quarta-feira, 23 de março de 2016

Memória como chave de identidade



Memória como chave de identidade
https://www.youtube.com/watch?v=sHRiMXd5fos
  Este ano realizei um trabalho no âmbito da disciplina de Psicologia B acerca do tema "A memória", baseando-me também no filme "Memento"



 



Ao realizarmos o visionamento do filme "Memento", apercebemo-nos da complexidade e importância da memória! Muitos pensam que a memória se restringe à nossa capacidade de armazenar certas situações, certos eventos (claro que isto já seria muito). Mas NÃO, a memória é ainda mais do que isso! A memória é essencial para a construção da nossa identidade pessoal, para a construção do nosso "eu".

  Para entendermos isto de uma forma mais simples, podemo-nos servir de uma metáfora que eu próprio "inventei".
 Olhemos para a "construção da nossa identidade pessoal", como a "construção de um muro, o muro da vida"; Para os "pedaços de tijolo desse muro", como "cada pedaço, cada evento, cada aptidão que nos carateriza". Assim, cada pedaço de tijolo será essencial para a construção desse muro, tal como cada situação vivida será essencial para a construção da nossa identidade.
 Sem memória, cada pedaço vivido não existia. Isto, porque não nos iríamos recordar da existência desse pedaço de vida, desse evento, dessa aptidão; acabaríamos, simplesmente, por ficar sem tijolos para construir o nosso muro.



Será que isso afetaria assim tanto a nossa própria identidade?
 Óbvio que sim! Sem memória não conseguiríamos sequer comer com garfo e faca (pois não teríamos memorizado tal capacidade), não conseguiríamos sequer construir uma frase, pois não nos lembraríamos das palavras. Seria catastrófico! Nem sequer nos lembraríamos de onde vivíamos, ou de quem seriam os nossos pais.
Tal como vemos no filme, a memória afeta em muito a nossa vida. Sem ela, o nosso quotidiano torna-se confuso, nós próprios tornamo-nos confusos; E o que será da nossa vida, se ela estiver repleta de confusão? Deixa de fazer sentido, a menos que criemos um certo propósito para viver. Isso, foi o que fez Leonard (o protagonista do filme), que quando percebeu que estava a perder a sua motivação para viver (a busca pelo assassino da sua mulher), e ao entender que estava errado, aproveitou-se da sua condição, enganando-se a si próprio!

Regressando à metáfora referida, podemos questionar-nos: “Tudo bem, os pedaços de vida são os tijolos, a nossa identidade é o muro. Então, mas e o que será a memória segundo esta perspetiva?”
A memória?
A memória será o cimento; será o elemento responsável pela ligação desses pedaços de vida e por manter o “nosso muro de pé”, sem o deixar cair! A memória será o elemento que permite a construção da nossa identidade, responsável por manter e aperfeiçoar essa nossa identidade ao longo da vida!

A memória lembra-te de quem és, mas não só! Ela faz de ti a pessoa que és!

Duarte Saraiva, nº12, 12ºC


2 comentários:

  1. Efetivamente a memória assume um papel importantíssimo na construção da nossa identidade individual... Intrigam-me os relatos de indivíduos que após terem órgãos transplantados, notaram diferenças no seu comportamento e até testemunharam memórias correspondentes ao doador.
    Em 2018 cientistas conseguiram, com sucesso, fazer uma espécie de "transplante de memória" de um caracol marinho para outro.
    Será a nossa memória meramente celular ?


    Maria Roque 12ºI

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  2. A memória desempenha sem margem para dúvidas um papel fundamental na formação da nossa identidade e caráter, até porque a nossa identidade é moldada pelos episódios vividos na nossa vida e que ficam na nossa memória, funcionando como é referido em cima como tijolos e cimento. Como é referido no artigo em cima, sem a memória não conseguiríamos se quer exercer as funções mais básicas da nossa vida quotidiana, como comer, andar ou até mesmo falar. Daí que, na nossa opinião, doenças ou patologias como o Alzheimer ou a Amnésia são das condições mais assustadoras que um ser humano pode viver pois são doenças onde o ser humano perde parcialmente memória e em alguns casos o indivíduo pode até mesmo perder a sua identidade pois, ao não se lembrar daquilo que viveu tornar-se-á uma pessoa completamente diferente.
    E para finalizar, em resposta à ultima frase do artigo em cima exposto colocando até uma questão, perguntamo-nos, como será viver sem nos lembrar-mos de quem somos ou o que fizemos para chegar até aqui?

    Gonçalo Oliveira e Carolina Lucas 12ºH

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