do segundo cartão - A, B ou C - tem um comprimento semelhante à linha do primeiro cartão?


imagem retirada de https://pt.wikipedia.org/wiki/Experimentos_de_conformidade_de_Asch
A resposta parece simples e óbvia ?
Sim.

A resposta é simples e óbvia?
Não.


É possível que esta tarefa, em certas circunstâncias, se revele de especial dificuldade?

É.

Porquê?

Para saber do que estamos a falar, aqui vos deixamos dois videos que nos remetem para uma das experiências de Solomon Asch, realizadas originalmente na década de 50 do século XX. O primeiro, em português do Brasil, é mais simples. O segundo, em inglês e legendado em castelhano, é mais completo.







Sobre o conformismo, remetemos para este texto de apoio publicado aqui: http://www.hoops.pt/psicologia/psico5.htm

11 comentários:

  1. Após o visionamento do vídeo sobre a experiência de Salomon Asch podemos claramente concluir que o conceito de conformismo está presente. Como verificamos isso? O conformismo é quando há uma mudança relativamente ao comportamento ou até mesmo na atitude do indivíduo de forma a tornar/torná-los digamos coerentes com as expetativas de um grupo. Isto acontece quando a pessoa sente uma pressão social e quando existe um desejo profundo de seguir as convições dos outros de modo a sentir-se aceite pelos restantes, por outras palavras traduz-se na aceitação do ponto de vista dos outros.
    Conseguimos verificar que isso acontece todos os dias à nossa volta e até mesmo connosco. Este video acaba por ser bastante revelador, podemos observar que o indíviduo ao início responde corretamente mas que todos os outros não, a pressão já se torna visível quando os restantes estão presentes na sala no entanto, começa a aumentar quando este sempre diz algo que os outros na realidade estão de desacordo e começa portanto a responder a resposta considerada errada, isto porque acaba por se sentir melhor. No entanto quanto menor for a concordância de um grupo mais fácil se torna em responder por si próprio não sendo influenciado para agir ou pensar de modo diferente, pois o conformismo aumenta quando a resposta é dada publicamente e assim, a resistência em aceitar acaba por aumentar quando a privacidade é visivelmente segura.

    Adriana Luís, 12I.

    ResponderEliminar
  2. Queria também acrescentar que no entanto nem sempre isto acontece, porque segundo Solomon Ash "Este resutaldo levanta questões sobre o modo como somos educados e sobre os valores que guiam a nossa conduta", isto está correto porque o ser humano sabe reconhecer o que está correto do que está incorreto, mas também trata-se da personalidade e da confiança que cada pessoa tem.

    ResponderEliminar
  3. Como todos sabemos, a sociedade em que estamos inseridos é influenciada pelos agentes de socialização que, através de juízos de valor, crenças, hábitos e padrões culturais, vão modelando as condutas dos indivíduos que a constituem. Assim, o ser humano sente-se, muitas das vezes, condicionado pelas normas da sociedade.
    O conformismo é, nem mais nem menos, uma forma de influência social que resulta da mudança de comportamento por um efeito de pressão por parte do grupo. Tal verificamos isto através da experiência de Solomon Asch, que tinha como objetivo verificar/conhecer o modo como as pessoas se influenciavam umas às outras. Na base das possíveis mudanças de atitudes e comportamentos, verificamos uma baixa autoestima ou a falta de confiança, onde estas pessoas tendem a ser mais facilmente persuadidas, atribuindo demasiada importância ao que os outros possam pensar delas; a sensação de isolamento, ou seja, quanto maior for a coesão de um grupo, maior é a tendência para a unanimidade e, por consequência, é mais difícil fugir a essa influência; o impacto da presença dos outros; a necessidade de afiliação e a natureza da resposta, quando o conformismo aumenta segundo respostas dadas publicamente.
    Carolina Rebelo; nº9 e Inês Ramos; nº16

    ResponderEliminar
  4. O conformismo é uma característica do ser humano enquanto indivíduo que se manifesta a partir do cumprimento das normas sociais, que tornam indivíduos diferentes numa sociedade homogénea, no sentido em que todos os indivíduos que a constituem possuem os mesmos costumes, crenças e juízos.
    Esta experiência, juntamente com outras realizadas mas recentemente (experiência do elevador e experiência da sala de espera) têm como objetivo expor o conformismo dos indivíduos e como ele funciona, no sentido em que avalia os seus limites (pois caso a resposta do sujeito seja dada de um modo mais sigiloso, a conformidade do mesmo com o grupo que o rodeia diminui.

