sexta-feira, 31 de março de 2023

" O Esquecido massacre do navio Zong"

 


Em 1781, 132 africanos escravizados foram lançados vivos ao mar de um navio negreiro britânico chamado Zong para morrerem afogados.

Eles estavam doentes e, na visão do capitão da embarcação, representavam uma ameaça à sua margem de lucro — ao passo que a perda do que ele considerava na época sua "mercadoria" poderia ser compensada com o pagamento .

Os responsáveis pela atrocidade, conhecida como Massacre de Zong, acabaram impunes, apesar dos esforços de ativistas do movimento abolicionista britânico para que fossem julgados por homicídio.

E o episódio, que teria sido imortalizado na pintura abaixo do artista britânico William Turner, é hoje um dos símbolos dos horrores do tráfico negreiro.


MUSEUM OF FINE ARTS BOSTON

Para continuar a ler: O esquecido Massacre de Zong, quando 132 escravizados foram lançados vivos ao mar - BBC News Brasil (de onde foi retirado este texto e respetivas imagens)

8 comentários:

  1. Este filme representa muito bem certos problemas morais como escravatura, racismo, casamento forçado, dinheiro, classes sociais e sexismo. Gostei das ações que a atriz principal realizou para poder contribuir para o retrocesso destes problemas, mesmo sendo uma mulher negra, que na altura não era aceite pela sociedade. Gostei do seu espírito de mudança e de como ela até quebrou algumas regras para realizar o que pretendia.
    DV

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  2. O filme Belle, que conta a história de uma jovem negra não aceite na aristocracia britânica e a sua luta contra o preconceito e exclusão social no século XVIII, é na minha opinião, um filme extremamente importante e indispensável. Aborda assuntos que não podem deixar de ser falados tais como o racismo, o preconceito, a exclusão social, a escravatura, o casamento forçado, entre outros.
    Tanto os atores como o próprio realizador do filme fizeram um excelente trabalho ao retratar o que esta personagem, que representa muitas pessoas dessa época e até da atualidade, sente e tem de enfrentar. Os problemas morais tratados neste filme podem ser relacionados diretamente com a teoria objetivista que estudámos nesta disciplina: Há certos juízos de valor morais que não dependem nem de um sujeito individual nem de uma cultura. Independentemente da cultura britânica ou da cultura africana ou de qualquer outra cultura, é impensável tratar alguém de maneira inferior baseado na sua cor de pele, ou privar essa pessoa dos seus direitos. Se quisermos aprofundar mais este lado filosófico do filme, é possível notar ainda uma relação com as ideias da ética kantiana. O massacre do Zong, outro caso abordado neste filme, quebra claramente o imperativo categórico defendido por este filósofo. Uma das principais fórmulas do imperativo categórico, a fórmula da humanidade diz-nos que não devemos utilizar humanos como meros meios, ou seja, práticas como a escravatura são obviamente moralmente incorretas. O Massacre do Zong (cerca de 132 africanos escravizados atirados para fora do navio por serem considerados uma ameaça ao lucro enquanto vivos e doentes) , foi outro dos assuntos principais deste filme visto que abrange o mesmo tipo de problemas morais.
    Recomendo vivamente este filme, não só pela bela representação e visualidade mas porque é uma ótima reflexão sobre os desafios morais que existiam naquela sociedade e continuam a existir aos dias de hoje.
    MS

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  3. Assuntos debatidos no filme:
    • Escravatura
    • Racismo
    • Casamento arranjado
    • Dinheiro, símbolos de estatuto e consumismo
    • Classe e posição social
    • Sexismo

