segunda-feira, 28 de maio de 2018

A EXPERIÊNCIA DA PRISÃO DE STANFORD



UMA SIMULAÇÃO DA PSICOLOGIA DO APRISIONAMENTO



O QUE ACONTECE QUANDO SE COLOCAM “BOAS” PESSOAS NUM LUGAR “MAU”?
É A HUMANIDADE QUE TRUNFA SOBRE O MAL, OU O MAL QUE VENCE A HUMANIDADE?

A Experiência da Prisão de Stanford pretendeu responder as estas questões, através de uma chocante simulação da vida numa prisão realizada em 1971 na Universidade de Stanford.

No ano de 1971, comandados por Philip Zimbardo, um grupo de psicólogos executou uma das experiências mais marcantes no campo da Psicologia Social.

A criação de uma prisão em Stanford está na base da experiência referida; dividindo um grupo de estudantes voluntários nos papéis de guardas prisionais e reclusos (com características psicológicas semelhantes), a experiência pretende estudar os efeitos psicológicos da vida prisional em pessoas ditas normais.

Inicialmente, presumia-se uma duração de duas semanas, e, segundo as normas, qualquer participante, se assim o pretendesse, poderia desistir.

No entanto, este prazo inicial não foi, de todo, cumprido. Apesar das regras bem esclarecidas e do conhecimento total dos participantes (ao saberem que se tratava apenas de uma mera simulação para um estudo científico), a experimentação foi interrompida ao final do sexto dia…

Porquê?

Os participantes começaram a viver de tal forma o ambiente em que estavam inseridos e a entregar-se com uma enorme intensidade aos papéis que desempenhavam, que acabaram por confundir a simulação/representação com a realidade.

Certos “guardas” mostraram-se extremamente violentos nos atos que praticavam sobre os “reclusos”, abusando da autoridade atribuída à sua “personagem”, humilhando os “prisioneiros”, ignorando as normas implementadas inicialmente. De igual modo, os “reclusos” tornaram-se bastante submissos, obedecendo a todas as ordens, até mesmo às mais macabras.


"Dentro de cada um de nós há um conformista e um totalitário, e não é preciso muito mais do que o uniforme certo para que ele venha à tona".
- Philip Zimbardo


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Acerca desta experiência foi criado um filme em 2015 realizado por Kyle Patrick Alvarez.



Fontes:
Notícia organizada por:
Adriana Alves, n.º1 & Gonçalo Lopes, n.º 9 | 12.º B | Psicologia B | Ano Letivo: 2017/2018



8 comentários:

  1. Achei esta publicação bastante interessante, uma vez que demonstra os efeitos secundários que uma experiência pode ter no psicológico de uma pessoa. Neste caso os alunos que se fizeram passar por prisioneiros passaram a agir como se fossem realmente reclusos, tal como os alunos que se fizeram passar por guardas começaram a agir se forma violenta e por vezes macabra. Esta experiência acaba por mostrar até onde o psicológico de uma pessoa pode mudar uma pessoa sem sequer esta se aperceber. Uma experiência social incrivelmente perturbadora e que ensina bastante.
    Carla Pereira, 12ºI Nº4

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  2. Acho que o mais interessante nesta experiência não são os resultados em si, mas sim a razão por trás destes resultados. Mais especificamente, coloca-se a questão se os comportamentos verificados foram provocados pelo ambiente em que os sujeitos se inseriram, ou se por outro lado estes estavam já predispostos para estas tendências e o contexto se limitou a revelar o que já existia. Isto leva-nos a colocar questões quanto à natureza do ser humano. O que somos nós, por baixo da camada de civilização?
    Tiago Santos, 12°I

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  3. Achei esta experiência bastante interessante e fez me questionar algumas coisas como a liberdade pois esta experiência mostra-nos que a natureza humana não está totalmente sujeita ao livre arbítrio, como gostamos de pensar, mas que a maioria de nós pode ser influenciada a comportar-se de maneira totalmente inesperada em relação ao que acreditamos que somos. Esta experiência fez me concluir que a sociedade não é capaz de corromper qualquer pessoa e torná-la má, muitas pessoas continuam boas, mesmo nas condições mais sinistras.
    Joana Milho nº11 12I

