segunda-feira, 9 de março de 2015

Olympe de Gouges

Um dia destes, resolvi passar numa aula um excerto do filme «O Mundo de Sofia». A dado passo, assistimos a uma cena em que Sofia, a personagem principal, durante uma aula sobre a Revolução Francesa, surpreende o professor com a referência a esta mulher que foi guilhotinada em 1793, 2 anos após a Tomada da Bastilha, no período do Terror. Pela reação pouco calorosa do professor, bem se via que Olympe de Gouges não figurava nos manuais nem nas suas obras de referência!
O professor não podia imaginar que na sua viagem fantástica pela história da filosofia, entre Rousseau e Descartes, a jovem Sofia tinha assistido à decapitação desta mulher extraordinária, com uma vida intelectual ativa e interventiva fora do comum. Que teve o direito de subir ao cadafalso... como ela própria terá dito...
«as mulheres têm o direito de subir ao cadafalso, devem ter o direito de subir à Tribuna».

Imagem retirada de http://pt.wikipedia.org/wiki/Olympe_de_Gouges

Neste Dia Internacional da Mulher, neste ainda princípio do século XXI em que vivemos, parece-me bem lembrar a mulher que escreveu uma Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, em 1791, da qual transcrevemos os dois primeiros artigos:

Artigo primeiro 
A Mulher nasce livre e permanece igual ao homem em direitos. As distinções sociais só podem ser fundamentadas no interesse comum. 


Artigo segundo 
O objetivo de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis da Mulher e do Homem. Estes direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança, e, sobretudo, a resistência à opressão.




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