    Joana Rita C. nº11, 12ºB

    ResponderEliminar
  5. Muitos de nós podemos pensar que, se fosse connosco,dado o exemplo da experiência de Solomon Asch, responderíamos corretamente, independentemente da resposta dada pelo grupo... Penso que pensar desta maneira não está correto.
    Podemos observar isso, por exemplo, na Experiência do Elevador. Esta experiência consiste em demonstrar como o conformismo está presente no nosso dia a dia e como é algo que faz parte de nós, a necessidade de ser aceite e fazer parte de um grupo e/ou sociedade. Nesta experiência um indivíduo entra no elevador, mais tarde um grupo de pessoas que, no tempo que passam no elevador, vão mudando de direção em grupo e fazendo com que o indivíduo que não mudou de direção se sinta desconfortável. De maneira a remediar isso este acaba por se direcionar para o mesmo lado que o grupo (ato de conformismo).
    Em suma, esta foi uma demonstração de como o conformismo está presente no nosso quotidiano e é algo que muitas vezes podemos nem dar conta. É a necessidade de sermos aceites, pertencemos a uma sociedade e não sermos, em certo modo, discriminados do grupo em que estamos inseridos.

    Cibele Taveira Pereira N.º6 12.ºB

    ResponderEliminar
  6. O conformismo é algo que existe notoriamente na sociedade de hoje em dia, como é possível observar nas experiências de Salomon Asch acima referidas. Através deste comportamento que ambiciona erradicar diferenças de maneira a não sofrer discriminação por parte da sociedade, é possível obter consequências negativas e inevitáveis, uma vez que é algo intrínseco ao humano. Assim, destaco a experiência da sala de espera que nos apresenta uma rapariga que apenas faz o que o resto do grupo está a fazer sem razão aparente e simplesmente porque "todos estavam a fazer". Com esta maneira de pensar, aos poucos acabarão por normalizar todos os comportamentos, mesmo que estes sejam moralmente errados. Imaginemos que nos encontramos num grupo que tem por hábito roubar, se continuarmos a conviver com ele, uma vontade de participar nesta ação começará a desenvolver-se devido ao desejo de inclusão no grupo. Ora, com este comportamento, o ser humano está a aceitar ações socialmente indesejáveis apenas para se sentir aceite e na sua zona de conforto, portanto quais serão os limites do conformismo?

    Mariana Tomás n°22 12°C

    ResponderEliminar
  7. A experiência de Asch é deveras importante para entendermos e compreendermos comportamentos do ser humano perante um grupo! Mas não temos apenas este experimento, existem vários sendo que alguns foram abordados em aula, como a experiência da sala de espera ou a do elevador.
    Em todas estas o resultado é sempre semelhante, perante um grupo combinado a fazer tal atitude ou a dar determinada resposta o sujeito neutro (não informado da experiência e do combinado) segue o grupo.
    Nestas experiências podemos confirmar a existência do conformismo!
    No caso da experiência de Asch, mostrada nos vídeos, vemos que perante um grupo combinado a responder a resposta errada, o sujeito neutro em vez de responder a resposta obvia e certa, segue o grupo na resposta errada. Mas qual será a razão para este comportamento? O que explica seguir a maioria ao invés de defendemos o nosso ponto?
    Ora portanto várias justificações podem ser encontradas para o conformismo, vou passar a enumerar algumas:
    1. A baixa autoestima faz com que o sujeito duvide de si mesmo e das suas capacidades e, por isso perante um grupo prefira não contradizer para não se sujeitar a ser julgado caso esteja errado.
    2.A sensação de enfrentar o grupo sozinho, de parecer que é o mundo todo contra nós também nos leva a seguir o grupo e não arriscar dizer/fazer/ser algo diferente
    3.A necessidade de ser aceite pelo grupo é comum a todos nós humanos, ninguém gosta de ser o "patinho feio" excluído!
    Como podemos perceber o fator do Grupo é importante para o conformismo pois é o grupo que ditas as "regras" que o indivíduo se vai sentir obrigado a seguir.
    Quantos de nós adolescentes ja deixámos de vestir algo diferente, de ouvir ou partilhar uma música nas redes sociais apenas porque sabemos que a maioria não aprecia esse estilo!? Quantos de nós já deixámos de fazer uma questão na aula pois sabíamos que para a maioria a resposta seria óbvia!?
    Parece algo controvérso dizer que na adolescência a altura em que mais distintos nos queremos tornar e mais desenvolvimento da personalidade acontece, é simultaneamente o tempo em que temos também a extrema necessidade de pertença, tanta que até nos leva a um processo de desindividuaçao em determinadas ocasiões para fazermos parte da regra.
    Mas acho que é comum a todos os humanos esta necessidade de se sentir integrado, mesmo que para isso em algumas situações tenhamos de contradizer os nossos pensamentos. Na nossa mente o benefício de ser aceite é maior que o benefício de ser sempre verdadeiro com as nossas vontades. Somos um ser de interação e sem interação sentimo-nos vazios!
    Sara Feliciano n°22 12°I