    Como estes assuntos seriam vistos nos dias de hoje:
    Todos estes assuntos seriam vistos como ações moralmente erradas. Segundo Kant, todos estes atos seriam incorretos, aplicando-se a fórmula da lei universal. Ao aplicar-se esta fórmula, poderíamos encontrar contradições em todas as ações:
    • Ninguém gostaria de ser escravizado
    • Ninguém gostaria de sofrer com comentários racistas
    • Ninguém gostaria de ser obrigado a casar com alguém que não escolheu
    • Ninguém pode ser considerado superior ou inferior por ter mais ou menos dinheiro, pois, segundo Kant e os direitos humanos, todos os humanos têm iguais direitos, sendo iguais na lei
    • Ninguém gostaria de ser vítima de comentários sexistas
    Apesar de serem consideradas ações erradas, ainda podem ser encontradas em diversos lugares. Assim, estes sítios e culturas podem ter valores diferentes, se considerarmos a tese relativista. Mas não seria viável guiarmo-nos por esta tese.
    Segundo o relativismo, todas as culturas têm valores específicos e diferentes que devem ser respeitados, impedindo a crítica de ações claramente erradas, mas promovendo uma tolerância exagerada. Se esta teoria fosse correta e seguida, as ações do filme, como escravatura, seriam consideradas corretas e não poderiam ser criticadas, pois a maioria das pessoas daquela época acreditavam que esta era correta.
    Também se podem aplicar estes conceitos para negar o subjetivismo. Esta teoria defende que os valores são dependentes dos sentimentos de cada indivíduo, sendo particulares para cada um. Se esta teoria fosse correta e seguida, a escravatura não poderia ser criticada, pois estaríamos a censurar e a ser arrogantes por negar os valores de outra pessoa.
    Assim, o filme faz-nos refletir de como é que as ações devem ser avaliadas e o que está por trás destas. Se adotar-mos uma teoria objetivista, poderíamos utilizar o filme como argumentos a favor desta. A escravatura é errada, o sexismo é errado e o racismo também, independentemente da cultura e do indivíduo, sendo estes juízos morais universais e absolutos que abrangem todos os humanos. Todos nós vivemos sobre estes valores, através dos direitos humanos. Estes são direitos que todos temos e que não podem ser retirados, baseados em valores que são universais e absolutos.
    Kant era objetivista, desenvolvendo vários métodos de como é que as ações deviam ser classificadas. A ética de Kant era uma ética deontológica, ou seja, uma ética do dever, em que uma ação é boa por si mesma e não como meio para obter algo. Assim, Kant utiliza a razão como principal fator de classificação de ações. Esta classificação adquire forma através do imperativo categórico ou lei moral, um princípio supremo da moralidade. Esta pode ser dividida em várias fórmulas, como a fórmula da universalidade, que diz que uma ação é correta se poder ser aplicada a todos os humanos, ou a fórmula da humanidade, que diz que devemos encarar a humanidade como um fim e não como um meio de obter algo, pois os humanos possuem autonomia.
    Ao aplicar-mos estes conceitos nos tópicos discutidos no filme, poderemos verificar, a partir de uma teoria objetivista e Kantiana, que estes são errados e não devem ser praticados.

