terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A Declaração Universal dos Direitos Humanos tem 66 anos

A Segunda Guerra Mundial tinha alastrado de 1939 até 1945, e à medida que o final se aproximava, cidades por toda a Europa e Ásia estendiam–se em ruínas e chamas. Milhões de pessoas estavam mortas, milhões mais estavam sem lar ou a passar fome. As forças russas estavam a cercar o remanescente da resistência alemã na bombardeada capital alemã de Berlim. No Oceano Pacífico, os fuzileiros estado–unidenses ainda combatiam firmemente as forças japonesas entrincheiradas em ilhas tais como Okinawa.
Em abril de 1945, delegados de cinquenta países reuniram–se em San Francisco cheios de optimismo e esperança. O objectivo da Conferência das Nações Unidas na Organização Internacional era formar um corpo internacional para promover a paz e prevenir futuras guerras. Os ideais da organização foram declarados no preâmbulo da sua carta de proposta: “Nós os povos das Nações Unidas estamos determinados a salvar as gerações futuras do flagelo da guerra, que por duas vezes na nossa vida trouxe incalculável sofrimento à Humanidade”.
A Carta da nova organização das Nações Unidas entrou em efeito no dia 24 de outubro de 1945, uma data que é comemorada todos os anos como o Dia das Nações Unidas.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)
A Declaração Universal dos Direitos do Homem tem inspirado um número de outras leis e tratados de direitos humanos em todo o mundo.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem tem inspirado um número de outras leis e tratados de direitos humanos em todo o mundo.
Em 1948, a nova Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas tinha captado a atenção mundial. Sob a presidência dinâmica de Eleanor Roosevelt, a viúva do presidente Franklin Roosevelt, uma defensora dos direitos humanos por direito próprio e delegada dos Estados Unidos nas Nações Unidas, a Comissão elaborou o rascunho do documento que viria a converter–se na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Roosevelt, creditada com a sua inspiração, referiu–se à Declaração como a Carta Magna internacional para toda a Humanidade. Foi adotada pelas Nações Unidas no dia 10 de dezembro de 1948.
No seu preâmbulo e no Artigo 1.º, a Declaração proclama inequivocamente os direitos inerentes de todos os seres humanos: “O desconhecimento e o desprezo dos direitos humanos conduziram a atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade, e o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem... Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.”
Os Estados Membros das Nações Unidas comprometeram–se a trabalhar uns com os outros para promover os trinta artigos de direitos humanos que, pela primeira vez na história, tinham sido reunidos e codificados num único documento. Em consequência, muitos destes direitos, de várias formas, são hoje parte das leis constitucionais das nações democráticas.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Ensaio Filosófico

Recebemos da APF a seguinte informação:

«A APF, Associação de Professores de Filosofia, irá promover, no presente ano letivo, o concurso Ensaio filosófico no ensino secundário, dirigido a todos os alunos do ensino secundário público e privado português, com as seguintes finalidades: promover nos jovens o interesse pela escrita e reflexão filosófica sobre problemas atuais; valorizar o ensino da filosofia no ensino secundário e contribuir para a divulgação do trabalho realizado na escolas».





O regulamento do concurso pode ser consultado em www.apfilosofia.org.

sábado, 22 de novembro de 2014

Perdido na filosofia?



Tantos nomes, tantos filósofos! Ora são de um século ora são de outro, ora são da Antiguidade ora são de hoje!!!
Saltamos de um século para outro em 5' se for preciso, que a velocidade do pensamento é maior do que a da Internet!
Pode dar jeito ter uma mapa destes, para de vez em quando verificarmos onde se situa no tempo o filósofo de quem falamos.


Infographic: History of Philosophy


Retirado de http://www.visualistan.com/2014/10/history-of-philosophy-infographic.html

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Dia Internacional da Filosofia (5) - Da importância das perguntas e do rigor dos conceitos - Da diferença entre "generosidade" e "solidariedade"



As perguntas orientam-nos acerca daquilo que queremos saber. Iluminam o horizonte. Mas só os conceitos nos dão o rigor e a precisão que permitem distinguir os objetos.


Como é que este texto nos pode fornecer instrumentos conceptuais para debater e ser capaz de pensar melhor?

      Ser solidário é defender os interesses do outro, certo, mas porque eles são também - diretamente ou indiretamente - os meus. Agindo para ele, eu ajo também para mim: porque temos os mesmos inimigos ou os mesmos interesses, porque estamos expostos aos mesmos perigos ou aos mesmos ataques. Assim o sindicalismo, a segurança ou a fiscalidade. Quem se julgaria generoso por estar bem seguro, por estar sindicalizado ou por pagar os seus impostos? É que a generosidade, é outra coisa: é defender os interesses dos outros, mas não porque eles são também os meus; é defendê-los mesmo quando não os partilho(...). Agindo para ele, não ajo para mim: não está excluída a possibilidade de eu perder alguma coisa, é mesmo o mais frequente. Como guardar aquilo que se dá? Como dar o que se guarda? Isso não seria dom, mas troca: já não seria generosidade mas solidariedade.
       A solidariedade é um modo de defesa de vários; a generosidade, no limite, uma maneira de se sacrificar a si, pelos outros.  É por isso que a generosidade, moralmente, é superior; é por isso que a solidariedade, socialmente, politicamente, é mais urgente, mais realista, mais eficaz. Ninguém se quotiza na Segurança Social por generosidade. Ninguém paga os seus impostos por generosidade. (...)  
     (...) Ninguém respeita a lei por generosidade. Ninguém é cidadão por generosidade. Mas o direito e o Estado fizeram mais pela justiça ou a liberdade, do que os bons sentimentos.  
         Solidariedade e generosidade não são, no entanto, incompatíveis: ser generoso não impede ser solidário; ser solidário não impede ser generoso. Mas elas não são também equivalentes, e é por isso que nenhuma delas é suficiente nem pode substituir a outra.(...)
       Generosidade: virtude moral. Solidariedade: virtude política. A grande tarefa do Estado é a regulação e a socialização dos egoísmos. É por isso que ele é necessário. É por isso que ele é insubstituível. A política (...) é o reino das relações de força e das opiniões, dos interesses e dos conflitos de interesses.
                                   Comte- Sponville, Présentations de la philosophie, Paris, Albin Michel, 2000                                                                                                         (tradução da nossa responsabilidade)

Dia Internacional da Filosofia (4)

(continuação do post anterior)

Perguntas para lançar o debate



Porque é que as Seguradoras no Dubai não incluem estas situações?
Porque é que no Dubai não existe um sistema nacional de saúde, como acontece em Portugal e na generalidade das sociedades ocidentais?
Qual é a finalidade do Estado?
Quais devem ser as funções do Estado?

Dia Internacional da Filosofia (3)


Esta notícia (16/11/2014) é o nosso ponto de partida.


Esta notícia  dá que pensar.

