quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Atração e orientação sexual (5)

 Os textos que estamos a publicar enquadram-se no trabalho a ser realizado com os alunos do 12º ano no âmbito do Projeto de Educação Sexual de Turma (PEST). Transcrevemos em várias publicações excertos de artigos da responsabilidade da Ordem dos Psicólogos, disponíveis em https://escolasaudavelmente.pt/

"A adolescência é uma fase de grandes mudanças na nossa vida e não só nos nossos corpos, também nas nossas emoções e sentimentos. Durante a adolescência os nossos sentimentos sexuais aumentam e é normal perguntarmo-nos ou preocuparmo-nos sobre novos sentimentos sexuais.

Parte do processo de nos conhecermos e compreendermos melhor em quem nos estamos a tornar envolve conhecermos os nossos sentimentos sexuais e por quem nos sentimos atraídos.

O Que é a Orientação Sexual?

A orientação sexual é a atracão emocional, romântica ou sexual que uma pessoa sente relativamente a outra pessoa. Existem vários tipos de orientação sexual, por exemplo:

  • Heterossexual. As pessoas heterossexuais são romanticamente e fisicamente atraídas por pessoas do sexo oposto. Por exemplo, os homens são atraídos por mulheres e as mulheres sentem-se atraídas por homens.
  • Homossexual. As pessoas homossexuais são romanticamente e fisicamente atraídas por pessoas do mesmo sexo. Por exemplo, os homens são atraídos por homens e as mulheres sentem-se atraídas por mulheres.

  • Bisexual. As pessoas bissexuais são romanticamente e fisicamente atraídas por pessoas de ambos os sexos.

  • Assexual. As pessoas assexuais não estão interessadas em sexo com homens ou com mulheres. Mas não deixam de se sentir emocionalmente próximas de outras pessoas.
  • Durante a adolescência é normal termos pensamentos sexuais e atracões que nos deixam confusos. É comum podermos sentir-nos atraídos ou termos pensamentos sexuais sobre pessoas do mesmo sexo ou do sexo oposto. É uma forma de irmos descobrindo e pensando sobre os nossos sentimentos sexuais. Por isso, sentirmo-nos interessados por alguém do mesmo sexo não significa necessariamente que somos homossexuais. E da mesma forma sentirmo-nos interessados por alguém do sexo oposto também não significa necessariamente que somos heterossexuais.

    A orientação sexual também pode mudar. Por exemplo, podemos identificar-nos como heterossexuais numa determinada fase da nossa vida e como homossexuais numa outra fase. Ou podemos manter a mesma orientação sexual durante toda a vida.

    Não é possível saber qual é a orientação sexual de uma pessoa apenas por olhar para ela (para as suas

    características ou para a forma como se comporta). A única forma de o sabermos é se essa pessoa nos disser.

    As Pessoas Escolhem a sua Orientação Sexual?

     Porque é que algumas pessoas são homossexuais e outras heterossexuais? Não existe uma resposta simples a esta questão. Os especialistas consideram que a orientação sexual envolve uma mistura complexa de fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Os cientistas acreditam ainda que a genética e as hormonas desempenham um papel importante.

    Em termos gerais, a orientação sexual não parece ser algo que uma pessoa possa escolher voluntariamente. A orientação sexual é simplesmente uma parte natural de quem somos.

    Não há ninguém que nos possa dizer qual é a nossa orientação sexual, apenas nós mesmos a podemos descobrir. E também não precisamos de nos sentir pressionados para nos atribuir um “rótulo”, como tendo esta ou aquela orientação sexual. Algumas pessoas descobrem a sua orientação sexual muito cedo e outras demoram algum tempo a perceber o que os faz sentir confortáveis.

    O Que Significa LGBT?

    LGBT é uma sigla usada frequentemente para descrever a orientação sexual e significa “Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero”.

    Transgénero não é bem uma orientação sexual, mas sim uma identidade de género. Género é uma outra forma de dizer homem ou mulher. As pessoas transgénero podem ter o corpo correspondente a um dos géneros, mas sentirem que são do género oposto, como se tivessem nascido no corpo errado.