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  4. Comentário sobre ‘’Massacre do navio Zong’’(parte 1/2):
    O navio Zong era um navio negreiro holandês que originalmente se chamava ‘’Zorg’’, que significa ‘’cuidado’’ ou ‘’zelo’’. Este nome é contraditório, pois um navio negreiro não costumava ter ‘’cuidado’’ nem ‘’zelo’’ pelos escravos, que eram tratados como mercadoria. Em 1781, este navio foi capturado pelos britânicos durante a Quarta Guerra Anglo-Holandesa, um período de tempo entre 1780 e 1784 em que a Grã-Bretanha saiu vitoriosa, ganhando direito de livre comércio em zonas das Índias Orientais que pertenciam à Holanda. O navio foi posteriormente vendido a uma família conhecida de traficantes de escravos de Liverpool, os Gregson. Assim, o navio foi rebatizado para ‘’Zong’’ e atribuído um novo capitão, Luke Collingwood, que continuou a negociar escravos africanos ao longo da costa oeste africana. As condições nestes navios eram miseráveis e as viagens eram longas, estimando-se que cerca de 15-16% dos escravos morriam. As doenças espalhavam-se rapidamente nestes navios, que transportavam o maior número de africanos para aumentar o lucro, que, consequentemente, criava condições deploráveis para estes, que iam acorrentados e deitados no porão ou mantidos no convés, podendo exercitar uma vez por dia, se tivessem sorte. Normalmente, tubarões seguiam estes navios, pois sabiam que os corpos de escravos mortos, que eram vistos como mercadoria sem valor, seriam atirados ao mar, podendo alimentar-se destes.
    Em Setembro de 1781, o navio Zong saiu de Acra, em Gana, com 442 escravos a bordo, com destino à Jamaica, uma das mais importantes colónias do Império Britânico. Este navio ia sobrelotado, mesmo para o que era normal naquele tempo para os navios negreiros, tendo sido a tripulação recrutada sem muito critério e à pressa. Várias circunstâncias desafortunadas, como más condições meteorológicas e erros de navegação, levaram a que esta viagem demorasse, originalmente semanas, meses. A tripulação também estava a adoecer, diminuindo o lucro de Luke. Assim, a 29 de novembro de 1781, o capitão decidiu lançar os africanos mais adoecidos e incapacitados ao mar, ainda vivos e alguns algemados, para morrerem afogados, pois, em termos monetários, valiam mais mortos do que vivos. Para reivindicar o seguro, a tripulação alegou que não havia água potável suficiente para todos a bordo, tendo de sacrificar parte dos africanos. Esta explicação é controversa e falsa, pois, segundo registos históricos, os escravos foram lançados ao longo de 3 dias e, no último, choveu, o que permitiu à tripulação abastecer-se em água potável e, quando Zong chegou à Jamaica, possuía 420 galões de água a bordo. A seguradora não acreditou nesta explicação, recusando-se a pagar a indemnização e levando os proprietários do navio a ir à justiça.
    Assim, 1783, o júri do Tribunal de Londres decidiu que os traficantes de escravos iriam receber o pagamento, tal como se os escravos fossem apenas mercadoria. Esta decisão levou a que vários ativistas tomassem ação. Alguns destes ativistas, como o nigeriano Olaudah Equiano e o inglês Granville Sharp, trabalharam para que o desastre do navio Zong se tornasse público, acusando os traficantes de cometer fraude de seguro, de se aproveitarem de maneira arrogante e repugnante de seres humanos e de homicídio.