Margarida, a bebé portuguesa que nasceu prematura no Dubai e cujos pais fizeram um pedido público para pagar o seu internamento, morreu esta manhã.A bebé, carinhosamente tratada por Gui, nasceu prematura de 25 semanas com 410 gramas, depois de a mãe ter tido pré-eclampsia. Eugénia e Gonçalo Queiroz, os pais da menina que são emigrantes no Dubai, não tinham um seguro de saúde que abrangesse as despesas médicas, já que nos Emiratos Árabes Unidos as seguradoras não fazem apólices a bebés com poucas hipóteses de sobrevivência.Em Portugal, gerou-se uma onda de solidariedade para ajudar os pais a pagar a conta do hospital. Uma página no Facebook  - "Vamos ajudar a Genny e a Gui", conseguiu ajudar a angariar mais de cem mil euros. Até Cristiano Ronaldo pediu às pessoas para colaborarem no pagamento de despesas da bebé.




Hoje comemora-se o Dia Internacional da Filosofia (2)

http://www.unesco.org/new/fr/social-and-human-sciences/themes/philosophy/philosophy-day-at-unesco/


A Conferência Geral da UNESCO convenceu-se que a "institucionalização do Dia da Filosofia na UNESCO num 'Dia Internacional da Filosofia' daria um reconhecimento e um forte impulso a favor da filosofia, e em particular a favor do ensino da filosofia no mundo".
A UNESCO encabeça o Dia Mundial da Filosofia - mas não o possui. Este dia pertence a todos aqueles que, em qualquer lado, apreciam a filosofia. 

retirado de http://fr.unesco.org/events/journ%C3%A9e-mondiale-philosophie-2014, tradução da nossa responsabiidade

         Continuaremos a dar notícias!!!

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Dia Internacional da Filosofia 2014 (1)

 Este é comemorado em data móvel, todos os anos, na terceira quinta-feira do mês de novembro. Em 2014 acontece no dia 20 de novembro subordinado ao tema 

As transformações sociais e o diálogo intercultural


imagem retirada de http://www.unesco.org/new/fr/unesco/events/prizes-and-celebrations/celebrations/international-days/world-philosophy-day-2014/
Mensagem de Irina Bokova, Diretora-Geral da UNESCO

O Dia Internacional da filosofia é a ocasião de reafirmar a importância do pensamento crítico para apreender as transformações das sociedades contemporâneas. A mudança impulsiona-nos a inventar novas maneiras de viver em conjunto e de construir sociedades mais justas. Mas pode também minar a confiança, fazer nascer tensões.
Neste contexto, a filosofia é uma aliada preciosa que assenta no raciocínio reflexivo e na prática do diálogo pelo qual nos abrimos à diversidade das opiniões e das perspetivas. Este exercício de descentramento é essencial num mundo de diversidade. É ao mesmo tempo o fundamento da tolerância e da paz, e um método para libertar a energia criativa que faz avançar as sociedades, no respeito pelos direitos humanos.
Excerto da mensagem de Irina Bokova, Diretora-Geral da UNESCO, em tradução da nossa responsabilidade, que pode ser integralmente lido em http://www.unesco.org/new/fr/unesco/events/prizes-and-celebrations/celebrations/international-days/world-philosophy-day-2014

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Hoje é o Dia Internacional da Generosidade

Não, não estamos a falar de vinhos... Sim, porque há os vinhos ditos generosos! É que, em latim, generosus significa de «boa raça», de «boa qualidade». 
Mas também significa «nobre», «magnânimo».

Então, o que é ser uma pessoa generosa? 


Qual a diferença entre ser generoso, ser caritativo ou ser solidário?


Ser generoso é um bem. Para nós ou para os outros?


Lemos em René Descartes, o grande filósofo francês do século XVII, no Art.153 do seu Tratado das Paixões da Alma,


             ...Creio que a generosidade pela qual um homem se estima ao mais alto ponto a que pode legitimamente estimar-se consiste apenas, por um lado, em conhecer que nada verdadeiramente lhe pertence (...).

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Mais notícias sobre o cérebro!!

Um neurónio, uma função? Afinal o cérebro faz multitasking!

2014-11-10

O que acontece no caso das funções cerebrais superiores?
Um novo estudo, publicado hoje na revista científica Nature Neuroscience, revela que o multitasking de comportamentos se reflecte na actividade de uma área específica no cérebro.

Até agora acreditava-se que neurónios individuais codificavam funções individuais. Isto é de facto o que acontece nas chamadas áreas sensoriais primárias do cérebro, onde a entrada de sinais sensoriais, tais como uma cor ou um som, são representados por populações específicas de neurónios. Mas o que acontece no caso das funções cerebrais superiores, como é o caso da tomada de decisões, que exigem a integração de diferentes tipos de informação?     

David Raposo trabalha actualmente no laboratório de Anne Churchland (na foto)
O córtex parietal posterior (CPP) é uma região do cérebro que tem sido implicada em vários tipos de funções cognitivas mais complexas, tais como a tomada de decisões, juízos de valor ou a atenção e selecção de uma acção. Neste estudo, os investigadores colocaram a seguinte questão - "Será que no CPP, existem populações de neurónios especializados, que sejam específicos para cada comportamento? Ou, alternativamente, será que existe uma única população de neurónios que para suportar os múltiplos comportamentos faz multitasking? " Este estudo revela que a última hipótese parece ser a correcta.

"Ao registarmos a actividade dos neurónios no CPP de ratos enquanto eles estavam a desempenhar uma tarefa que combinava luz, som e tomada de decisões, conseguimos perceber que esta população de neurónios estava a fazer multitasking", explica David Raposo, estudante do International Neuroscience Doctoral Programme (INDP), da Fundação Champalimaud, a trabalhar no laboratório liderado por Anne Churchland em Cold Spring Harbor Laboratory, Nova Iorque. "Alguns dos neurónios tinham actividade fortemente modulada pela escolha do animal, pelo estímulo, ou, muitas vezes, por ambos os parâmetros."

"Com este estudo, revelámos que a população neuronal no CPP é essencialmente livre de categoria, ou seja, estes neurónios conseguem representar qualquer combinação de recursos", explica David Raposo. "Esta observação aponta para uma nova forma de codificação de informações, que poderá ser uma maneira de garantir que as respostas dos neurónios sejam suficientemente flexíveis para suportarem diferentes comportamentos."


Córtex parietal posterior indicado a azul na imagem
Uma analogia simples para explicar como uma população de unidades livres de categoria pode ser usado para codificar várias respostas é a projecção de imagem numa tela. Cada pixel é capaz de responder à entrada de diferentes combinações de vermelho, azul e verde. Cada pixel na tela é capaz de assumir diferentes cores dependendo do sinal que recebe e criar diferentes imagens. Ora, os neurónios do CPP também conseguem responder a diferentes tipos de entrada de sinal e gerar diferentes comportamentos.

"As nossas observações vão mudar a maneira como as pessoas pensam sobre como a actividade dos neurónios está na base de diversos comportamentos. Este trabalho sugere que uma rede única de neurónios pode suportar as exigências colocadas pela constante evolução de comportamento de tomada de decisão",
 conclui Raposo



Retirado de http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=59596&op=all

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Loucamente...


Uma exposição sobre o bem-estar da mente.


