domingo, 18 de janeiro de 2015

Exame Nacional de Filosofia 2015 - Informação Exame IAVE

Informação-Exame Nacional de Filosofia 2015

O IAVE publicou as Informações-Exame de Filosofia.
Podem ser consultadas no site do IAVE, neste endereço:   http://provas.iave.pt/np4/%7B$clientServletPath%7D/?newsId=4&fileName=IE_EX_Fil714_2015.pdf

De qualquer modo, transcrevi para aqui as informações relativas a competências e conteúdos:

 «O presente documento divulga informação relativa à prova de exame final nacional do ensino
secundário da disciplina de Filosofia, a realizar em 2015, nomeadamente:
• Objeto de avaliação
• Caracterização da prova
• Critérios gerais de classificação
• Material
• Duração
No arquivo Exames e Provas podem ser consultados itens e critérios de classificação de provas desta disciplina.
Objeto de avaliação
A prova tem por referência o Programa de Filosofia e as Orientações para efeitos de avaliação sumativa externa das aprendizagens na disciplina de Filosofia e permite avaliar a aprendizagem passível de avaliação numa prova escrita de duração limitada, nomeadamente as capacidades que a seguir se enunciam.
Análise e interpretação
– Identificar problemas filosóficos.
– Identificar conceitos filosóficos.
– Identificar teses filosóficas.
– Relacionar conceitos e teses presentes em textos filosóficos.
– Comparar teorias filosóficas.
– Identificar a estrutura argumentativa de um texto.
– Integrar um texto num contexto argumentativo e filosófico.
– Reconhecer diferentes tipos de argumentos.
– Enunciar premissas explícitas e implícitas de um argumento.
– Reconstituir os argumentos apresentados num texto.
Problematização e conceptualização
– Formular problemas filosóficos.
– Relacionar problemas filosóficos.
– Justificar a relevância de um problema filosófico.
– Utilizar conceitos de forma adequada.
– Esclarecer um conceito mediante a sua definição, exemplificação ou contextualização.
– Explicar relações entre conceitos.
Argumentação e crítica
– Defender teses, apresentando razões, argumentos ouou exemplos adequados.
– Determinar as implicações filosóficas de uma tese ou teoria.
– Determinar as implicações práticas de uma tese ou teoria.
– Avaliar criticamente teses, teorias e argumentos, apresentando objeções ou contraexemplos.
– Confrontar perspetivas filosóficas, considerando os seus pontos fortes e os seus pontos fracos.
A prova integra itens que permitem avaliar a aprendizagem relativa aos módulos II, III e IV do programa, com as especificações introduzidas pelas orientações e em conformidade com o nível de aprofundamento abaixo explicitado.
Módulo II — A ação humana e os valores
Unidade 1. A ação humana — análise e compreensão do agir
1.1. A rede conceptual da ação
– a distinção entre ação e acontecimento;
– a distinção entre voluntário e involuntário;
– a articulação entre deliberação e decisão racional.
1.2. Determinismo e liberdade na ação humana
– discussão das posições fundamentais de resposta ao problema da relação entre determinismo e livre-arbítrio: o determinismo radical, o determinismo moderado e o libertismo.
Unidade 2. Os valores — análise e compreensão da experiência valorativa
2.1. Valores e valoração — a questão dos critérios valorativos
– a distinção entre juízo de facto e juízo de valor;
– discussão das perspetivas seguintes: a subjetividade, a relatividade e a objetividade dos
juízos de valor.
Unidade 3. Dimensões da ação humana e dos valores
3.1. A dimensão ético-política — análise e compreensão da experiência convivencial
3.1.3. A necessidade de fundamentação da moral — análise comparativa de duas perspetivas
filosóficas
– a ética deontológica de Kant — o dever e a lei moral; a boa vontade; máxima, imperativo hipotético e imperativo categórico; heteronomia e autonomia da vontade; agir em conformidade com o dever e agir por dever; críticas à ética de Kant;
– a ética utilitarista de Mill — intenção e consequências; o princípio da utilidade; a felicidade; prazeres inferiores e prazeres superiores; a ausência de regras morais absolutas; críticas à ética de Mill.
3.1.4. Ética, direito e política — liberdade e justiça social; igualdade e diferenças; justiça e equidade
– a articulação entre ética e direito;
– o problema da relação entre liberdade política e justiça social:
• a teoria da justiça de Rawls — a posição original e o véu de ignorância; a justiça como equidade; os princípios da justiça; a regra maximin; o contratualismo e a rejeição do utilitarismo;
• as críticas à teoria de Rawls.
Opção por 3.2. ou por 3.3.
3.2. A dimensão estética — análise e compreensão da experiência estética
3.2.1. A experiência e os juízos estéticos
– discussão do carácter subjetivo ou objetivo dos juízos estéticos.
3.2.2. A criação artística e a obra de arte
– o problema da definição de arte;
– discussão das teorias da imitação, expressivista e formalista.
3.3. A dimensão religiosa — análise e compreensão da experiência religiosa
3.3.1. A religião e o sentido da existência — a experiência da finitude e a abertura à transcendência
– a resposta religiosa à questão do sentido da existência;
– perspetivas não religiosas sobre o sentido da existência.
3.3.3. Religião, razão e fé — tarefas e desafios da tolerância
– uma das provas da existência de Deus;
– uma das críticas à perspetiva religiosa.
Módulo III — Racionalidade argumentativa e Filosofia
Unidade 1. Argumentação e lógica formal
1.1. Distinção validade — verdade
– a lógica como estudo da validade dos argumentos;
– noções de proposição, argumento, premissa, conclusão, argumento válido e argumento sólido.