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    1. Comentário sobre ‘’Massacre do navio Zong’’(parte 2/2):
      Podemos verificar, novamente, várias contradições a favor destes ativistas. Se começarmos com valores morais e juízos de valor, podemos verificar que, através da teoria objetivista, os atos do juiz e dos traficantes são moralmente errados e irracionais. Segundo esta, há valores e ideais que estão presentes em todos os humanos, como o homicídio e outros atos de tortura serem errados. Assim, o ato de atirar os escravos ao mar, matando-os, é errado. Mas e se não formos pela teoria objetivista? Afinal, ainda existem outras teses e formas de pensamento que arranjam outras maneiras de avaliar ações.
      O subjetivismo é uma teoria que, ao contrário do objetivismo, defende que qualquer ideal e juízo de valor são dependentes do sujeito, impedindo a crítica de ideias de outros pois uma pessoa tem tanto direito de ter os seus próprios valores como a outra, criando uma tolerância excessiva. Assim, se os traficantes acreditam que a sua ação foi correta pois, na sua forma de pensar, os escravos são meramente uma forma de obter dinheiro, ninguém os poderia criticar, pois seriam arrogantes. Se pensarmos no assunto, esta teoria seria irracional, pois não poderíamos censurar ações erradas, continuando a haver escravatura sem nenhuma objeção.
      Se seguíssemos o relativismo, a segunda teoria, também chegaríamos a uma conclusão semelhante. Segundo esta teoria, em vez de os valores serem dependentes do sujeito, são dependentes da maioria de uma cultura. Assim, impede-se, novamente, a crítica de costumes claramente errados pois cada cultura tem tanto direito de decidir os seus valores como outra. Atualmente, impediria a crítica a diversos atos cometidos no passado e ao avanço da humanidade. Se nunca criticássemos outras culturas, como é que a humanidade avançaria? Continuaríamos a utilizar escravos, a matar e a roubar? Não se pode negar que estas ações continuam a acontecer nos dias de hoje, mas atualmente há sistemas jurídicos que diminuíram muito estas práticas, condenado-as. No tempo de Zong, impediu a condenação dos traficantes, mas esta falta de condenação mudou o ponto de vista de várias pessoas em relação à escravatura e ao tráfico humano. Como é que o relativismo explicaria esta dissidência? Afinal, a escravatura seria correta, pois a maioria da população a considerava assim, mas a população mudou de opinião depois do massacre. Se a cultura é a mesma, como é que há diferentes pontos de vista ao longo de tempo?
      Podemos consolidar o ponto de vista objetivista utilizando a teoria kantiana ou deontológica, que usa a razão e o dever para avaliar ações. Assim, uma ação é boa em si e não boa como meio para obter algo. Kant desenvolveu um imperativo categórico que permite verificar se uma ação é boa ou má, moralmente. Este consiste em várias fórmulas, sendo a mais importante a fórmula da universalidade, que diz: ‘’ Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne uma lei universal’’. Os traficantes de certeza que não queriam ser escravizados nem mortos, logo a sua ação é moralmente errada. Outra fórmula complementar à da universalidade é a fórmula da humanidade, que diz ‘’Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na outra, sempre como um fim e nunca como um meio’’. Assim, os traficantes, ao usarem escravos, não os estão a tratar como seres humanos dignos, mas sim como um meio para obter algo, neste caso dinheiro. Ao aplicarmos estes conceitos no massacre do navio Zong, poderemos verificar que o júri e os traficantes realizaram ações moralmente erradas, tanto por utilizarem escravos como meios financeiros e por se contradizerem nas ações. Apenas a sua mentira pode ser considerada uma ação errada, pois destrói a confiança entre as pessoas se fosse universalmente aceite. Se a explicação de não terem água potável fosse verdadeira, então aí enfrentariam um dilema filosófico. Morreriam todos sem água ou matavam-se alguns? Como é que se escolheria quem se mataria?

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  5. Entre o século 16 e o início do século 19, pelo menos 12 milhões de africanos foram capturados e levados para serem vendidos como escravos nas colônias do continente americano – cerca de um terço deles em navios britânicos.
    Entre estas embarcações britânicas estava o navio Zong, originalmente um navio holandês chamado Zorg, que foi capturado pelos britânicos em 1781 na costa africana durante uma das guerras entre os britânicos e os holandeses, que foi posteriormente vendido a uma família de traficantes de escravos de Liverpool e renomeado de Zong.
    Em setembro de 1781, o Zong partiu de Acra, atual capital de Gana, com 442 africanos escravizados a bordo rumo à Jamaica – uma das colónicas britânicas –, onde seriam vendidos e forçados a trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar.
    Naquela época, as viagens da África para as Américas duravam de seis semanas a vários meses, dependendo das condições meteorológicas. E estima-se que cerca de 15% a 16% dos escravos capturados morriam nesse trajeto devido às condições precárias de que eram sujeitos.
    Nestes navios era costume o transporte do maior número de escravos possível, de forma a aumentar os lucros, amontoando pessoas no porão, desta forma as doenças conseguiam espalhar-se rapidamente.
    Quando alguém morria, o corpo poderia permanecer por horas acorrentado a escravos vivos, antes de ser atirado ao mar.
    Os mortos eram, geralmente, atirados ao mar visto que, sob a perspetiva do empreendimento comercial, eles eram vistos como carga estragada, assim havendo perdido o seu valor comercial.
    No caso do Zong os prisioneiros capturados foram lançados ao mar ainda vivos.
    Mesmo para os padrões de um navio negreiro, o Zong estava superlotado. Tinham cerca de 442 escravos a bordo, cerca de duas vezes a quantidade que um navio daquele porte era capaz de transportar.
    Além disso, a tripulação deste navio tenha sido recrutada às pressas, sem muito critério, já que a original tenha abandonado o navio quando o mesmo foi capturado.
    As condições meteorológicas desfavoráveis e erros de navegação resultaram em uma viagem que demorou meses, em vez de semanas. A cada dia que se passava o capitão Luke Collingwood, capitão do navio Zong, via a sua margem de lucro a diminuir, à medida que doenças se espalhavam pelo convés e porões do navio.
    Foi assim que, em 29 de novembro de 1781, Luke tomou a decisão de lançar os escravos mais debilitados ao mar, de forma a morrerem afogados – alguns deles ainda algemados. Uma decisão de cunho comercial, com o objetivo de minimizar o seu prejuízo.
    Dado o seu estado de saúde, estes escravos lançados ao mar valiam mais, para a tripulação, mortos do que vivos.

