terça-feira, 14 de abril de 2015

Síndrome de Savant

Síndrome de Savant é um mistério que fascina e intriga a ciência!

O Globo lembra que o americano Kim Peek sabe de cor mais de 7500 livros aos 55 anos

2006-04-11
kim Peek
kim Peek
Os portadores de Síndrome de Savant são um mistério que fascina e intriga a ciência. Donos de uma memória extraordinária – são capazes de decorar livros inteiros depois de uma única leitura ou tocar uma música com perfeição após a primeira audição –, eles possuem ao mesmo tempo sérios défices de desenvolvimento, como uma grande dificuldade para falar e se relacionar socialmente. É assim que começa um texto da edição on-line do jornal O Globo, de quem Ciência Hoje recebeu autorização expressa para citar e reproduzir parcialmente.
Ainda segundo O Globo, a síndrome costuma aparecer em dez por cento dos autistas e também dois por cento das pessoas que sofrem algum tipo de dano no cérebro, provocado por acidente ou doenças. O mais famoso savant do mundo, o americano Kim Peek, que inspirou o director Barry Levinson a fazer o filme Rain Man, aprendeu a ler aos 2 anos e hoje, aos 55, sabe de cor mais de 7.500 livros.



«Rain Man»: a história de Kim Peek
«Rain Man»: a história de Kim Peek

«Eles desenvolvem habilidades excepcionais numa determinada área, mas mal conseguem comunicar-se e relacionar-se com as outras pessoas. Costumamos dizer que são como ilhas de excelência num mar de deficiências», conta a O Globo o psiquiatra Estêvão Valdaz, coordenador do Projecto Autismo do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


Quem primeiro descreveu o savantismo foi o médico Langdon Down – que ficou famoso por ter identificado a síndrome de Down (vulgo mongolismo). Em 1887, Down apresentou à sociedade médica de Londres a história de dez pacientes que ele chamou, na época, de "idiots savants" ou sábios idiotas. De lá para cá, pouco se avançou no sentido de se descobrir as causas que levam essas pessoas a terem uma memória extraordinária. Muitos cientistas acreditam que a síndrome está relacionada a algum tipo de dano no hemisfério esquerdo do cérebro que forçaria o lado direito a compensar essa falha. Isto porque as habilidades desenvolvidas pelos portadores da síndrome, normalmente nas áreas de música, pintura, desenho e cálculo são todas relacionadas com esse hemisfério. Já as funções ligadas ao lado esquerdo, como a linguagem e a fala tendem a ser pouco desenvolvidas.


O uso de aparelhos que permitem «scanear» o cérebro, como a tomografia e a ressonância magnética, vem reforçando ainda mais essa teoria. O jornal O Globo refere ainda um estudo coordenado pelo americano Bruce Miller, da Universidade da Califórnia: mostrou que idosos que desenvolveram uma espectacular habilidade para a pintura depois de passarem a sofrer da doença de Alzheimer estavam com o lado esquerdo do cérebro danificado.


O psiquiatra Estêvão Valdaz conta ainda àquele jornal brasileiro que no hospital das clínicas onde trabalha, dos 1.500 pacientes autistas cerca de 150 são portadores da síndrome. A maioria tem uma incrível habilidade com os números, muitos fazem contas complicadíssimas em décimos de segundos – tão rápidos quanto uma máquina. Também são expert em calendários, conseguem calcular rapidamente, por exemplo, em que dia da semana vai cair uma determinada data, mesmo que seja um dia qualquer do próximo século.


«Apesar de possuíram uma memória espectacular, essas pessoas não sabem o que fazer com tudo aquilo o que aprendem. Não sabem como aplicar esse conhecimento na sua vida quotidiana. São, na verdade, grandes decorebas», avalia o psiquiatra nas suas declarações a O Globo.


A Síndrome de Savant, que é quatro vezes mais frequente entre os homens, pode ser congénita ou adquirida após algum tipo de dano cerebral. Não é uma doença de diagnóstico fácil. Principalmente, quando surge em consequência do autismo, que costuma se manifestar na infância. Estêvão Valdaz diz que a maioria dos pais costuma ficar tão maravilhada com as habilidades do filho que custa a crer que na verdade a criança tenha algum problema.

Retirado de http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=2880&op=all

3 comentários:

  1. O Síndrome de Savant caracteriza-se pela fantástica capacidade que os portadores deste síndrome demonstram em memorizar, seja o que for. Apesar desta hábil capacidade, o Savantismo apresenta diversas fragilidades, como por exemplo, o característico défice de inteligência. Assim sendo, os indivíduos que possuam esta característica apresentam dificuldade de compreensão da informação apreendida. Este distúrbio apresenta-se então como sendo uma dádiva, mas também como uma prejudicial característica à saúde mental do ser humano.
    T.M. 12ºG

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  2. A síndrome de Savant é fascinante, caracterizada por habilidades extraordinárias em áreas específicas, contrastando frequentemente com déficits em outras áreas. Embora ainda não totalmente compreendida, destaca a complexidade do cérebro humano e a diversidade de suas manifestações.

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  3. Achamos interessante perceber como as pessoas que sofrem desta síndrome, conseguem ter uma capacidade de memorização fora do que é considerado expectável! Por outro lado têm défices de desenvolvimento, como a dificuldade que têm para comunicar e se relacionar socialmente. Isto ajudou-nos a compreender melhor os conteúdos lecionados em aula, como os conceitos de Área de Broca e Área de Wernick.
    Neste caso, concluímos que a Área de Broca era a afetada com esta doença, já que estes indivíduos compreendem perfeitamente aquilo que está escrito.
    Estas pessoas desenvolvem habilidades excecionais numa determinada área, mas mal conseguem comunicar-se e relacionar-se com outras pessoas. Achamos interessante e peculiar a observação feita “ São como ilhas de excelência num mar de deficiência” .
    Muitos cientistas acreditam que que esta síndrome está relacionada com algum dano no hemisfério esquerdo, o que forçaria o hemisfério direito a compensar essa falha. Isto está muito interligado com a função de suplência característica do cérebro, na tentativa de amenizar os danos causados!
    No geral o artigo ajudou-nos a compreender na prática os conceitos adquiridos em aula.
    Carolina e Laura 12 E

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