Esta publicação é um excerto de um trabalho apresentado pelos alunos Gonçalo Lopes e Joana Cordeiro, do 10ºD, sobre o problema da existência de Deus.
2015/2016
O
chamado
argumento
teleológico,
do grego telos,
fim ou finalidade, ou argumento do desígnio tem sido utilizado pelos defensores
do teísmo.
Este
argumento afirma que, se observarmos a natureza, não podemos deixar de notar
como tudo é apropriado à função que desempenha: tudo mostra sinais de ter sido
concebido. Isto demonstraria a existência de um Criador (omnisciente e
omnipotente e bondoso). Se, por exemplo, examinarmos o olho humano,
verificaremos que todas as suas ínfimas partes se adaptam entre si e que cada
parte está judiciosamente adaptada àquilo para que aparentemente foi feita:
ver. Tal, como, ao observar um relógio, podemos ver que foi concebido por um
relojoeiro, também ao observar o olho, argumentam eles, podemos ver que foi
concebido por uma espécie de Relojoeiro Divino”
Nigel Warburton, Elementos
básicos de filosofia,
Gradiva,
2007, pp. 30-32
O
argumento
teleológico – partindo da constatação de que tudo, na natureza, se revela
adequado à função que desempenha –, prova que os seres e fenómenos naturais
tiveram de ser concebidos por um Criador inteligente:
Deus.
Deus
é assim uma espécie de relojoeiro que imprime nas coisas a sua marca,
conferindo-lhes a complexidade, a ordem, a harmonia e a finalidade.
Argumento
Teleológico
Objeções
Baseia-se
numa fraca analogia: a semelhança entre os objetos naturais (como o olho
humano) e os objetos artificiais (como o relógio) não é uma semelhança entre
aspetos verdadeiramente relevantes.
Perde
força
quando confrontado com as conclusões da teoria evolucionista de Darwin para
quem a adaptação dos seres vivos ao meio depende da seleção natural e da
sobrevivência dos mais aptos, os quais transmitirão os seus genes às gerações seguintes.
Ainda
que
possa demonstrar a existência e a necessidade de um Criador, não prova que ele
seja único, nem que se trata de um Arquiteto omnipotente, nem sequer prova que
o Criador é omnisciente e infinitamente bom.
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