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    1. A tripulação do navio ainda alegou que não havia água potável suficiente para todos a bordo e que não tiveram escolha a não ser lançar parte da “mercadoria” ao mar. No entanto esta versão dita pela tripulação é controversa, já que registos históricos revelam que as vítimas foram lançadas ao mar ao longo de três dias consecutivos – e no terceiro dia choveu, o que permitiria à tripulação a coleta de água potável suficiente para abastecer o navio para, pelo menos, mais três semanas.
      Assim, em apenas três dias, Luke e a sua população causaram a morte de 132 africanos, sendo que os últimos foram mortos após uma possível coleta de água potável.
      Além disso quando Zong chegou à Jamaica, apenas três semanas após o massacre, tinha 420 galões de água a bordo.
      Ao lançar os africanos ao mar, alegando a escassez de água potável, o capitão esperava que a perda, do que o que ele considerava mercadoria, fosse ressarcida financiamento com o pagamento do seguro.
      Como era prática comum na época, os armadores haviam feito uma apólice de seguro para carga humana do navio.
      Mas a seguradora recusou a pagar a indenização, já que não acreditou na versão da tripulação, o que levou os proprietários do navio a reivindicar o pagamento na justiça britânica.
      Em 1783, a disputa foi parar no tribunal de Londres, onde o júri decidiu inicialmente a favor dos traficantes de escravos, determinando o pagamento do seguro, como se os africanos assassinados fossem mera mercadoria.
      Atualmente, acredito que consigamos questionar e plenamente criticar as ações tanto da tripulação do navio Zong como a da justiça inglesa. Desta forma podemos relacionar diretamente o problema dos valores morais com este tema, já que o que está aqui em questão é como devemos valorizar a vida humana de pessoas diferentes de nós.
      Podemos dizer que com este desastre podemos apoiar a teoria objetivista, já que esta apoia que existem certos juízos de valor que não dependem nem de um sujeito nem de uma cultura, assim tratando-se de juízos de valores universais, como, por exemplo: “Mentir é errado.” e “O homicídio é errado.”. Independente das crenças do povo africano ou dos britânicos, e das suas repetíveis culturas, é impensável e imperdoável tratar alguém de forma inferior apenas por culpa da sua cor de pele e da sua origem geográfica, tirando-lhes os direitos, e, mais impressionante, tirando-lhes a vida.
      Podemos, também, relacionar este massacre com ideias da ética kantiana. Por exemplo, este massacre contraria, por totalidade, o imperativo categórico defendido por Kant e por outros filósofos. Uma das grandes e importantes fórmulas deste imperativo é a fórmula da humanidade, esta defende que não devemos utilizar seres humanos como meros métodos, e sim como o próprio fim, sendo assim, para Kant, práticas como a escravatura são, claramente, moralmente erradas.
      Acredito que este tópico é interessante e, de certa forma, importante, já que nos relembra dos erros e injustiças que cometemos no passado e de que temos de evitar injustiças como tais.
      AM

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