Parece-me uma boa exposição para visitar!
O Pavilhão do Conhecimento tem-nos habituado a exposições sempre muito interessantes!!
Incluem normalmente a possibilidade de vivenciar experiências relacionadas com o tema. Esta não é exceção!

Qual será o interesse que os nossos alunos podem ter numa visita a esta exposição?

Deixo o link do Pavilhão do Conhecimento para terem acesso a mais informação. Não se esqueçam de ler «O que o visitante pode fazer»!! http://www.pavconhecimento.pt/visite-nos/exposicoes/detalhe.asp?id_obj=3076

Deixem aqui os vossos comentários e sugestões!


domingo, 9 de novembro de 2014

Mulheres têm mais neurónios olfativos?

Porque é que homens e mulheres são diferentes? A pergunta é: porque é que elas têm capacidades olfativas mais diferenciadoras? Sabe-se que os seus cérebros são diferentes, mas não se sabe porque é que são diferentes, porque é que uma maior quantidade de conexões neuronais se estabeleceu.

Esta notícia foi retirada de «Ciência Hoje», http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=59572&op=all#


O nariz delas é melhor do que o deles

Mulheres têm mais neurónios olfactivos?

2014-11-07
As pessoas mostram grande diversidade na habilidade para identificar cheiros e odores. Mais importante, machos e fêmeas são bastante diferentes na sua avaliação perceptual de odores, com as mulheres a superar os homens em muitos tipos de testes de cheiro.

As diferenças de sexo na detecção olfactiva podem desempenhar um papel em comportamentos sociais diferenciados e pode ter relação com a percepção do olfacto de cada um e estar naturalmente ligada a experiências e emoções associadas. Assim, tem sido dito que a superioridade olfactiva das mulheres pode ser mais cognitiva ou emocional do que perceptual.

Roberto Lent dirigiu o estudo
Roberto Lent dirigiu o estudo
Estudos anteriores que investigam as raízes biológicas de maior sensibilidade olfactiva das mulheres têm usado métodos de imagem que permitem medir estruturas cerebrais.

Os resultados desses estudos têm sido controversos, deixando sem resposta a questão de saber se as diferenças na sensibilidade olfactiva têm raízes biológicas ou se representam um mero subproduto das diferenças sociais e cognitivas entre os sexos.



Na «guerra» dos cheiros elas ficam a ganhar
Na «guerra» dos cheiros elas ficam a ganhar
O fraccionador isotrópico, uma técnica rápida e confiável desenvolvida por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mede o número absoluto de células em uma dada estrutura do cérebro, tais como o bulbo olfactório, que é a primeira região do cérebro para receber informações olfactivas capturadas pelas narinas.

Usando esta técnica, um grupo de pesquisadores liderado por Roberto Lent, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade  Federal do Rio de Janeiro e do Instituto Nacional de Neurociência Translacional,no Brasil,  encontrou finalmente provas biológicas nos cérebros de homens e de mulheres que podem explicar a diferença olfactiva entre os sexos.

O grupo examinou os cérebros post-mortem de sete homens e 11 mulheres que tinham mais de de55 anos no momento da morte. Todos eram neurologicamente saudáveis e nenhum tivera profissões que exigessem capacidades olfactivas excepcionais, como  degustar café ou cozinhar.

Ao calcular o número de células nos bulbos olfatórios desses indivíduos, o grupo (que também inclui pesquisadores da Universidade de São Paulo, da Universidade da Califórnia, San Francisco, e do Hospital Albert Einstein, em São Paulodescobriu que as mulheres têm em média 43% mais células do que os homens nesta estrutura cerebralContando neurónios especificamente, a diferença chegou a quase 50% a mais em mulheres do que homens.
O  bulbo olfactório transmite informação do nariz ao cérebro
O bulbo olfactório transmite informação do nariz ao cérebro
Resta saber se esse  maior número de células é responsável pelas diferenças na sensibilidade olfactiva entre os sexos. "De modo geraldiz Lent, cérebros maiores, com maior número de neurónios relacionam-se  com a complexidade funcional fornecida por esses cérebros. Assim, faz sentido pensar que mais neurónios nos bulbos olfactórios femininos dão às mulheres maior sensibilidade olfactiva".

O facto de que algumas células serem adicionadas ao cérebro ao longo da vida sugere que as mulheres já nascem com estas células extras. Mas por que razão os cérebros das mulheres têm essa capacidadeQue mecanismos são responsáveis por este aumento do número de células nos bulbos olfatórios? Há quem acredite que essa capacidade olfactiva é essencial para comportamentos reprodutivos como a ligação de pares e reconhecimento de parentes.

Se isto é verdade, então a capacidade olfactiva superior é um traço essencial que foi herdado e depois mantido ao longo da evoluçãouma ideia expressa pelo dramaturgo romeno Eugene Ionesco, quando disse: "Um nariz que pode ver vale mais do que dois que cheiram".

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Quem quer ser filósofo?





Como prometido, aqui está o link para jogar o «Quem quer ser filósofo»!
É só abrir e transferir o powerpoint.

Divirtam-se!

https://www.dropbox.com/s/k3tybw6s283xtfw/Quem_quer_ser_fil%C3%B3sofo%20-%20PARTILHAR.pptx?dl=0

Quem quer ser filósofo?

Na aula de hoje, o João Pereira (11ºG), surpreendeu-nos com esta proposta de atividade para os colegas, no final da apresentação do seu trabalho sobre o tema programático «Filosofia, Retórica e Democracia».




Aguardamos o link para poder jogar....

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Apple e Facebook incluem nos seus seguros de saúde a congelação de óvulos (6)

A aluna Mariana Albino (11ºE) apresenta-nos a situação do seguinte modo:

Introdução:
Na sequência de apoios à adoção, tratamentos de infertilidade, reembolso de despesas de educação, etc. Dão um crédito de 20.000 dólares por pax.
O processo consiste em congelar óvulos antes dos 30 anos, requer mais ou menos 2 colheitas (10.000 dólares / 7.900€ por colheita) mais 500 dólares / 395€ por manutenção do material biológico.

Razões:
- Facilitar a conciliação da maternidade com as ambições profissionais
- Manter funcionários focados, motivados e satisfeitos
- atitude niveladora da igualdade dos sexos
- “queremos dar poder às mulheres na Apple para fazerem o melhor no trabalho e, ao mesmo tempo, poderem criar as suas famílias” (Apple à NBC News)

O que poderá ter levado a esta implementação:
- percentagem feminina de trabalhadores (31% FB e 30% Apple)
- maior parte das mulheres que optam por este processo são mais competitivas no trabalho

Argumentos a favor:
- libertação da pressão do relógio biológico
- estudos apontam que as mulheres sentem-se mais preparadas tendo opção de escolha em relação a quando ser mães
- tempo para estabelecerem o nível de carreira profissional que pretendem

Contra:
- 19% de 183 mulheres afirmam que teriam um filho cedo se o empregador fosse mais flexível
- Glenn Cohen (especialista na relação entre a bioética e o direito) “locais de trabalho podem não ser tolerantes com mulheres que decidam ter filhos enquanto estão empregadas e potencia mais mulheres a se submeterem ao procedimento, que acarreta riscos”
- presidente do concelho nacional de ética para as ciências de vida Miguel de Oliveira “não está provado, a longo prazo, que a overdose de hormonas dada para a estimulação do ovário [necessário ao procedimento] não provoque cancro no ovário. Há estudos nesse sentido.” “o que interessa ter um óvulo jovem num útero com problemas devido à idade?”
- as hipóteses de sucesso na implementação de óvulos congelados em mulheres com mais de 30 anos é de menos de 25% pois não se pode esquecer, que após os 35 anos as gravidezes são de risco

Conclusão: estarão então as empresas a ser honestas com os seus funcionários, quanto a quem favorece esta medida?
Será isto eticamente aceitável?

