retirado de http://seo007.info/Scientific-Replication-Clipart-86a3f0/ |
O aluno Pedro M., do 10º ano, turma A, escreveu este texto no qual se posiciona relativamente ao problema filosófico do livre-arbítrio. Foi um texto escrito em contexto de sala de aula, sem recurso a materiais de consulta.
«No que toca ao problema do lívre-arbítrio, defendo o determinismo moderado, que, como teoria compatibilista, defende que o determinismo e o lívre-arbítrio são conceitos que podem coexistir na mesma realidade. É possível, por isso, afirmar que tudo tem uma causa mas esse facto não implica a inexistência de liberdade nas ações humanas.
O determinista moderado afirma que tudo
está sujeito ao determinismo, ou seja, tudo tem uma causa. Mas a liberdade
existe pois esta não reside no facto de as nossas ações se realizarem na
ausência de causa, mas na ausência de compulsão externa ou interna.
Esta teoria surge porque quando olhamos para
as teorias incompatibilistas e as analisamos ficamos num beco sem saída. Temos
de rejeitar o determinismo radical pois nega a responsabilidade moral mas temos
de negar o libertismo pois, se ele for real, não teríamos justificação para
considerar as pessoas moralmente responsáveis pelas suas ações (já que se as
pessoas são livres na ausência de causa estas não podem dizer o motivo porque
fizeram uma ação - já que não existe).
Sendo tudo determinado no Universo (incluindo
os nossos desejos, crenças, valores e personalidade) como podemos ser nós
criaturas livres? A resposta reside no conceito de liberdade que estes teóricos
defendem (já referido), sendo que estes afirmam que a nossa ação pode ser livre
mesmo determinada, mas isto só acontece se esta estiver de acordo com a nossa
personalidade.
Mas esta teoria não é irrefutável. E um dos
principais problemas desta teoria é que "o critério de liberdade precisa
de ser aprimorado" e que estando de acordo com tantos argumentos do determinismo
radical (incluindo o da inevitabilidade - o que aconteceu teve de acontecer e
não poderia ter acontecido de outro modo) como é que o ser humano pode ter livre-arbítrio?
Na minha opinião, a pergunta que devemos de
fazer não é "Somos livres?" mas antes "Quão condicionada se
encontra a nossa ação?" e que a própria definição de liberdade faz com que
uma teoria possa ser mais ou menos fiável.»
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