Espaço Crítico
Dinamizado pelo Grupo Disciplinar de Filosofia da Escola Secundária de Madeira Torres, este blogue abre um espaço de comunicação e de partilha em torno do saber, da cultura e dos problemas do Mundo Contemporâneo. Promove uma perspetiva interdisciplinar do conhecimento e o desenvolvimento de uma cidadania ativa. Pretende dar voz, especialmente, aos alunos, mas encontra-se aberto à colaboração da Comunidade Escolar. E-Mail de contacto: espacocriticomt@gmail.com
sexta-feira, 9 de agosto de 2024
sexta-feira, 26 de julho de 2024
TUDO O QUE TEM COMEÇO TEM FIM
Tudo o que tem começo tem fim. Entre um e outro decorre ora mais ora menos tempo. Tudo tem o seu prazo. É da natureza de todas as coisas.
Este blogue iniciou-se a 21 de novembro de 2013, assinalando o Dia Mundial da Filosofia desse ano. Início auspicioso, pois durante quase 11 anos, sem interrupções, aqui foram publicadas notícias, eventos, textos diversos e, principalmente, textos produzidos por alunos.
Este blogue chegou ao fim com os seus atuais administradores, mas vai deixar um sucedâneo na blogosfera. Assim, este blogue tem continuidade em
Espaço Crítico na Escola
Endereço https://espacocriticomadeiratorres.blogspot.com
terça-feira, 28 de maio de 2024
A Importância das Relações Precoces
sexta-feira, 24 de maio de 2024
Redes Sociais e Saúde Mental
Imagem retirada daqui:O Impacto das Redes Sociais na Saúde Mental | Mobile Marketing (mmarketing.pt) |
O texto que se segue é da responsabilidade das alunas Margarida S. e Diana S., do 12ºano, Turma G, a partir de um trabalho realizado no âmbito da disciplina de Psicologia B.
As consequências das redes sociais na saúde mental
As redes sociais têm
transformado significativamente a maneira como interagimos, comunicamos e
compartilhamos informações desde os anos 2000. Plataformas como Facebook,
Twitter, Instagram e TikTok conectam milhões de pessoas, oferecendo
funcionalidades que variam desde a comunicação instantânea ao ativismo
político. A acessibilidade aumentou com o avanço da tecnologia móvel,
permitindo conexões em tempo real e em qualquer lugar.
No entanto, o uso das
redes sociais levanta questões importantes, como: privacidade, disseminação de
desinformação, polarização política e impactos na saúde mental. O vício nas
redes sociais e sua influência, especialmente entre os jovens, são preocupações
significativas. A notícia “O medo da opinião dos outros” da revista Super
Interessante nº 274 discute a síndrome FOPO (Fear of Other People's Opinion),
que se agravou devido às redes sociais. A comparação constante nas redes pode
levar à depressão e sentimentos destrutivos. Muitos utilizadores associam a
autoestima ao número de seguidores, gostos e comentários, resultando numa luta
interior para manter uma imagem online que os outros gostem.
Realizámos um
questionário a 106 pessoas sobre o impacto das redes sociais na saúde mental. A
maioria dos participantes tem entre 16 e 25 anos. A pesquisa revelou que a
maioria não sente dificuldades em reduzir o tempo nas redes sociais, mas uma
parcela significativa enfrenta essa dificuldade devido a razões como vício e
FOMO (Fear of Missing Out). O Instagram e o WhatsApp são as redes mais usadas.
A perceção geral é que as redes sociais têm um impacto negativo na saúde
mental, associado ao seu uso está a ansiedade, a depressão e sentimentos de
isolamento. A maioria nunca sofreu ansiedade devido às redes, mas reconhece que
estas podem contribuir para sentimentos de solidão e pressão social.
Estudos
sugerem que uma pausa nas redes sociais pode melhorar significativamente a
saúde mental. Como por exemplo: Basta
uma semana sem redes sociais para melhorar a saúde mental | Estudo | PÚBLICO
(publico.pt)
Apesar dos desafios, as redes sociais continuam a desempenhar um papel
fundamental na comunicação global e no compartilhamento de ideias, mas é
crucial usar essas plataformas de uma forma responsável para maximizar os
benefícios e minimizar os impactos negativos.
quarta-feira, 1 de maio de 2024
O 25 de abril na nossa escola - Na Biblioteca (BESMT)
Na Biblioteca da ESMT, o 25 de abril está assinalado com duas exposições.
Uma, distribuída por três painéis, logo à entrada, consiste num conjunto de Infografias (Fundação Francisco Manuel dos Santos, Pordata e RBE) sob o título "50 anos de Democracia".
Embora possamos considerar todo o poder tem um impulso censório ou que há formas subtis de exercer censura sobre as mentes, tal não deve ser confundido com a censura formal e institucionalizada do Estado Novo. A liberdade de expressão, em todas as suas formas, é um bem que o 25 de abril nos devolveu com a liberdade e a democracia. O resto é connosco!!
Publica-se aqui o flyer de divulgação.
O 25 de abril na nossa escola - no átrio, junto ao bar
O 25 de abril tem sido comemorado na nossa escola com diversas atividades, desde encontros, palestras a exposições diversas. Os alunos têm sido ativos colaborantes na celebração desta data, para que a memória não se perca!
