sábado, 14 de abril de 2018

Teste HIV nas farmácias

A propósito do trabalho que está a ser realizado no âmbito do Projeto de Educação Sexual de Turma (PEST) com várias turmas da nossa escola e com o envolvimento de professores do Grupo Disciplinar de Filosofia, que incluiu o visionamento do filme "Filadélfia" e que tem previsto um debate e palestra com a participação do Núcleo da Cruz Vermelha de Torres Vedras, considerámos pertinente a inclusão desta notícia recentemente publicada, a 12 de março de 2018, intitulada Testes para HIV e Hepatite vão poder ser feitos em farmácia e com o subtítulo Os testes não necessitam de receita médica e os resultados serão conhecidos em 15 minutos. ( notícia e imagem retiradas daqui https://www.sabado.pt/ciencia---saude/detalhe/testes-para-hiv-e-hepatite-vao-poder-ser-feitos-em-famracias)



«As farmácias e laboratórios de análises clínicas já estão autorizados a fazer testes rápidos para a detecção por VIH e hepatites virais (B e C) sem ser necessário prescrição médica. O processo é simples e rápido: basta picar o dedo, recolher três gotas de sangue e em cerca de 15 minutos os resultados tornam-se acessíveis. Os testes vão incluir tudo o que é necessário e estarão disponíveis para venda em breve, não sendo ainda conhecidos os preços que serão praticados.

A autorização para a venda destes testes em farmácias partiu do Ministério da Saúde que argumentou a sua necessidade devido à "defesa do interesse público" e lembrando que a taxa de diagnóstico tardio de VIH/sida em Portugal é "das mais elevadas" da União Europeia. O despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República indica ainda que adesão das farmácias e dos laboratórios de patologia em terem estes testes disponíveis é voluntária.

Apesar de não estarem disponíveis nas farmácias, estes exames existem há já alguns anos nos hospitais e centros de saúde, em centros de aconselhamento de detecção precoce da infecção VIH/sida (CAD), nos centros de respostas integradas para comportamentos aditivos e dependências (CRI) e em diversas organizações de base comunitária, onde são gratuitos, lembra o jornal Público.

"Esta medida vai permitir identificar de forma mais precoce casos de infecção e acabará por contribuir para reduzir o estigma social", acredita a directora dos programas nacionais para a infecção VIH/sida e hepatites virais da Direcção-Geral da Saúde (DGS), a médica Isabel Aldir.

O objectivo é, para a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Paula Martins, chegar a grupos que habitualmente não aderem às medidas convencionais, "quebrando o ciclo de transmissão e mudando o padrão epidemiológico".

Em Espanha, o custo deste tipo de dispositivos varia entre os 25 e os 30 euros, mas em Portugal os preços ainda terão que ser definidos pelo Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde).

Caso o resultado seja positivo, os testes carecem de uma segunda confirmação já que, apesar de serem fiáveis, não servem como testes de diagnóstico. Mas ao realizar o teste num destes pontos, o farmacêutico pode comunicar o resultado e encaminhar a pessoa para cuidados médicos, enfatiza Isabel Aldir.

"É uma medida emblemática, um passo em frente. Estes testes serão efectuados em condições de privacidade, num gabinete, os resultados serão transmitidos ali e a ocasião será aproveitada para fornecer informação adicional", acrescentou Paula Martins.

O Infarmed vai publicar os requisitos para a concretização da medida nos próximos 30 dias, informa o Público.

1 comentário:

  1. Consideramos a venda de testes para deteção de HIV e hepatites virais nas farmácias muito conveniente. Deste modo, os indivíduos que pretendam realizar o teste podem fazê-lo mais comodamente uma vez que evitam todo o processo de marcação de consulta no centro de saúde e o constrangimento que poderão sentir pelo facto do resultado ser inevitavelmente do conhecimento do médico de família. Ainda assim, é claro que após o diagnóstico nas farmácias, se o resultado do teste for positivo, os utentes se devem dirigir ao centro de saúde ou hospital para mais esclarecimentos.
    Carla Correia e Catarina Hilário

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