    Não há nada de errado em ser-se LGBT, mas nem toda a gente acha isso. Por isso os adolescentes LGBT podem sentir algumas dificuldades. O medo do preconceito, da rejeição ou do bullying pode levar a que alguns adolescentes mantenham em segredo a sua orientação sexual, até mesmo da família ou de amigos.

    Os adolescentes LGBT podem sentir-se diferentes dos seus amigos heterossexuais e terem menos facilidade em falar sobre os seus sentimentos sexuais, sobre namoro ou sexo. Podem sentir necessidade de fingir que sentem determinadas coisas para pertencer ao grupo ou mesmo de esconder uma parte importante de si próprios.

    Os adolescentes que sentem necessidade de esconder quem são ou que temem a discriminação ou a violência têm um risco maior de ter problemas como a ansiedade ou a depressão. Nesses casos, é importante pedir ajuda e falar com alguém.

     

    Porque é Importante Falar sobre a Orientação Sexual?

    Seja qual for a nossa orientação sexual, aprender sobre relacionamentos e sexo pode ser difícil. Pode ajudar muito falar com alguém em quem confiemos (um dos nossos pais, um irmão, um amigo, um professor ou um Psicólogo, por exemplo) sobre os sentimentos confusos que vamos sentindo conforme vamos crescendo e descobrindo os nossos sentimentos sexuais. Falar com alguém também nos pode ajudar a encontrar formas de lidar com a pressão, o assédio ou o bullying."

    Artigo disponível em: https://escolasaudavelmente.pt/alunos/adolescentes/amor/atracao-e-orientacao-sexual (consultado nesta data).


1 comentário:

  1. De forma geral, concordamos com o conteúdo exposto neste artigo, todavia, existem alguns reparos que devem ser mencionados.
    Primeiramente, aconselhamos que haja uma maior investigação/pesquisa no que diz respeito aos termos utilizados, nomeadamente com o uso dos conceitos "sexo" ,"gênero" , e "Transgênero".
    Seria também importante que existisse uma explicação mais alargada daquilo que é pertencer à comunidade LGBTQIA+, uma vez que mesmo pessoas que seriam tecnicamente abrangidas pela comunidade, podem não pertencer à própria, seja porque não se identificam com a forma como o movimento LGBTQIA+ , em específico, defende os seus direitos, ou por outros fatores... Algo que não ficou muito claro no artigo.
    Apesar deste artigo ser ligeiramente incompleto, achamos que de forma geral desenvolveu acertadamente o tema que lhe compete, pois devemos ter em conta que os aspetos mencionados ,apesar de poderem ser abordados de forma fácil através de métodos apropriados e explicativos, infelizmente não o são, pois ainda que vivamos numa sociedade que disponibilize grande parte dos recursos necessários para tal aprendizagem, muitas escolas e serviços pedagógicos ainda optam por não o fazer, devido à discórdia da opinião pública, que a nosso ver acaba por ser de certa forma ignorante, pois tudo aquilo que fora anteriormente exposto no artigo são factos científicos como quaisqueres outros, e que poderão, na maioria dos casos, garantir o conhecimento adequado para aqueles que enfrentam dúvidas no que toca a descobrir a sua orientação sexual, logo, é importante que os colegas responsáveis pelo trabalho exposto tenham o seu devido reconhecimento, já que as questões relacionadas com a orientação e atração sexual são bastante sensíveis, e infelizmente uma grande parte da nossa sociedade, como já mencionamos, não lhe dá a devida atenção, o que por vezes resulta na divulgação de desinformação e consequentemente, deteriora mediaticamente a causa.
    Este artigo (apesar das incorreções) acaba por ajudar de forma genérica a divulgar informação relevante a todos.

    Bernardo Lourenço Nº3
    Gabriel Rolim Nº14
    Gonçalo Esteves Nº15
    do 12ºH

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