Tanto eu como o Centro de Genética e Sociedade e as entidades já referidas consideramos que não.

Genuína preocupação com o bem estar dos funcionários* (5)

O aluno André Patrício (11ºE) apresenta uma posição diferente da dos seus colegas. Vejamos a sua argumentação:

        A mundialmente conhecida empresa Facebook anunciou recentemente que iria incluir no seguro de saúde das suas funcionárias a hipótese de congelarem os seus óvulos, tornando possível o adiamento da gravidez, cobrindo os custos deste processo até 20 mil dólares. A empresa Apple anunciou também que iria tomar as mesmas medidas de pagamento deste processo, mas com um valor ilimitado, permitindo às suas funcionárias uma melhor gestão da sua vida pessoal e profissional, tendo explicado num comunicado feito á ABC News que: “Queremos dar poder às mulheres na Apple para fazerem o melhor trabalho das suas vidas enquanto cuidam dos seus entes queridos e criam as suas famílias".
   Ao serem anunciadas as intenções destas duas grandes empresas no que diz respeito às opções dadas as suas funcionárias no controlo de natalidade, houve de imediato um descontentamento em relação a estas medidas, pois foram interpretadas como apenas mais uma maneira de estas grandes empresas aumentarem o seu lucro ao extorquirem mais tempo de trabalho às suas trabalhadoras, pois quando uma mulher engravida é lhe dada licença de maternidade e pode ausentar-se do trabalho, levando a uma descida de lucro por parte da empresa.
   No processo de analisar uma situação como esta não seria de maneira nenhuma correto apenas considerar as vantagens que a empresa obtém com estas medidas, afinal estas mudanças têm como alvo as funcionárias das empresas, logo é imperativo ter em conta como todas estas mudanças afectam as suas vidas, em vez de apenas condenar tudo o que é feito por estes gigantes da indústria sem ao menos sabermos todos os aspectos destas alterações.
    Ao contrário do que é dado a entender pelos meios de comunicação, a proposta das empresas Facebook e Apple não engloba só o congelamento de óvulos, mas sim todo um conjunto de opções que permitem um melhoramento na vida familiar das indivíduas que trabalham para estas. A empresa Facebook por exemplo, além de cobrir até 20 mil dólares dos custos do congelamento dos óvulos, oferece ainda apoio à adopção, utilização de barrigas de aluguer e outros métodos de fertilidade para ambos os sexos, demonstrando assim o seu maior interesse pelo bem estar dos funcionários do que pelo aumento do lucro total da empresa. A empresa de tecnologia Apple, vai mais longe, e além de cobrir as despesas do congelamento dos óvulos das suas trabalhadoras e de oferecer um programa de apoio à adopção de crianças, cobre ainda as despesas de educação por parte dos empregados e permite o prolongamento da licença de maternidade, uma medida que vai contra as suposições feitas em relação à tentativa de aumentar o tempo de trabalho dos empregados. O professor da Escola de Direito de Harvard e especialista na relação entre a bioética e o direito, Glenn Cohen, vê o lado positivo nas ofertas dadas pela Apple e Facebook e afirma: “As mulheres têm mais opções de escolha que não poderiam suportar de outra forma”.
   É também necessário reforçar que estas empresas estão apenas a dar opções aos seus funcionários, ou seja, ninguém é forçado a optar por estes métodos, sendo assim, como podem estas medidas ser consideradas nocivas para os trabalhadores? Apenas lhes é dada a possibilidade de usar estas ofertas para melhorar a sua vida, caso não haja a necessidade de tal, os funcionários podem continuar a sua profissional como sempre fizeram. Mas e quanto às pessoas que optam pelo processo da remoção de óvulos? Poderão elas sair prejudicadas desta operação, estando assim as empresas Facebook e Apple a incentivar algo que poderá afetar negativamente a vida dos seus funcionários?
   A mulher sujeita a esta intervenção não corre qualquer risco, podendo em pior caso vir a sentir uma dor abdominal devido a um distúrbio metabólico, sintoma que poderá ser facilmente resolvido pelo médico que acompanha este processo. A gravidez em si ocorrerá como uma gravidez normal, não alterando em nenhum aspecto a saúde do embrião. Então porque usar este processo em vez de simplesmente esperar pela altura mais favorável? Foi efectuado um estudo escocês que afirma que maioria das mulheres perde 90% dos óvulos até os 30 anos, biologicamente falando, o melhor momento para ter um filho é dos 20 aos 30 anos, é quando é provável ter-se menos problemas na gravidez, e tem uma menor incidência de doenças. A partir dos 37 anos a taxa de fertilidade desce muito rapidamente e a qualidade do óvulo aos 40, por exemplo, é metade ou um terço de um óvulo aos 27; de facto, foi provado que aos 25 anos, 75% das mulheres conseguem engravidar em seis meses, aos 30, a taxa cai para 40% e aos 40 anos, para 25%.
  Sendo assim podemos claramente concluir que estas novas mudanças sobre a possibilidade do congelamento de óvulos vindas das empresas Facebook e Apple não são apenas mais uma maneira de aumentar o seu lucro, mas sim genuína preocupação pelo bem estar dos seus funcionários.

 * título da nossa responsabilidade e retirado do texto

O que está realmente em causa?* (4)

A argumentação do aluno Gonçalo Luís (11ºE):

