quinta-feira, 23 de junho de 2016

Caça à arte pelas ruas de Torres Vedras (1)

Os alunos do 10º G andaram pelas ruas de Torres Vedras à procura de obras de arte. Ainda o relógio não marcava as cinco. As cinco horas da tarde. De uma tarde quente do mês de maio.
E o que encontraram?
Nesta publicação, vamos deixar apenas as fotos que dão conta da sua experiência. 

A maioria das legendas é da nossa responsabilidade. 

A pergunta que vamos deixar no ar é esta

O que faz de cada uma destas obras, uma obra de arte?


Imagem 1 - Foto parada de um relógio a funcionar. Na estação da CP.


Imagem 2 - Pintura no Jardim de Santiago 

Imagem 3 - Pintura na Praça Machado Santos - Arte Urbana

Imagem 4 - Pintura, «sorriso por detrás de uma montra...»

Imagem 6 - «Sr. Vinho», escultura de Joana de Vasconcelos na Praça do Mercado Municipal


Imagem 7 - «Rosto de homem» - Praça do Mercado Municipal



Imagem 8 - «Flores que não são flores» nas ruas da cidade...

Imagem 9 - Escultura de João Castro Silva na Rotunda da Rua Dr. Ricardo Aurélio Belo, junto ao Bairro Vila Morena,
conhecida pela «Rotunda dos Cavalos»
Algumas destas imagens retratam casos de Arte Urbana, manifestações artísticas no espaço público que o redefinem e que o abrem a formas inovadoras de comunicação. Podem ter uma função de embelezamento, mas também reflexiva e crítica. São formas de arte que interpelam o cidadão e tornam o espaço da cidade um espaço público vivido e partilhado.

O que faz de cada uma destas obras, uma obra de arte?
O que existe em comum em todas elas?

É precisamente a dimensão comunicativa que encontramos em todas estas imagens. É a filtragem de um olhar, de um olhar comprometido numa significação que rompe com o significado vulgar e quotidiano, É essa rutura para o inesperado que abre o espaço novo em que o objeto quotidiano se transforma em objeto artístico. É o que acontece, por exemplo, com o objeto «relógio» que, através de um olhar e de uma interpretação, através da abstração relativamente ao seu espaço de origem e à sua função utilitária, adquire um simbolismo que permite falar dele como objeto artístico. 
É o que acontece, inesperadamente, com o registo das flores artificiais. Só um olhar as pode transformar - de imitações transformam-se em originais. O olhar captou nelas a sua essência de puros objetos, coisas para admirar, e abstraiu da sua condição menor de imitações, imitações de plástico de um modelo incomparavelmente superior. As flores vistas na foto ganham a dignidade de flores. Elas são, na foto que as capta, iguais às flores, às verdadeiras flores. Nas fotos, na pintura, nas imagens paradas, são todas, quaisquer delas, igualmente silenciosas e inertes.


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