sexta-feira, 15 de abril de 2016

A palavra dos filósofos - o filósofo estóico EPITECTO

O que perturba os homens não são as coisas, mas os juízos que os homens formulam sobre as coisas. A morte, por exemplo, nada é de temível - e Sócrates, quando dele a morte se foi aproximando, de maneira nenhuma se apresentou a morte como algo de tremendamente terrível. Mas no juízo que fazemos da morte, considerando-a temível, é que reside o aspeto temível da morte. Quando somos hostilizados, contrariados, perturbados, atormentados e magoados, não devemos sacar as culpas a outrem, mas a nós próprios, isto é, aos nossos juízos pessoais e mais íntimos. Acusar os outros das suas infelicidades é mera ação de um ignorante; responsabilizar-se a si próprio por todas as contrariedades coisa é de um homem que começa a instruir-se; e não culpabilizar ninguém nem tão pouco a si próprio, então, sim, então é já feito de um homem perfeitamente instruído.

Epitecto, Manual de Epitecto, Lisboa, Ed. Vega, 1992, p.23

4 comentários:

  1. Esta publicação concentra-se na definição da morte e como esta é sempre um caso que assusta muitas pessoas, na nossa opinião esta não deveria ser alvo de tanta preocupação, pois esta é um assunto do quotidiano e eventualmente acabará por acontecer a todos. Então porquê teme-la quando se pode aproveitar a vida.
    G.T. R.P. 10ºA

    ResponderEliminar
  2. Esta publicação concentra-se na definição da morte, dado que esta é sempre uma situação que assusta muitas pessoas. Na nossa opinião a morte não deveria ser alvo de tanta preocupação, pois esta é um assunto do quotidiano e seguramente acabará por acontecer a todos. Então porquê temê-la quando se pode aproveitar a vida?
    G.T. R.P. 10ºA

    ResponderEliminar
  3. Após termos lido este pequeno excerto de Epitecto e refletido sobre o mesmo, chegámos à conclusão que não podíamos estar mais de acordo.
    Tendo em conta o exemplo da morte referido pelo autor como sendo algo muito temido pelo Homem, só o é, pois ele assim o faz ser, através dos seus juízos.
    Na realidade, devemos encarar a morte como um processo natural, ocorrendo em todo o ser, pois não existe vida sem morte ou morte sem vida.
    Concluindo, visto que é um processo natural e universal da vida, não deve ser algo dado como terrível, pois é inevitável. Para que haja uma evolução do ser, tem de haver morte.
    Maria e Patrícia,
    10ªA

    ResponderEliminar
  4. Concordamos em parte com os nossos colegas, uma vez que, também achamos que esta publicação centra-se numa definição que a população tem da palavra "morte", esta não tem de ser tão dramática como a julgam. O facto de pensarmos que a morte é uma coisa má só depende dos juízos que fazemos sobre esta pois se todos disséssemos que era uma coisa boa e a sua definição para toda a gente é que a morte é uma coisa boa, logo as pessoas iriam pensar que sim era boa e provavelmente até quereriam morrer.
    C.M & M.R. 10ºA

    ResponderEliminar