Começamos com Eduardo Lourenço e o 3º Encontro Presente no Futuro: à procura da Liberdade, promovido pela Fundação Francisco Manuel do Santos e que se realizou a 3 e 4 de outubro de 2014, no Centro Cultural de Belém,
Cartaz retirado de http://www.presentenofuturo.pt/liberdade/downloads/programa.pdf |
Este encontro reuniu cerca meia centena de oradores, portugueses e estrangeiros, dos quais destacamos Eduardo Lourenço e José Gil, filósofos portugueses, e Gilles Lipovetski, filósofo francês.
Eduardo Lourenço (n.1923) tem uma vasta obra publicada e os seus estudos sobre a cultura portuguesa são uma referência. Salientamos uma das suas obras de maior projeção, O Labirinto da Saudade - Psicanálise Mítica do Destino Português (1978).
José Gil (n.1939) tem igualmente uma vasta obra que vai desde estudos filosóficos sobre Estética, de carácter mais técnico e especializado, a ensaios mais facilmente acessíveis a um público mais vasto. Em 2005 foi reconhecido como um dos 25 pensadores mais importantes da atualidade pela revista francesa Le Nouvel Observateur. Salientamos uma das obras que mais parece ter contribuído para o conhecimento de José Gil por parte do grande público, Portugal Hoje - o Medo de Existir (2004).
A José Gil voltaremos neste blogue. E também a Gilles Lipovetski.
Retomando o 3º Encontro Presente no Futuro: à procura da Liberdade, publicamos o video, retirado do youtube, que regista a participação de Eduardo Lourenço. Carlos Vaz Marques conversa com o filósofo de forma descontraída. A conversa flui e Eduardo Lourenço surpreende e cativa pela vitalidade, naturalidade e humor. Fala-se de liberdade, viaja-se pelo seu e nosso passado, pela nossa História, mas também se fala de presente e de futuro, do futuro acerca do qual diz Eduardo Lourenço ( e com esta ideia finaliza): «a única coisa que é certa é que ele é mais imprevisível ainda do que o que podemos imaginar neste momento» . E ainda bem, acrescentamos nós!!!
Para quem não tem disponibilidade para ouvir tudo, sugiro que não perca a reflexão sobre a liberdade, logo no início, definida esta como «a forma natural de respirarmos aquilo que somos», a resposta à pergunta relativa ao «domínio da máquina sobre o homem (sensivelmente aos 49'), a referência à televisão (a partir dos 50') e a deliciosa expressão dos «teólogos a discutir futebol» (52' 40'' ), a referência ao ensino e à escola, esse lugar «onde se aprende a discutir, a aceitar a opinião divergente, a combater com argumentos, por exemplo, em vez de ser com insultos»(1' 4'').
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