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  4. A experiência consistia em colocar pessoas "boas" em um ambiente presional, ambiente mais repressivo, para estudar os efeitos psicológicosque esta experiencia iria causar.
    Dividiram  um grupo de adolescentes em dois, atribuindo a um grupo o papel de guarda e ao outro grupo de reclusos.O prazo para a experiência nao foi concluido pois as pessoas embora soubessem que era uma simulação para um estudo, comecaram a viver intensamente aquela experiência,  os guardas tornaram se excessivamente agressicos mais do que lhes era exigido, sofreram com a influência social mais precisamente a obediência( mudanca de comportamento em resposta a ordens e instruções de alguém reconhecido com autoridade), quem obedece geralmente não  se considera responsável pelos seus atos, por isso talvez os guardas comecaram a ser mais agressivos sem pensar nos reclusos. Já os reclusos parece que se conformaram àquela situacao e obedeceram a todas as ordens dos guardas, devido à presenca fisica da autoridade,  e por vez interiorizamos que a obediência a figuras que representam a autoridade  tem consequencias posivas, neste caso seria nao serem castigados pelos guardas. Em conclusão mesmo os estudantes saberem que era uma experiencia, eles se conformaram, obedeceram como se fosse real. Ao seja dentro de nós há conformismo e totalitario.

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  5. Acredito que todos nós já nascemos com o conformismo intacto dentro de nós, primeiramente o conceito de conformismo é a mudança de atitude perante as normas do grupo, ou as expectativas e, muitas vezes somos influenciados por uma série de
    fatores , sendo eles por exemplo, a baixa auto-estima ou até mesmo a falta de confiança, onde muitas vezes as pessoas
    mudam a sua aparência só para se sentirem inseridas em determinado grupo, outro fator è o isolamento ande a pessoa isola se de si mesmo , como último fator temos a importância visual que os outros
    dão a cerca de nós. Nos dias de hoje o conformismo está muito presente, através
    da sociedade imposta onde se não
    formos de determinado aspeto, com determinadas características somos julgados e isolados. Esta experiência serviu pora reforçar como o conformismo funciana, no sentido em que tira de nós a nossa essência e passamos a interagir como os outros.
    CM 12H

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. A experiência consistia em colocar pessoas "boas" em um ambiente presional, ambiente mais repressivo, para estudar os efeitos psicológicosque esta experiencia iria causar.
    Dividiram  um grupo de adolescentes em dois, atribuindo a um grupo o papel de guarda e ao outro grupo de reclusos.O prazo para a experiência nao foi concluido pois as pessoas embora soubessem que era uma simulação para um estudo, comecaram a viver intensamente aquela experiência,  os guardas tornaram se excessivamente agressicos mais do que lhes era exigido, sofreram com a influência social mais precisamente a obediência( mudanca de comportamento em resposta a ordens e instruções de alguém reconhecido com autoridade), quem obedece geralmente não  se considera responsável pelos seus atos, por isso talvez os guardas comecaram a ser mais agressivos sem pensar nos reclusos. Já os reclusos parece que se conformaram àquela situacao e obedeceram a todas as ordens dos guardas, devido à presenca fisica da autoridade,  e por vez interiorizamos que a obediência a figuras que representam a autoridade  tem consequencias posivas, neste caso seria nao serem castigados pelos guardas. Em conclusão mesmo os estudantes saberem que era uma experiencia, eles se conformaram, obedeceram como se fosse real. Ao seja dentro de nós há conformismo e totalitario.
    FR 12h

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  8. Esta experiência, relembrando que foram usadas para a mesma estudantes, que nada tinham a ver com reclusos e que eram mentalmente estáveis e saudáveis, demonstra que apenas o facto de estarem num espaço que está ligado a comportamentos negativos (prisão) pode levar a comportamentos que em mais nenhuma circunstância estes estudantes iriam ter. Achei interessante o facto das pessoas que estavam na experiência incorporarem tanto o papel pois foi isso mesmo que levou ao agravamento e ao fim precoce da experiência. Estes estudantes muito provavelmente nem sequer alguma vez tinham aplicado violência ou não tinham intenções disso, o que me leva a questionar se a frase de Philip, autor da experiência, se pode aplicar a todos os seres humanos. "Dentro de cada um de nós há um conformista e um totalitário, e não é preciso muito mais do que o uniforme certo para que ele venha à tona". Será que todos temos um lado mau e que apenas não o descobrimos porque não fomos colocados em circunstâncias que o demonstrassem? Não existe uma resposta certa para isto, mas a realidade é que os investigadores da experiência afirmaram que um terço dos guardas apresentaram mesmo experiências sádicas genuínas, ao ponto de ficarem tristes com a notícia do fim do experimento. Muitos dos comportamentos podem ter sido causados pelo processo de desindividualização, pois ao estarem em grupo, os guardas perderam a noção ética que possuíam e não se sentiam responsáveis pelo cometido, mas em qualquer das maneiras, na minha opinião é uma experiência devíamos ter muita atenção e talvez tentar reproduzi-la de novo nos dias de hoje.
    Rodrigo 12ºI

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