    ResponderEliminar
  8. Posso dizer que esta experiência me surpreendeu bastante. Sempre tive noção que a opinião de outras pessoas influência a nossa mas nunca pensei que fosse suficiente para fazer as pessoas tomarem decisões irracionais.
    Esta experiência também me fez questionar se eu cederia ao conformismo ou não caso fosse um dos participantes. Gostaria de pensar que seria capaz de dar a minha resposta independentemente da dos outros mas a verdade é que duvido que o meu nível de autoconfiança fosse suficiente.
    Além disto, também fiquei a pensar em como o conformismo afeta a nossa sociedade. Por um lado, o conformismo ajuda-nos a cooperar em situações de crise em que uma pessoa solitária é impotente, reduz a culpa compartilhada entre os membros de uma equipa e traz uma capacidade adaptativa rápida de uma pessoa na sociedade. Por outro, traz também a diminuição de dignidade humano quando se trata de minorias e diminui o progresso pois qualquer pessoa dotada de pensamentos progressivos é ignorada.
    Sofia Oliveira nº23 12º I

    ResponderEliminar
  9. Como, e até que ponto, as forças sociais dominam as opiniões e atitudes das pessoas? Esta pergunta é muito pertinente hoje em dia.
    Assistimos a um incrível desenvolvimento da comunicação e tecnologia. Por muitos benefícios que nos tenha trazido, não nos podemos esquecer do aumento da manipulação de opinião e pensamentos por ele criado.
    Tendo em conta estes factos, não é surpresa que muitos cientistas e psicólogos tenham grande interesse face a esta temática.
    Foi esta curiosidade que levou á criação de diversas experiências com o intuito de explicar tais fenómenos. A experiência mais conhecida foi a do doutor Asch, que nos disponibilizou respostas surpreendentes.
    Nos anos 50, este doutor decidiu realizar uma experiência sobre a conformidade de grupo, desejando compreender como certas pessoas se deixavam influenciar por outras em certas circunstancias.
    Nesta experiência, o sujeito testado foi colocado numa sala juntamente com um grupo de atores.
    Foi-lhes apresentados dois cartazes: o primeiro com uma linha, e o segundo com um conjunto de linhas diferentes. O objetivo era então identificar a linha do segundo cartão mais parecida com a linha do primeiro.
    Os atores foram avisados de que deveriam dar a mesma resposta errada . Estes, ao responder erradamente à questão do examinador, influenciaram a resposta do sujeito estudado.
    37 % dos sujeitos estudados responderam de forma errada à questão, dando um resultado igual ao dos colegas. Mostraram um conflito interno , conflito entre o desejo de ser aceite pelo grupo e de estar correto.
    É depois feita uma continuação da experiência, onde foram colocados dois sujeitos a serem estudados juntamente com os atores. O intuito era exatamente o mesmo do da experiencia anterior.
    Os resultados foram ligeiramente diferentes, já que a percentagem dos indivíduos estudados a dar resposta correta aumentou.
    Feitas outras experiências relacionadas com este tema, Asch compreendeu que as nossas opiniões tendem a mudar quando estamos sujeitos às pressões do ambiente.
    Verificamos assim um dos tipos de influencia social : o conformismo. Conformismo é uma mudança de atitudes ou comportamentos com o intuito de os tornar consistentes com as normas e crenças de um determinado grupo.
    A meu ver, a teoria da conformidade social bastante preocupante. Atualmente, passamos cada vez mais tempo da nossa vida em grupo e , juntamente com as tecnologias e partilha de informação, podemos sofrer influencia social.
    Devemos estar atentos a estas “armadilhas” que nos podem levar a ter uma mudança drástica de pensamentos e crenças.
    Infelizmente, podemos verificar um aumento destes casos no mundo, o que é bastante preocupante , por exemplo, em casos políticos e religiosos. Devemos ter cuidado para não repetirmos acontecimentos drásticos da nossa história.
    Temos de nos saber defender destas influências, mantendo firmes as nossas opiniões.
    beatriz Matos 12 I

