Já vai na 4ª edição o Festival de Filosofia de Abrantes, cuja abertura coincide com o Dia Mundial da Filosofia, celebração instituída pela UNESCO.
O tema central é bem atual e de especial pertinência. Após o encerramento de salas de espetáculo e da ausência de qualquer tipo de manifestações culturais, todos nos demos conta de como a arte integra a vivência das comunidades humanas. É ela que as ilumina, que gera sentimentos de pertença, que contribui para o equilíbrio de todos os que habitam num espaço comum. E não, não nos damos conta. De tudo o que é natural ou integrado no nosso quotidiano habitual só nos damos conta quando existe uma rutura. E sim, esta foi inesperada e brutal.
Demos, então, voz aos artistas e reflitamos em conjunto sobre o modo como queremos viver (n)o nosso lugar...
Cidades e mundo enfrentam os mesmos problemas e todos somos parte na sua resolução: ambiente e sustentabilidade, desemprego, mobilidade, habitação, migrações, confronto de culturas… porque no essencial todos somos urbanos e estamos todos ligados, local e global, indivíduo e humanidade.
| Arte e urbanismo devem ser os elementos críticos e criativos geradores dessas interações e recriação de vínculos. Intervenções artísticas e urbanísticas serão parte de projetos e processos de reestruturação e desenvolvimento, identificando linhas de força e mobilizando intervenções transformadoras. Nas suas contradições a arte é sempre crítica e sistema, criação e destruição, valor e mercadoria, exclusividade e massificação, utopia e alienação. As fragilidades da arte são também a sua força, ajudando-nos a compreender as nossas contradições e a facilidade com que tudo o que é inovador é rapidamente ultrapassado. Ao produzir a representação estética da cidade, o artista proporciona-lhe, no confronto com a realidade, a reflexão sobre o seu éthos, isto é, um sistema de valores, ideias e crenças. Ou seja, um sentido crítico que corporiza o valor social da arte. O maior valor da arte é a luta pela liberdade. Aos artistas cabe continuarem a criar, gerando as suas criações na tensão dialética entre a sua realidade e o contexto social. |
Cidades e mundo enfrentam os mesmos problemas e todos somos parte na sua resolução: ambiente e sustentabilidade, desemprego, mobilidade, habitação, migrações, confronto de culturas… porque no essencial todos somos urbanos e estamos todos ligados, local e global, indivíduo e humanidade.
| Arte e urbanismo devem ser os elementos críticos e criativos geradores dessas interações e recriação de vínculos. Intervenções artísticas e urbanísticas serão parte de projetos e processos de reestruturação e desenvolvimento, identificando linhas de força e mobilizando intervenções transformadoras. Nas suas contradições a arte é sempre crítica e sistema, criação e destruição, valor e mercadoria, exclusividade e massificação, utopia e alienação. As fragilidades da arte são também a sua força, ajudando-nos a compreender as nossas contradições e a facilidade com que tudo o que é inovador é rapidamente ultrapassado. Ao produzir a representação estética da cidade, o artista proporciona-lhe, no confronto com a realidade, a reflexão sobre o seu éthos, isto é, um sistema de valores, ideias e crenças. Ou seja, um sentido crítico que corporiza o valor social da arte. O maior valor da arte é a luta pela liberdade. Aos artistas cabe continuarem a criar, gerando as suas criações na tensão dialética entre a sua realidade e o contexto social. |
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