Opção pelo Percurso A ou pelo Percurso B
PERCURSO A — Lógica Aristotélica
1.2. Formas de inferência válida
– caracterização da linguagem da lógica silogística com as suas quatro formas;
– definição e estrutura do silogismo categórico —termos maior, menor e médio e premissas
maior e menor;
– classificação dos silogismos categóricos em figuras e modos;
– distribuição dos termos nas proposições categóricas;
– regras de validade do silogismo categórico.
1.3. Principais falácias
– falácias formais: falácia do termo não distribuído, ilícita maior e ilícita menor.
PERCURSO B — Lógica Proposicional
1.2. Formas de inferência válida
– caracterização da linguagem da lógica proposicional com as cinco conectivas: «não», «e»,
«ou», «se... então», «se e somente se»;
– formalização de frases e de argumentos; prática de interpretação de fórmulas;
– funções de verdade e uso de tabelas de verdade para testar a validade de argumentos;
– formas de inferência válida: modus ponens, modus tollens, contraposição, silogismo disjuntivo, silogismo hipotético e leis de De Morgan.
1.3. Principais falácias
– falácias formais: afirmação da consequente e negação da antecedente.
Unidade 2. Argumentação e retórica
2.1. O domínio do discurso argumentativo — a procura de adesão do auditório
– a distinção entre demonstração e argumentação;
– a relação necessária ao auditório no discurso argumentativo.
2.2. O discurso argumentativo — principais tipos de argumentos e de falácias informais
– critérios para avaliar argumentos indutivos, por analogia e de autoridade;
– falácias informais: petição de princípio, falso dilema, apelo à ignorância, ad hominem,
derrapagem (ou bola de neve) e boneco de palha (ou espantalho).
Unidade 3. Argumentação e Filosofia
3.1. Filosofia, retórica e democracia
– a retórica no contexto da democracia ateniense: o confronto entre a perspetiva dos sofistas
e a de Platão.
3.2. Persuasão e manipulação ou os dois usos da retórica
– a crítica filosófica aos usos da retórica.
3.3. Argumentação, verdade e ser
– a argumentação filosófica e o seu vínculo à procura da verdade.
Módulo IV — O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica
Unidade 1. Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
1.1. Estrutura do ato de conhecer
– o conhecimento como relação entre um sujeito e um objeto;
– discussão da definição tradicional de conhecimento como crença verdadeira justificada.
1.2. Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento
– a distinção entre conhecimento a priori e conhecimento a posteriori;
– o racionalismo de Descartes — a dúvida metódica; o cogito; a clareza e a distinção das ideias como critério de verdade; o papel da existência de Deus; críticas a Descartes;
– o empirismo de Hume — impressões e ideias; questões de facto e relações de ideias; a relaçãocausa-efeito; conjunção constante, conexão necessária e hábito; o problema da indução;
- críticas a Hume.
Unidade 2. Estatuto do conhecimento científico
2.1. Conhecimento vulgar e conhecimento científico
– a relação entre o senso comum e a ciência — discussão do valor do senso comum e da ciência como formas de conhecimento.
2.2. Ciência e construção — validade e verificabilidade das hipóteses
– as conceções indutivista e falsificacionista do método científico:
• o indutivismo clássico — o papel da observação e da experimentação; verificação e
verificabilidade; a confirmação de teorias;
• o falsificacionismo de Popper — posição perante o problema da indução; falsificação e
falsificabilidade; conjeturas e refutações; a corroboração de teorias.
2.3. A racionalidade científica e a questão da objetividade
– as perspetivas de Popper e de Kuhn sobre a evolução e a objetividade do conhecimento
científico:
• a perspetiva de Popper — eliminação do erro e seleção das teorias mais aptas; progresso do
conhecimento e aproximação à verdade; críticas a Popper;
• a perspetiva de Kuhn — ciência normal e ciência extraordinária; revolução científica; a
tese da incomensurabilidade dos paradigmas; a escolha de teorias; críticas a Kuhn.
Os conteúdos e as capacidades relativos ao módulo inicial do programa, nomeadamente à subunidade «A dimensão discursiva do trabalho filosófico», embora não incluídos nas orientações, poderão, dada a sua natureza transversal, ser mobilizados em articulação com os que são relativos aos módulos sujeitos a avaliação externa.
Caracterização da prova
A prova tem duas versões.
Os itens podem ter como suporte um ou mais documentos. A sequência dos itens pode não corresponder à sequência dos módulos e das unidades letivas do programa e das orientações ou à sequência dos seus conteúdos.
Os itens podem envolver a mobilização de conteúdos relativos a mais do que um dos módulos ou das unidades letivas do programa e das orientações.
Se a prova incluir itens que incidam em conteúdos apresentados em alternativa no programa e nas orientações, serão propostos os percursos necessários para garantir a equidade. Nesse caso, deverá selecionar-se apenas um dos percursos apresentados.
No caso da Unidade 3 do Módulo II, serão apresentados o PERCURSO A — A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA e o PERCURSO B — A EXPERIÊNCIA RELIGIOSA.
No caso da subunidade 1.2. do Módulo III, serão apresentados o PERCURSO A — LÓGICA ARISTOTÉLICAe o PERCURSO B — LÓGICA PROPOSICIONAL.
A prova é cotada para 200 pontos.»

Para uma disciplina com três tempos de 50' ou dois de 90' por semana, não está nada mal!!!

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