quarta-feira, 22 de junho de 2016

O Problema da existência de Deus - o argumento teleológico

Esta publicação é um excerto de um trabalho apresentado pelos alunos Gonçalo Lopes e Joana Cordeiro, do 10ºD, sobre o problema da existência de Deus.

 2015/2016
O chamado argumento teleológico, do grego telos, fim ou finalidade, ou argumento do desígnio tem sido utilizado pelos defensores do teísmo.
Este argumento afirma que, se observarmos a natureza, não podemos deixar de notar como tudo é apropriado à função que desempenha: tudo mostra sinais de ter sido concebido. Isto demonstraria a existência de um Criador (omnisciente e omnipotente e bondoso). Se, por exemplo, examinarmos o olho humano, verificaremos que todas as suas ínfimas partes se adaptam entre si e que cada parte está judiciosamente adaptada àquilo para que aparentemente foi feita: ver. Tal, como, ao observar um relógio, podemos ver que foi concebido por um relojoeiro, também ao observar o olho, argumentam eles, podemos ver que foi concebido por uma espécie de Relojoeiro Divino”
Nigel Warburton, Elementos básicos de filosofia, Gradiva, 2007, pp. 30-32
O argumento teleológico – partindo da constatação de que tudo, na natureza, se revela adequado à função que desempenha –, prova que os seres e fenómenos naturais tiveram de ser concebidos por um Criador inteligente: Deus.
Deus é assim uma espécie de relojoeiro que imprime nas coisas a sua marca, conferindo-lhes a complexidade, a ordem, a harmonia e a finalidade.

Argumento Teleológico
Objeções
Baseia-se numa fraca analogia: a semelhança entre os objetos naturais (como o olho humano) e os objetos artificiais (como o relógio) não é uma semelhança entre aspetos verdadeiramente relevantes. 
Perde força quando confrontado com as conclusões da teoria evolucionista de Darwin para quem a adaptação dos seres vivos ao meio depende da seleção natural e da sobrevivência dos mais aptos, os quais transmitirão os seus genes às gerações seguintes.
Ainda que possa demonstrar a existência e a necessidade de um Criador, não prova que ele seja único, nem que se trata de um Arquiteto omnipotente, nem sequer prova que o Criador é omnisciente e infinitamente bom.

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