      As mulheres que trabalham no Facebook e na Apple, nos Estados Unidos, e queiram adiar a maternidade, apostando na carreira profissional, podem optar pela criopreservação de ovócitos de forma gratuita. As duas empresas, nas quais apenas trinta por cento dos trabalhadores são mulheres, estão dispostas a pagar os elevadíssimos custos associados ao congelamento de óvulos, cientes do talento, criatividade, disponibilidade e flexibilidade femininos no desempenho de altos cargos. Com esta medida, estão a permitir às mulheres estender a sua fertilidade e dedicar a maior parte do seu tempo à (s) empresa (s).
    Uma das razões que me leva a discordar da medida tomada pelo Facebook e pela Apple é o facto de pais tardios acentuarem aquilo a que costumamos chamar “The Generation Gap”. Significa isso que, apesar de já se encontrar defendido que pais mais velhos podem apresentar maior estabilidade emocional e financeira, e podem investir mais na criação dos filhos, o certo é que pais com mais idade vão acentuar a diferença geracional, com impacto na capacidade de fazer face aos desafios e às exigências que têm que ver com a educação, acompanhamento e desenvolvimento das crianças e jovens.
    Outro argumento que debilita as razões exibidas pela Apple e Facebook, para não dizer que as anula liminarmente, é que, sendo a esperança média de vida muito elevada e sendo o índice de desenvolvimento humano no país proponente muito elevado, as mulheres manter-se-ão no mercado de trabalho até muito tarde e a questão da maternidade acontecerá sempre durante a vida ativa da mulher. Por outro lado, esta gravidez tardia traduz-se numa recuperação mais lenta, do ponto de vista físico, com possível perda de produtividade.
       Acresce que, num país onde a taxa de nascimentos tem vindo a baixar, o adiar da natalidade, associado à elevada taxa de divórcios (nos últimos 25 anos, as leis de divórcio "sem culpa", têm tornado o processo de divórcio mais fácil), pode ter um impacto drástico na sua sustentabilidade, a médio e longo prazo.
É importante ainda clarificar que para conseguir uma gravidez que conduza ao nascimento de um bebé, o óvulo tem de sair em boas condições do congelamento. De seguida, precisa ser fecundado in vitro (algo que nem sempre se consegue) e superar o procedimento da implantação uterina, fase na qual muitos tratamentos de fecundação assistida fracassam.
      É o momento de colocar aqui inúmeras questões: Vale o risco? Quais os benefícios? Quem sai a ganhar? O que está realmente em causa? Há liberdade de escolha ou está condicionado o livre arbítrio? O que mobiliza este investimento milionário?
Pese embora duvide que a medida proposta pelas duas gigantes venha a ter o resultado desejado, pelas razões expostas, concedo que a senescência dos óvulos inviabiliza o que seria mais um argumento contra: sendo retirados a mulheres jovens, os óvulos mantêm-se jovens, evitando muitas patologias genéticas/hereditárias associadas à hipotética idade mais avançada da mãe. Generalizado o congelamento de óvulos em jovens mulheres, evitar-se-ia o hipotético problema de uma sociedade a ter de investir mais na saúde e nos cuidados com deficientes.
Declino, contudo, uma medida que é, a meu ver, meramente economicista, não há razões clínicas nela implícitas. Ela valoriza o capital em detrimento do ser, colocando simultaneamente questões de ordem ética, nomeadamente no que se refere à legitimidade de agir, de forma deliberada, contra a natureza do sistema biológico humano. Glenn Cohen, perito em bioética da Universidade de Harvard, considera que existe na medida agora anunciada uma enorme ambiguidade; passa-se a mensagem de que a maternidade não é compatível com os altos níveis de competitividade e exigência das duas empresas, sendo necessário adiá-la através de um método contranatura, sem resultados de sucesso garantidos!

* título da nossa responsabilidade e retirado do texto.

Apple e Facebook pagam congelação de óvulos às funcionárias (3)

O aluno Francisco Mendes (11ºE), apresenta a sua posição:

Já é de conhecimento mundial a capacidade inovadora, a nível tecnológico, de grandes empresas como a Apple e o Facebook. Porém, tal como a capacidade de inovação caracteriza estas empresas, também a existência de grandes eventos é um fator de descrição das mesmas.
Cada vez mais, estas empresas, procuram ter presente no seu grupo de trabalhadores e funcionários a presença feminina com o objetivo de promover a criatividade e flexibilidade. Com isto, estas duas colossais entidades, lançam a oportunidade, às suas funcionárias, de melhor se concentrarem na sua carreira sem abdicar do desejo de, um dia, constituir uma família. Esta oportunidade é possível através do congelamento e armazenamento de óvulos daquelas que põe o conceito de carreira à frente do conceito de família, tentando-se, assim, aumentar e expandir a sua fertilidade. Mas, de acordo com isto, será assim tão simples como se faz parecer?
Embora o objetivo desta novidade tecnológica seja completamente legítimo e puramente evolutivo, maior parte das implicações desta novidade, parecem ser contra tudo aquilo que está ao alcance biológico do Homem, remetendo, assim, para o desequilíbrio natural.

Desta forma, esta tentativa de aumento de produtividade e concentração no emprego, torna-se um ato desumanamente capitalista, baseado numa descarada tentativa de manipulação e exploração humana. Isto é, incentiva-se as funcionárias a submeterem-se a uma desvalorização da vida humana em favor da evolução tecnológica, criando, consequentemente, uma inconsciente guerra entre a Vida e a Evolução onde a Vida perde completamente o seu valor e a Evolução acaba por sair triunfante. Posto isto, surge uma questão: "viver para trabalhar ou trabalhar para viver?" Se, inicialmente, o conceito de "emprego" foi criado no intuito de ser vencedor das necessidades básicas à vida, garantindo-as, esta iniciativa acaba por se resumir no oposto, vivendo-se assim para trabalhar.
É completamente claro que esta iniciativa é uma oportunidade facultativa, e não obrigatória, de organização e escolha do rumo da vida pessoal, uma vez que, a decisão final reside nos presentes valores e ideais de cada um. Mas, ainda que seja uma escolha facultativa, esta, é uma maneira indireta destas duas companhias avisarem as suas funcionárias da possível perda de lugar na empresa de acordo com a rejeição da suposta oportunidade "facultativa".
Para além de todas estas implicações polémicas contra valores e ideais sociais, religiosos, psicológicos e éticos, surgem também implicações a nível da saúde individual daqueles que se comprometem com tal processo, como é explicado pela ONG: "Retirar vários óvulos envolve injeções fortes de hormonas, algumas delas não aprovadas. A curto prazo, os riscos podem ser graves e a longo prazo são incertos, porque eles não foram estudados adequadamente, apesar da indústria de fertilidade ter vindo a utilizar estas hormonas durante décadas". Isto mostra o lado ignorante e ganancioso da legitimação antecipada de tal processo, sujeitando a integridade individual  à prática de iniciativas pioneiras insuficientemente estudadas.
Ainda que esta iniciativa procure libertar o sexo feminino da pressão biológica, em prol da sua carreira, as tentativas de parar o relógio biológico estão muito além das capacidades presentes na humanidade. Tudo isto se resume a uma inconsciente procura pelo desequilíbrio da Natureza, dando-se um passo maior do que aquele que se encontra ao alcance do Homem.


Os objetivos destas duas gigantes empresas são claros e obviamente lucrativos e evolutivos. Mas, até que ponto serão ignorados os valores e ideais humanos, tal como o equilíbrio da Natureza, devido à ignorância e inconsciência mundial na procura incansável da evolução? Como pode ser a evolução tão importante se, sem vida, não existiria o que evoluir?...