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Como, e até que ponto, as forças sociais dominam as opiniões e atitudes das pessoas? Esta pergunta é muito pertinente hoje em dia.
      Assistimos a um incrível desenvolvimento da comunicação e tecnologia. Por muitos benefícios que nos tenha trazido, não nos podemos esquecer do aumento da manipulação de opinião e pensamentos por ele criado.
      Tendo em conta estes factos, não é surpresa que muitos cientistas e psicólogos tenham grande interesse face a esta temática.
      Foi esta curiosidade que levou à criação de diversas experiências com o intuito de explicar tais fenómenos.
      A experiência mais conhecida foi a de Solomon Asch, que nos disponibilizou respostas surpreendentes.
      Nos anos 50, este psicólogo decidiu realizar uma experiência sobre a conformidade de grupo, desejando compreender como certas pessoas se deixam influenciar por outras em certas circunstâncias.
      Nesta experiência, o sujeito testado foi colocado numa sala juntamente com um grupo de atores.
      Foi-lhes apresentados dois cartazes: o primeiro com uma linha, e o segundo com um conjunto de linhas diferentes.
      O objetivo era então identificar a linha do segundo cartão mais parecida com a linha do primeiro.
      Os atores foram avisados de que deveriam dar a mesma resposta errada . Estes, ao responder erradamente à questão do examinador, influenciaram a resposta do sujeito estudado.
      37 % dos sujeitos estudados responderam de forma errada à questão, dando um resultado igual ao dos colegas. Mostraram um conflito interno , conflito entre o desejo de ser aceite pelo grupo e de estar correto.
      É depois feita uma continuação da experiência, onde foram colocados dois sujeitos ( um que fazia parte da experiência e que deveria dar a resposta correta, e outro sujeito a ser estudado), juntamente com os atores.
      O intuito era exatamente o mesmo do da experiencia anterior.
      Os resultados foram ligeiramente diferentes, já que a percentagem dos indivíduos estudados a dar resposta correta aumentou.
      Asch permitiu de seguida que os sujeitos dessem as suas respostas de forma priada.
       O número de pessoas que escolheram a linha errada diminuiu consideravelmente quando havia a opção de dar a resposta de forma privada. Desse modo, a influência manifestava-se quando outors sujeutos poderim ver a sua resposta.
      Feitas outras experiências relacionadas com este tema, Asch compreendeu que as nossas opiniões tendem a mudar quando estamos sujeitos às pressões do ambiente.
      Verificamos assim um dos tipos de influencia social : o conformismo.
      Conformismo é uma mudança de atitudes ou comportamentos com o intuito de os tornar consistentes com as normas e crenças de um determinado grupo.
      A meu ver, a teoria da conformidade social é bastante preocupante. Atualmente, passamos cada vez mais tempo da nossa vida em grupo e , juntamente com as tecnologias e partilha de informação, podemos sofrer diferentes tipos de influência social.
      Devemos estar atentos a estas “armadilhas” que nos podem levar a ter uma mudança drástica de pensamentos e crenças.
      Infelizmente, podemos verificar um aumento destes casos no mundo, o que é bastante preocupante , por exemplo, em casos políticos e religiosos. Devemos ter cuidado para não repetirmos acontecimentos drásticos da nossa história.
      Temos de nos saber defender destas influências, mantendo firmes as nossas opiniões.

      Beatriz Matos 12 I

      Eliminar
  10. A psicologia social é sem dúvida o ramo da psicologia que mais me desperta interesse e suscita questões, em especial a variante do conformismo.
    O conformismo consiste numa mudança de comportamento ou de atitude que visa torná-lo consistente com as diretrizes/normas, expectativas de um grupo, traduzido por miúdos é “ser influenciado pela opinião dos outros”.
    Estas experiências de Salomon Asch pretendem expor como o conformismo está presente na nossa sociedade, e como o indivíduo se guia tantas vezes pela opinião da maioria num grupo (quando esta é de certa forma coesa, ou quando alguém com “elevado estatuto” nesse mesmo grupo revela a sua opinião) mesmo não concordando ou achando essa opinião errada, porém devido ao medo e aversão pela crítica e pelo julgamento alheio ou por vezes até mesmo para ter relações harmoniosas com outras pessoas e não criar de certa forma “mau ambiente” acaba por “concordar” com essa opinião . Numa das experiências podemos ver que a resposta seria extremamente simples, e que o alvo da experiência responde inicialmente sem qualquer dúvida de forma acertada, mas de seguida já sob a opinião e o aval de terceiros acaba por mudar a sua resposta, mesmo suspeitando de que esta deve estar errada.
    Acho que só mesmo alguém extremamente “revolucionário”, auto confiante e ousado nunca se deixou de certa forma, nem que minimamente, influenciar por uma opinião de outro/outros, é algo recorrente na sociedade e no mundo atual e que penso que pode até acontecer inconscientemente.
    Gonçalo Oliveira 12ºH

    ResponderEliminar