quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

DIA INTERNACIONAL CONTRA A CORRUPÇÃO


 Assinala-se hoje, dia 9 de dezembro, o Dia Internacional Contra a Corrupção.

A corrupção é um problema dos dias de hoje. Assume diversas formas e revela-se em muitos domínios. Ameaça a saúde da democracia e a confiança nas instituições. Todos podemos ser parte ativa na luta contra a corrupção.

REDE DE ESCOLAS CONTRA A CORRUPÇÃO - CONCURSO IMAGENS CONTRA A CORRUPÇÃO 2020-2021 9ª edição

 

O Conselho de Prevenção Contra a Corrupção criou a Rede de Escolas Contra a Corrupção, a 9 de abril deste ano.

"A Rede de Escolas Contra a Corrupção hoje aprovada é uma comunidade aberta constituída por escolas empenhadas em promover a integridade e fortalecer os princípios éticos nas suas práticas quotidianos e em prevenir quaisquer atos ilícitos, de fraude ou de corrupção entre os seus membros e na comunidade escolar.

Os agrupamentos de escolas aderem de livre vontade e comprometem-se, na medida das suas possibilidades, a desenvolver uma estratégia de ação que inclua Intervenções de prevenção da fraude e da corrupção nos seus Planos Anuais de Atividades, a participar e a colaborar regularmente em propostas e iniciativas do CPC, nomeadamente nas iniciativas para a comemoração do Dia Internacional contra a Corrupção, e a desenvolver trabalho em colaboração com os membros da comunidade escolar entre outras iniciativas."

A ESMT aderiu a este projeto e irá participar no concurso Imagens contra a corrupção. Esta atividade está sob dinamização e acompanhamento da BECRE.




Exercícios de apoio à discussão

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Por que não posso confiar nos sentidos?

Por que não posso confiar nos sentidos? Não são eles que me mostram a realidade? Sim, mas... que realidade? Claro, para quem vive um quotidiano rotineiro é indiferente se a Terra gira à volta do sol mesmo que os olhos mostrem o contrário, se a matéria é constituída por átomos ou se o espaço sideral afinal é curvo. Desde que a máquina de lavar funcione, o computador não avarie, possa fazer a ressonância magnética de que precisa e comprar o telemóvel de última geração, nada mais importa.

Mas para quem se interessa pelo conhecimento e pela verdade não é assim. É preciso mesmo saber como as coisas são, é preciso explicá-las e compreender o mundo enigmático onde os homens vivem desde tempos imemoriais. É a essa tarefa nunca acabada que os filósofos e os cientistas se têm dedicado, desde que o homem começou a pensar racionalmente e a organizar as primeiras teorias sobre o cosmos. Foi assim que. desde muito cedo, se deu conta que uma coisa é o modo como as coisas nos aparecem (a Aparência), outra coisa é aquilo que elas são (a Realidade).

Neste pequeno vídeo vamos perceber quais as razões que conduziram Descartes a desconfiar dos sentidos e não só... 




segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

V Olimpíadas Nacionais de Filosofia



Universalidade e particularismos na Religião

                      À partida, é imperioso considerar que qualquer religião, mais ou menos numerosa, mais ou menos organizada, parte dos particularismos e idiossincrasias de onde nasceu (é a Historicidade, que também afeta a própria Filosofia).

          Entende-se como religião, a complexidade, organizada e ordenada, de crenças, ritos, espaços e tempos sagrados, ensinamentos e narrativas, que se referem ao Transcendente, que nas religiões é entendido como fundante e anterior ao Tempo. Faz parte também do fenómeno religioso o conjunto de normas para a existência quotidiana que possibilitem a harmonização com o poder transcendente e com a sua ordem fundante e fundadora. Por este motivo qualquer religião tende a apresentar-se como ‘A Narrativa’ (exclusiva e verdadeira) dos acontecimentos primordiais, a explicação para os acontecimentos presentes e a possibilidade de antecipação dos tempos futuros, assim como oferecer o sentido primeiro e último para a Existência.

          No entanto, porque o mundo se foi transformando num lugar pequeno e fomos cada vez mais podendo comparar as diversas narrativas religiosas, situando-as no espaço e no tempo, podemos verificar que as referidas narrativas, que revelam e permitem a relação com a transcendência, decorrem (decalcam, até) as circunstâncias existenciais, concretas, do povo onde elas nasceram, que nelas acredita e as revela. Por exemplo: para os povos semitas (judaísmo, islamismo), rodeados pelo deserto, que se apresenta sempre inconstante na sua aparência, o Transcendente não pode manifestar-se nunca ao olhar e marca-se com mandamentos severos essa impossibilidade relativa à representação da Transcendência (proibição absoluta da representação de realidades transcendentes) - a experiência do deserto mostra que o olhar está sujeito às miragens e que o território é volátil devido aos ventos que o alteram constantemente; pelo contrário, o subcontinente indiano é rico na sua variedade geográfica, fauna, flora… aí os sentidos são inundados constante e prazenteiramente e é assim que vemos nas religiões da India (no Sanatana Dharma), a valorização dos sentidos e a crença de que estes podem (não só, mas também) conduzir à Transcendência - torna-se muito natural que até tenham um conceito para isso: darshan (ver Deus).


Prof. Carlos Reis

 2/12/2021