Deve ser permitido o congelamento de óvulos? (2)

A Sara Elias (11ºE) apresenta-nos a sua posição:
Recentemente surgiu nos meios de comunicação social, media, a notícia de que o Facebook e a Apple estão a oferecer às funcionárias a possibilidade de congelarem os seus óvulos, incluída no seguro de saúde. Esta nova medida tem gerado bastante controvérsia, sendo apoiada por uns e criticada por outros. De modo a construir a minha opinião em relação a esta temática, realizei uma pesquisa aprofundada e familiarizei-me com o contexto socioeconómico em que se insere.
Pareceu-me pertinente começar por tentar responder à questão central: Qual a razão de tal medida? Ambas as empresas supracitadas afirmam que pretendem incentivar o trabalho feminino nas suas empresas. As estatísticas mostram que 70% dos 98 mil funcionários da Apple são do sexo masculino, sendo a percentagem semelhante no Facebook. Evidentemente que esta discrepância de sexos é facilmente justificada pelo facto de a mulher optar por constituir família e ter filhos, colocando para segundo plano o seu trabalho.
                De seguida, tentei compreender as reações a esta medida. A verdade é que atualmente grande parte das mulheres pensa em engravidar somente após a conquista do sucesso profissional que, geralmente, ocorre acima dos 34 anos. Nesta idade, as mulheres são jovens e estão em perfeito estado de saúde, porém, para engravidar, essa idade está acima do que se considera ideal. A gravidez após os 35 anos, tem-se tornado cada vez mais comum e, com isso, o congelamento de óvulos tem-se tornado uma grande opção de preservação da fertilidade para estas mulheres. Por um lado, para a fundadora do fórum eggsurance.com e defensora deste método, Brigitte Adams, a oferta deste benefício pelas empresas é uma forma de investir nas mulheres e apoiarem-nas na construção da vida que desejam.
                No entanto, por outro lado, também surgiram opiniões contra. Foi levantada a questão sobre se as empresas não estarão a exigir demasiada dedicação às suas funcionárias, ao adiarem a maternidade em benefício da companhia, ou se estas têm a obrigação de entregar todos os seus esforços à entidade empregadora e deixar a família para segundo plano. Para além disso, o professor da Escola de Direito de Harvard e especialista na relação entre a bioética e o direito, Glenn Cohen alertou ainda para outra discussão em declarações à ABC News: “os locais de trabalho podem tornar-se intolerantes com mulheres que decidam ter filhos quando estão empregadas e potenciar que mais mulheres se submetam ao procedimento, que acarreta riscos e pode não ser útil quando quiserem ser mães”.
                Este depoimento despertou-me interesse sobre em que consiste realmente a congelação de óvulos e quais os seus riscos. Segundo o Dr. Rogério Leão, membro do corpo clínico do Centro de Reprodução Humana do Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia, o procedimento de recolha de óvulos é rápido: “A paciente recebe por meio de uma injeção subcutânea um medicamento para estimular o crescimento de folículos. Após 36 horas é feito um ultra-som intravaginal para a aspiração dos óvulos. Esta segunda fase é realizada sob o efeito de sedação.” Quanto aos riscos, deparei-me com os seguintes: no início do procedimento, pode haver reação ao uso de hormonas e produção exagerada de óvulos, chamada síndrome de hiperestímulo ovariano, provocando um distúrbio metabólico e dor pela acumulação de líquido no abdómen; na realização do ultrassom, a agulha pode atingir um vaso importante da pelve e o sangramento ovariano pode não cessar. Todavia, todos estes riscos podem ser contornados pelo médico que acompanha a mulher. O que realmente se deve salientar é que o facto de congelar óvulos não garante uma futura gestação. As chances de gravidez rondam os 45% por tentativa, acrescendo-se o facto de uma gestão tardia poder colocar em risco tanto a vida da mãe como a do bebé. “A gravidez após os 35 anos aumenta as possibilidades de aborto espontâneo, além da má formação genética”, alerta o Dr. Rogério Leão.

                Com base no que expus anteriormente, considero reunir a informação necessária para formar a minha opinião. Do meu ponto de vista, esta medida não devia ter sido implementada, nem sequer posteriormente adotada por outras empresas, pois alimenta um modelo de sociedade, que penso estar errado. Para que serve esta medida? Para as mulheres se dedicarem ao seu trabalho, pondo de parte a sua vida pessoal. Esta medida beneficia realmente as mulheres? Como pude observar a resposta é não, uma vez que não há confirmação de que os óvulos congelados garantam uma futura gestação e mesmo se se realizar a gestação, quer a mãe quer o bebé correm riscos, devido à idade avançada da mãe. O que acontecerá se esta medida for tomada por outras empresas e se tornar comum? O modelo familiar alterar-se-á, sendo os progenitores cada vez mais velhos. Então e se a gestação não tiver ocorrido? As mulheres já não conseguem ter filhos, por terem passado da idade dita ideal para engravidar, logo a natalidade diminuirá, provocando a longo prazo uma crise geracional. E isto tudo porquê? Porque vivemos numa sociedade consumista e capitalista que gira em torno do dinheiro e que para o alcançar não olha aos meios, tentando até mesmo alterar a sua própria natureza. Assim, em conclusão, resumo a minha opinião sobre esta temática com o seguinte provérbio chinês: “Vive de acordo com as leis da natureza e viverás em harmonia.”

Congelar o presente, e o futuro? (1)

Os nossos alunos têm vindo a pronunciar-se criticamente sobre a decisão da Apple e do Facebook, a partir do que tem sido noticiado na comunicação social.

Neste texto, temos a posição da Inês Oliveira (11ºE):

   Recentemente veio a público uma notícia que tem vindo a gerar controvérsia. O seguro de saúde para as funcionárias do Facebook proporciona-lhes agora a opção de congelarem os seus óvulos, medida que a Apple irá adotar a partir de janeiro.
      Esta notícia levanta as mais variadas questões relativamente, não só, à ética, aos motivos que movem estas empresas mas também quanto à naturalidade deste procedimento e aos benefícios da opção em si.
      Podemos questionar o que terá motivado estas empresas? Os motivos podem variar, desde pretenderem que as funcionárias trabalhem mais enquanto são jovens e se encontram no seu auge, preferindo que estas apenas necessitem de estar em licença de maternidade mais tarde. Até estarem apenas a utilizar a história como publicidade ou ainda como uma tentativa de atrair trabalhadoras de modo a aumentar o número de funcionárias. O motivo poderá estar ligado à ética, pois é recorrente perguntar-se, será uma ação realizada por motivos que diferem da finalidade desta, uma ação ética? Na minha opinião, mesmo que a ação tenha um resultado positivo, caso o motivo da sua realização não seja ético, isso põe em causa a ética de toda a ação.
       Não será esta, no entanto, mais uma maneira de manipular o trabalho das mulheres? É certo que apenas lhes estão a dar a opção e que não são obrigadas a segui-la, podendo escolher ter filhos enquanto são jovens, a questão é se não serão prejudicadas por esse motivo, sendo as funcionárias que realizaram o procedimento beneficiadas pelas empresas, enquanto as restantes são penalizadas?
       Mas e quanto à congelação dos óvulos em si? Será antinatural? Ou será benéfico para a nossa sociedade? Pessoalmente, penso que trará mais problemas que benefícios. Podemos analisar os problemas quanto à saúde pois processos como este contém sempre riscos, que poderão gerar graves problemas a quem a estes se submete. Podemos também analisar as consequências a nível social, mulheres mais velhas não possuem as mesmas capacidades parentais que mulheres mais novas, agindo mais como avós do que como mães. Isto se a inseminação for bem sucedida pois estudos indicam que este procedimento tem apenas 25% de casos com sucesso.
        Em conclusão, sobre a Apple e o Facebook proporcionarem esta opção da congelação dos óvulos às suas funcionárias acredito que o facto de não ser conhecida uma resposta concreta para estas perguntas torna difícil a formação de uma opinião concisa. Dependendo das respostas que associa a cada questão, um mesmo individuo pode formular variadas opiniões. A capacidade de argumentar de forma informada e bem elaborada de modo a persuadir um auditório a concordar com a nossa opinião fica então condicionada. Como é possível a persuasão de outros quando nem emissor se encontra certo do que está a defender?

