É este o título de uma artigo de Helena Ferro Gouveia, saído no Jornal "Público" de 12 de setembro de 2004, assinalando os 200 anos decorridos sobre a sua morte.
Immanuel Kant (22 de abril, 1724 - 12 de setembro, 1804) |
Transcrevemos excertos do artigo acima referido que pode ser consultado aqui: https://www.publico.pt/2004/02/12/culturaipsilon/noticia/immanuel-kant-o-filosofo-dos-direitos-humanos-1185935
Kant viveu numa época conturbada, marcada por grandes mutações sociais, políticas e religiosas. A "orientação teológica" da Filosofia é posta em causa - Deus vai sendo progressivamente substituído pela ciência, tendência contra a qual Kant vigorosamente lutará - e a soberania intelectual do homem passa, com o Iluminismo, a repousar na ciência, que adquiriu, depois de Isaac Newton, um estatuto de dignidade e credibilidade recusado a outras formas de pensamento.
Na perspectiva política, o fenómeno mais relevante é a configuração do Estado moderno e de novas formas de organização do poder. Os escritos políticos de Kant datam já da maturidade e são fortemente influenciados por dois acontecimentos históricos da altura: a Revolução Francesa (1789) e a Revolução Americana (1776).
Não é em vão que foi classificado por Heine, Marx e Engels como o filósofo da Revolução Francesa. Há de facto alguma analogia entre ambas as revoluções e o pensamento kantiano: a emancipação do homem face à autoridade e a afirmação da liberdade. De tal forma que o eco de Kant é tão importante na França como na Alemanha.
Para o investigador francês Etienne François, "se Kant é considerado na França como uma referência incontornável, na Alemanha é visto como uma etapa da pensamento filosófico" uma vez que não existem entre os filósofos que verdadeiramente são significativos nenhum que se tenha subtraído a um posicionamento relativamente a Kant.
O próprio artigo primeiro da Lei Fundamental alemã - "A dignidade do homem é intocável" - é, ainda de acordo com Etienne François, claramente de inspiração kantiana. O pensamento kantiano surge como um elemento fundador no processo de construção europeia que coloca a dignidade humana, a reflexão e a ética no cerne dos seus objectivos. O projecto de Tratado Constitucional europeu reivindica também no seu preâmbulo o legado do Iluminismo."
Kant foi um importante filósofo francês, cujo no dia deste blog marcou 200 anos desde a sua morte.
ResponderEliminarEste revolucionou a filosofia e a forma de pensar de todas as pessoas, inovando a filosofia moral com a sua ética consequêncialista e o princípio da maior felicidade para o maior número. Kant era considerado na França como uma referência incontornável e na Alemanha foi visto como uma etapa de pensamento filosófico, já que não existem filósofos que se tenham subtraído a um pensamento de Kant.
A ética consequêncialista serviu de base para novas éticas que surgiram mais tarde, Kant foi uma das maiores referências para a filosofia e nunca será esquecido.
Escrito por: Fábio Ribeiro n°10 e Miguel Duarte n°19 10°B
Relativamente ao comentário anterior, cometemos um erro na ética de Kant, não é a etica consequêncialista mas sim a ética deontológica com a máxima da lei moral.
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