terça-feira, 14 de março de 2017

Duvidar, até onde?



«Porque os nossos sentidos por vezes nos enganam, quis supor que não existia nada que fosse tal como eles no-lo fazem imaginar» (Descartes, Discurso do Método, quarta parte) 
Sim, Descartes, quanto aos sentidos, estamos convencidos. Os céticos também já tinham sido muito persuasivos...

Mas duvidar de que temos um corpo, duvidar não só do mundo tal como o vemos, mas do próprio mundo como realidade exterior a nós? Admitir até que 2+2 possam não ser 4? Admitir a possibilidade que tudo o que tomamos como certo possa ser apenas uma gigantesca ilusão? 
Duvidar de estar aqui, nesta sala, com estes alunos, a falar de ti??? 
Como é que isso se justifica? 

Talvez o filósofo  Nigel Warburton nos consiga persuadir que sim, que Descartes tinha razões para duvidar e que nós também!

Voltamos de novo a este video tão apelativo! (conf. post de 11 de março 2015; sob a etiqueta «Descartes»)





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