A aventura intelectual que a ciência e a filosofia representam teve início por volta do século VII a. C., na Grécia Antiga, num ambiente de relativo bem estar económico, paz e liberdade de pensamento. Hoje, tal como ontem, a ciência e a filosofia alimentam-se da liberdade e, ao mesmo tempo, preservam-na. Nenhum processo de investigação - científica, filosófica, política ou religiosa - pode dispensar o diálogo no qual as ideias se abrem ao confronto, à expressão pública, à exigência de clarificação e de avaliação do seu alcance e limites. Não é por acaso que todos os autoritarismos se dão mal com a liberdade de pensamento, seja qual for o seu lugar de origem.
É também na escola que aprendemos o valor
do pensamento e que desenvolvemos a capacidade de viver em conjunto. A escola
continua a ser esse lugar «onde se aprende a discutir, a aceitar a opinião
divergente, a combater com argumentos, por exemplo, em vez de ser com
insultos», nas palavras do filósofo Eduardo Lourenço (ver aqui publicação de 16
de abril de 2015, etiqueta Filósofos portugueses). É também sob
esta inspiração que temos vindo a celebrar, de há muito e sob diversos modos, o
Dia Mundial da Filosofia na nossa escola.
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