No átrio da nossa escola, temos um conjunto de painéis com cartazes com fotos de época, com trabalhos realizados pelos alunos e, ainda, um registo de memórias de elementos da comunidade escolar que viveram os acontecimentos.
segunda-feira, 29 de abril de 2024
Olhar e VER (11)
Exposição "Parceiros"
O que os nossos alunos viram...
Escolhi esta obra devido à história que a mesma transmite, inspirada em uma fotografia que foi tirada durante o combate na guerra da Ucrânia (imagem televisiva).
A obra mostra um homem (Soldado Ucraniano) retratado em uma sala, o quadro possui tonalidades brancas, amarelas e vermelhas, nas paredes pode-se observar palavras escritas como “Mariupul” e “Azuvstal” fazendo referência ao local exato da foto original; podemos ainda ver manchas de diversas cores no chão da sala, a fazer referência aos destroços que a guerra causou; o soldado na pintura recebe o raio de luz de braços abertos demonstrando que ainda há esperança, no meio de tanta destruição.
Esta foi a minha interpretação da obra, e foi por isso que a escolhi, os detalhes, a fotografia original e o simbolismo que tal obra tem no atual cenário mundial é simplesmente incrível.
André L.
‘’À PAZ’’ é uma pintura de António Maria, concebida no ano de 2022. É uma pintura a acrílico sem tela, nas dimensões de 90 cm por 90 cm. Predominam as cores quentes, como tons vermelhos e amarelos, com um pequeno feixe azul claro a cobrir uma parte da tela. É possível observar uma figura humana a receber este feixe de clareza, no meio da confusão de vermelhos.
Esta obra chamou-me a atenção devido ao contraste de cores e ao que simboliza. A meu ver, esta obra representa a esperança na humanidade, por parte do autor. O ambiente é um ambiente vermelho e quente, ambiente parecido com o normalmente descrito no inferno. Este inferno é a representação dos pecados humanos, da maldade pura da humanidade. Mas, com esta obra, António Maria consegue criar um feixe de esperança nesta maldade, como se, mesmo que estejamos mal na vida, existisse sempre uma saída positiva, uma solução para a miséria, uma forma de voltar a reconstruir o nosso futuro com os erros do passado. A presença de uma figura humana a receber este feixe de luz representa exatamente essa esperança, na medida em que este ser não se prende na miséria, mas foca-se no feixe de luz azul-clara, no futuro melhor que há de vir.
Concluindo, esta obra, na minha opinião, possui um significado forte e uma apresentação e composição de cores capazes de representar isso mesmo.
Lourenço R.
Olhar e VER (10)
Exposição "Parceiros"
O que os nossos alunos viram...
Este quadro de António Maria compreende um pouco daquilo que é a vida selvagem, nele encontramos os grandes predadores e a sua presa. Estando centralizada esta zebra poderá ser o grande foco de todos os gnus que a rodeiam. Num momento crucial de caça os próprios mamíferos tentam satisfazer as suas necessidades numa savana árida.
Neste pintura está representada uma manada de búfalos e zebras que estariam em migração provavelmente em busca de alimento. É observável uma grande mancha roxa bastante escura que envolve maior parte do quadro e apenas as cabeças de dois animais numa cor natural.
Enquadrei-me bastante com esta pintura principalmente pela minha visão, numa possível ligação à instabilidade emocional e aos sentimentos negativos presentes na adolescência.
Senti-me como as faces dos animais a fugir de um sentimento mais negativo à procura de um lugar melhor.
Esta foi a minha visão neste belo quadro do pintor António Maria.
Martim R.
Da exposição “Parceiros” de António Maria, eu escolhi a obra “Zebra”, pois ela lembra-me que todos temos medos e arrependimentos que nos assombram.
Esta obra transmite sentimentos dolorosos, sentimentos dos quais nos queremos livrar, estes sentimentos podem surgir pela combinação dos tons de roxo com os tons alaranjados atrás das zebras.
Este quadro para mim simboliza a parte de nós próprios que não gostamos e da qual nos queremos livrar mas temos que viver com.
Raquel S.
Olhar e VER (9)
Exposição "Parceiros"
O que os nossos alunos viram...
Normalmente, os corvos estão associados a ideias negativas devido aos hábitos necrófagos que estes apresentam. Para a maioria das pessoas, os corvos simbolizam a escuridão, o azar, a solidão e até mesmo a morte, mas para mim, a simbologia é contrária.
Na minha perspetiva, os corvos simbolizam a sabedoria e a esperança em algo próximo. A ideia negativa que muitas vezes está atribuída aos corvos surge de crenças, religiões, mitos, lendas, etc. No caso da religião católica, os corvos (por se alimentarem de restos de cadáveres, necrófagos) são considerados mensageiros da morte e até mesmo associados ao Diabo.
Apesar de tudo, os corvos não deixam de ser aves que pertencem à família dos corvídeos, que exibem um elevado grau de inteligência.
Olhar e VER (8)
Exposição "Parceiros"
O que os nossos alunos viram...
Embora simples, descorado e um tanto quanto insosso, este retrato cativou-me, talvez por possuir um traço mais relaxado, destacando-se na exposição, ou talvez por representar esta figura icónica e engraçada que é a do tradicional e nostálgico alentejano.
Em suma, mesmo sendo uma obra singela, é precisamente este aspeto que me interessou.
Afonso M.