quarta-feira, 30 de junho de 2021

O que é o Altruísmo eficaz? Peter Singer e o utilitarismo (1)

 


Depois do nosso trabalho em aula sobre a teoria ética kantiana e a teoria utilitarista de Stuart Mill, o interesse pelas questões éticas na atualidade foi despertado na maioria dos alunos. Foi assim que a aluna M.F. do 10º ano, turma A, decidiu, e muito bem, ler esta obra de Peter Singer, tendo feito um trabalho sobre ela.

Esta publicação inicia um conjunto de publicações sob o mesmo título com excertos selecionados do seu trabalho.

Peter Singer e o utilitarismo

Peter Singer é um utilitarista, isto significa que, no seu entender, a única obrigação moral básica de cada um de nós é promover tanto quanto possível, e de uma forma estritamente imparcial, o bem-estar daqueles que serão afetados pelas nossas escolhas. Por outras palavras, o nosso dever fundamental consiste em fazer sempre aquilo que resulte nas melhores consequências – e as melhores consequências, por sua vez, correspondem sempre à situação em que há um maior bem-estar global. À luz do padrão utilitarista, um agente não deve dar mais importância ao seu próprio bem-estar (ou ao bem-estar daqueles que lhe são mais próximos) do que ao bem-estar de qualquer outro indivíduo que possa ser afetado, positiva ou negativamente, pela sua conduta.                                                               

Obedecer às regras habituais de não roubar, enganar, ferir e matar não é o suficiente. Ou, pelo menos, não é o suficiente para quem tem a enorme sorte de viver com conforto material; pode alimentar-se, tem uma habitação, consegue vestir-se a si próprio e à sua família e ainda tem dinheiro ou tempo de sobra. Viver uma vida ética minimamente aceitável envolve o uso de uma parte substancial dos nossos recursos adicionais para tornar o mundo um lugar melhor. Viver uma vida plenamente ética envolve fazer o maior bem que pudermos.

M.F. 10ºano, turma A


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