         Já relativamente ao ato da congelação dos óvulos em si penso que é uma boa opção nos casos para os quais não há outra solução, mas que tornando-se uma realidade comum alteraria por completo o funcionamento da nossa sociedade, alterando também a ordem natural dos acontecimentos. Na natureza não existem motivos secundários, tudo acontece como é suposto e de acordo com as necessidades naturais. Terá então o ser humano, tendo a capacidade para fazê-lo, o direito de alterar o que levou milhares de anos a ser aperfeiçoado pela natureza?

A decisão da Apple e do Facebook é «eticamente inaceitável»




As posições do médico Marcos Borga e do Centro Genético para a Saúde:




'Não é aceitável mandar as funcionárias congelar os óvulos'
 Marcos Borga
   «Polémica à parte sobre o direito da mulher a escolher quando quer ser mãe, Miguel Oliveira, o presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, alerta que retirar óvulos e congelá-los, algo que a Apple e o Facebook estão a incentivar as suas funcionárias a fazer, não é um procedimento inócuo.
"Não está provado, a longo prazo, que a overdose de hormonas usada para a estimulação ovárica [o tratamento para retirar os óvulos] , não provoque cancro de ovário. Há estudos nesse sentido", frisa.
Esta semana, soube-se que a Apple e o Facebook estão a oferecer às suas funcionárias dinheiro para congelarem os óvulos e, assim, adiarem a maternidade. Outras empresas de tecnologia em Sillicon Valley, frequentemente acusadas de preferirem empregar homens, estão a tomar atitude igual.  
Além de considerar a medida "eticamente inaceitável" e "discriminatória" dos direitos da mulheres, Miguel Oliveira diz ainda que não é garantia de ter uma gravidez saudável mais tarde. "O que interessa ter um óvulo jovem num útero com problemas, cheio de miomas, por exemplo?"
O médico sublinha que, do ponto de vista biológico, um útero não é o mesmo aos 30 anos do que aos 40, por isso, de nada vale ter óvulos jovens.
"Não é minimamente aceitável mandar as funcionárias retirar os óvulos e congelá-los. As pessoas têm de se unir para combater esta atitude"", reforça. 
As críticas do médico português juntam-se às reações internacionais à decisão da Apple e do Facebook. O Centro para a Genética e Sociedade, uma organização Não Governamental, apressou-se a avisar as funcionárias das empresas dos riscos para a saúde.
"Retirar vários óvulos envolve injeções fortes de hormonas, algumas delas não aprovadas. A curto prazo, os riscos podem ser graves e a longo prazo são incertos, porque eles não foram feitos estudados adequados, apesar da indústria de fertilidade ter vindo a utilizar estas hormonas durante décadas", lê-se num comunicado divulgado pela ONG.»


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/nao-e-aceitavel-mandar-as-funcionarias-congelar-os-ovulos=f893983#ixzz3IJLhj01W

A decisão da Apple e do Facebook é uma «ótima medida»

Que argumentos sustentam esta conclusão?

Eis um exemplo de um cidadão que toma posição favorável à decisão destas empresas:

  «Já todos conhecemos o carácter inovador que a gigante de Cupertino aplica aos seus dispositivos, sejam eles smartphones, tablets ou mesmo PC’s. Além deste carácter inovador, a Apple é também conhecida pelos seus grandes eventos, sendo considerada até uma máquina de marketing onde também gravita a gigante das redes sociais, o Facebook.
Segundo a NBC News, a empresa de Cupertino e o Facebook estão a oferecer às suas funcionárias o valor do serviço para que estas possam congelar os seus óvulos com o intuito de se libertar da pressão biológica.
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É do conhecimento geral a grande importância para as empresas de terem elementos do sexo feminino no seu grupo de trabalhadores e são inúmeras as razões: disponibilidade, criatividade, flexibilidade, entre muitas outras, são aspectos que fazem com que as empresas as queiram ter nos seus quadros e a desempenhar altos cargos.
Para a Apple e Facebook estas regras não são excepções e onde existe um cenário maioritariamente masculino estas duas gigantes querem manter o talento e criatividade feminina sempre presentes. Assim, estas empresas decidiram oferecer gratuitamente aos seus funcionários femininos, o congelamento dos seus óvulos, mesmo que seja por razões não clínicas.
Este procedimento permite às mulheres estender a sua fertilidade. Hoje em dia, cada vez mais, mulheres têm como foco principal as suas carreiras dedicando a maior parte do seu tempo à sua empresa. Com este processo, as mulheres poderão colher e armazenar os seus óvulos numa idade ainda jovem e quando acharem que já atingiram o nível de carreira que pretendiam, aí podem utilizá-los para engravidar. No entanto, este é um processo clínico que não é acessível a todas as pessoas, devido ao seu elevado custo.
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A empresa que teve inicialmente esta iniciativa foi o Facebook Agora foi a vez da Apple, que começará a financiar este processo a partir de Janeiro de 2015. Esta medida foi divulgada em conjunto com muitas outras que visam aumentar a satisfação dos 98 mil funcionários da empresa. Entre essas medidas estão também o aumento da licença de maternidade e a criação de um programa de financiamento para estudantes.
O processo de congelamento de óvulos envolve a estimulação dos presentes nos ovários das mulheres para uma posterior colheita e armazenamento dos mesmos. Normalmente, os valores rondam os 10 000 dólares por cada colheita e 500 dólares por ano para o armazenamento. Segundo alguns especialistas, o recomendado é fazer a colheita de 20 óvulos, o que requer duas colheitas.
A empresa sabe que mais importante que gerir o seu negócio, além dos seus produtos e de todo o marketing que os envolvem, é manter os seus funcionários focados, motivados e satisfeitos.

Posto isto, com certeza esta será uma óptima medida e que vai fazer com que muitos funcionários femininos da empresa fiquem mais satisfeitos».

