terça-feira, 9 de janeiro de 2018

“Pede-se sempre tudo e fica-se com o que os pais dão"? VII


Este post é da responsabilidade da V. J., que aceitou a minha proposta de passar a escrito a sua intervenção na última aula.

«Ao estudar a obra do Professor Daniel Sampaio deparei-me com algo que não está de acordo com o que acredito e penso sobre esta crucial fase da vida de um indivíduo à qual chamamos de adolescência.

Ao falar sobre o momento de decisão das horas a que o adolescente terá de chegar a casa com os pais (extrato presente na página 104 da obra), por exemplo, temos o testemunho de um jovem chamado Diogo que diz o seguinte: “Pede-se sempre tudo e fica-se com o que os pais dão. Assim temos a certeza de que temos tudo que é possível.”, este testemunho é, então, seguido pelo seguinte: “O jovem quer conseguir e atingir tudo; aos pais compete refrear; da negociação resulta a dose certa, o q. b. para a modificação necessária.”.

No entanto, tendo em conta um dos objetivos da adolescência, a autonomia e independência do jovem em relação aos pais ou tutores, a certo ponto seria ideal não “pedir sempre tudo”, numa dimensão irrealista, mas atingir a capacidade de compreensão do que é possível, ou seja, dos limites que condicionam o jovem.
O adolescente, ao entender o que é possível tendo em conta diversos fatores, poderá, então, dar uma sugestão do que considera aceitável para a posição em que se situa, e apenas depois os pais entravam e davam a sua palavra, dando espaço ao adolescente.

Deste modo, o adolescente poderia atingir aos poucos a autonomia, independência e de certo modo liberdade, mostrando-se capaz de sugerir algo razoável aos olhos dos pais ou tutores, não dependendo apenas do que estes oferecem.»

1 comentário:

  1. Através do comentário do Diogo retiramos a informação de que os jovens devem pedir tudo e ficar apenas com aquilo que lhes é oferecido.
    No entanto, segundo o Professor Daniel Sampaio, os adolescentes devem ter a consciência, e de certo modo maturidade, de pedir apenas aquilo que os pais estão dispostos a dar, tendo em conta as suas possibilidades. Deste modo, como referido na publicação, os jovens irão ter a capacidade de autonomia e de aceitação perante a situação em que se encontram.
    Ana Sofia Figueiredo, nº4
    Liliana Machado, nº18
    12ºI

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