Apple e Facebook pagam às funcionárias para congelar óvulos


    «As mulheres que trabalham no Facebook e na Apple, nos Estados Unidos, e queiram adiar a maternidade e continuar a apostar na carreira podem optar pela criopreservação de ovócitos agora de forma gratuita. As duas empresas estão dispostas a pagar os custos associados ao congelamento de óvulos.
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     Pagar a criopreservação de ovócitos parece ser uma novidade, pelo menos entre as maiores empresas norte-americanas. O custo associado a este procedimento é elevado e no país ronda os 10 mil dólares (7900 euros), um valor que duplica quando é necessário repetir a colheita de ovócitos e proceder à sua congelação, o que acontece com alguma frequência. Além deste valor, é necessário pagar o armazenamento dos óvulos congelados, o que tem um custo mensal de cerca de 500 dólares (395 euros).O Facebook já oferece uma comparticipação de 20 mil dólares (15.700 euros). A Apple paga o valor total do procedimento a partir do próximo ano.»
excerto da notícia publicada no Jornal «Público» a 15 de outubro; para ler mais http://www.publico.pt/economia/noticia/facebook-e-apple-pagam-congelacao-de-ovulos-as-funcionarias-1672953

As empresas apresentam justificações de diverso tipo para esta decisão, considerada em qualquer circunstância como um benefício oferecido pela empresa.
Alguns especialistas da área da Medicina, da Ética e do Direito pronunciaram-se sobre ela.
Nos próximos post apresentamos posições a favor e contra e respetivos argumentos.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Há 259 anos a Terra tremeu, mas foi a sério! Porquê?

No dia 1 de novembro, parte da cidade de Lisboa foi destruída. Fez 259 anos há três dias. Naquele sábado, no dia em que se celebrava o Dia de Todos os Santos, na hora em que as Igrejas estavam cheias, perto das 10 das manhã, a terra tremeu.

  «A catástrofe que atingiu Lisboa na manhã de 1 de Novembro de 1755 - a parte mais dramática de uma convulsão natural (...) manifestou-se através da conjugação de três factores mortíferos: o movimento telúrico, propriamente dito; o maremoto resultante do facto de o epicentro do sismo estar situado no mar; o fogo que depressa se expandiu pelo ferido tecido medieval da cidade, abundante em madeira, transformando os escombros em cinzas.
    Em poucos minutos desapareceram, por entre os destroços, as Igrejas, os palácios, os sinais da memória construída daquele que era o terceiro maior porto da Europa e a capital de um vastíssimo império comercial e colonial».


Imagens de Carlos Pinheiro retiradas de: http://pt.slideshare.net/ladonordeste/terramoto-de-1755-164521
Este acontecimento impressionou também toda a Europa da altura.
      «Enquanto os portugueses, aturdidos, faziam o trágico balanço e lançavam as mãos ao trabalho da reconstrução, o terramoto continuou a exercer o seu efeito de choque por entre as cortes, as academias e os centros culturais e científicos da iluminista e aristocrática Europa setecentista».
     
        De imediato, surgiram interpretações para algo tão inesperado quanto terrífico. A destruição de edifícios, a morte de pessoas pela Terra, pela Água e pelo Fogo de forma tão violenta e num espaço de tempo tão curto, não podia deixar de evocar um acontecimento extraordinário cujas causas não poderiam ser simplesmente naturais. Em Portugal, o Padre jesuíta Gabriel Malagrida, escreveu e publicou o folheto, Juízo da verdadeira causa do terremoto que padeceu a Corte de Lisboa no primeiro de novembro de 1755, em que considerava o cataclismo um castigo divino pelos pecados dos homens.
     Também os filósofos se pronunciaram. A posição do filósofo francês Voltaire (1694-1778) será das mais significativas. Escreveu, logo em 1756, o Poema Sobre o desastre de Lisboa e rejeita a tese otimista de Leibniz (1646-1716) que afirma este mundo como «o melhor dos mundos possíveis». 


Aos gritos mudos já das vozes expirando,
à cena de pavor das cinzas fumegando,
direis: "Efeito tal de eternas leis se colha
que de um Deus livre e bom carecem de uma escolha?"
Direis do amontoar que as vítimas oprime:
"Deus vingou-se e a morte os faz pagar seu crime?"
As crianças que crime ou falta terão, qual?
esmagadas sangrando em seio maternal?
Excerto do «Poema sobre o Desastre de Lisboa» de Voltaire, traduzido por Vasco Graça Moura, retirado de                http://whispernorbury.blogspot.pt/2011/09/o-poema-sobre-o-desastre-de-lisboa.html

      Rousseau (1712-1778), filósofo que é mais vulgarmente conhecido por defender a ideia de uma bondade natural dos homens que, depois, a sociedade corrompe, pronuncia-se nesse mesmo ano de 1756 em «Carta a Voltaire», preferindo considerar que as causas para o drama humano provocado pelo Terramoto de Lisboa se encontram nas ações dos homens.
           
     «Segundo Rousseau, a culpa do que ocorreu em Lisboa, não seria de Deus, nem o drama terá decorrido de causa natural. Os motivos da tragédia teriam de ser procurados na corrupção da «integridade» dos homens, provocada pela degenerescência social, pela usura, por aquilo que Marx no século seguinte definiria como a vertigem da acumulação do capital. Como exemplo, Rousseau, referia o facto de em Lisboa haver cerca de vinte mil casas com seis e mesmo sete andares, o que era contrário à Razão. A cupidez, a ânsia de lucro, a corrupção da natureza humana que Deus atribuiu aos homens, eis a causa da tragédia.»

O problema da existência do mal e do sofrimento é repensado pela filosofia. O problema da relação do Homem com a Natureza é reavivado, numa altura em que o debate intelectual e filosófico não pode dispensar a referência a Deus, quer para o afirmar quer para o negar.
Naquele século XVII tão distante, "em que nenhum de nós era nascido", como dirá qualquer jovem de 15 anos, os homens sentiam-se ainda pouco senhores da natureza. A Física era uma jovem ciência e a Técnica era uma prática menor cuja ligação à Ciência não se encontrava estabelecida, com todos os seus benefícios e, sabemos hoje, também malefícios. 

Bem, este post já vai longo. A referência ao filósofo Immanuel Kant (1724-1804), que nos deixou, entre outros, «Escritos sobre o Terramoto de Lisboa», terá de ficar para outra altura...

Vou acabar com um excerto do belo texto do filósofo português Viriato Soromenho-Marques, professor da Universidade de Lisboa, do qual tenho vindo a fazer transcrições, que lança um conjunto de questões para os dias de hoje
      
     «No século XVIII a humanidade assumia-se como vítima perante catástrofes naturais como o terramoto de Lisboa. Hoje é a Natureza que parece vacilar perante a ameaça de uma humanidade seguramente com mais poder do que sabedoria. Não estaremos a esquecer alguma coisa, algum perturbante detalhe, nesta narrativa do poder humano que ocupa todos os focos de luz da reflexão contemporânea? Os 300 000 mortos do tsunami de Novembro de 2004, e do terramoto de Outubro de 2005 aí estão, com o seu comovente testemunho, a assinalar que a Natureza continua a dar as cartas num jogo cujas regras, apesar da nossa insuportável arrogância, nos continuam a escapar no que é essencial...»
         O texto completo pode ser lido aqui, de onde foi retirado: http://www.viriatosoromenho-marques.com/Imagens/PDFs/Visao%20O%20Terramoto%20de%201755%20250%20Anos.pdf

E para terminar este post, pergunto se será possível que não haja um, um só visitante corajoso, que lhe teça um comentário?