quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

"A Metamorfose dos Pássaros" - Cinema na Madeira Torres




No âmbito do Plano Nacional do Cinema, coordenado na nossa escola pela professora Niki Paterianaki, será visualizado o filme "A Metamorfose dos Pássaros", no Anfiteatro, pelas 14:30 do dia 17 de fevereiro. 

Os alunos do 11ºA irão participar nesta atividade no quadro da articulação curricular entre as disciplinas de Português, Inglês e Filosofia.

Contamos com a presença da realizadora Catarina Vasconcelos, que estará disponível para um momento de conversa com os alunos presentes. 




7 comentários:

  1. Se me perguntarem qual é o meu género de filme favorito muito provavelmente iria descrever o oposto deste filme, mas como acredito que para conseguirmos evoluir culturalmente e pessoalmente precisamos de experienciar e sair da nossa zona de conforto, dei uma oportunidade ao filme.
    Verdade seja dita que nos primeiros minutos senti-me completamente perdida e um pouco sonolenta, mas penso que se deveu ao facto de não estar habituada a ter de estar atenta a todos os pormenores, desde as imagens, às cores e até ao próprio som. Foi então, que fez sentido na minha cabeça e comecei a perceber as analogias feitas ao longo do filme. Dei por mim numa viagem pela minha mente, uma viagem, que devo dizer, muito emocional. Não só pela história em si, mas também pela composição/falas ao longo do filme, recordo-me de ficar marcada pela frase: “Mãe, tu é que foste com os pássaros, mas é de ti que me lembro sempre que vem a primavera.”
    Recomendo a todos a visualização do filme "A Metamorfose dos Pássaros" não só para poderem experienciar um diferente género de cinema, mas também para apoiaram o cinema português que muitas vezes é uma arte esquecida.
    Laura Monteiro 11A

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  2. Este filme, em breves palavras, sem dúvida alguma que quebrou com muitos dos meus preconceitos acerca do conceito "filme" ao explorar diversos estímulos sensoriais de uma forma inédita para mim. Embora, inicialmente, tenha demorado a assimilar este novo conceito audiovisual, à medida que o mesmo se ia desenrolando, todas as sensações por este transmitidas cruzavam, de forma inconsciente, a minha mente. Este filme, mais erudito do que ansiava, elucidou inquestionavelmente o meu entendimento sobre as relações familiares, fulcrais nas conexões interpessoais ao longo da vida. Em conclusão, recomendo vivamente a visualização desta longa-metragem, uma boa ilustração da ligação entre mãe e filhos.
    João Cordeiro 11A

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  3. Bem sem dúvida que este tipo de filme não é o meu favorito,mas a visualização deste abriu me os horizontes cinomatográficos. Foi um momento onde descobri mais sobre a sétima arte e que nem todos os filmes se reduzem a filmes de comerciais de ação que estamos habituados a ver. Apesar deste aspecto acho que este filme foi benéfico por que deu para rever aspectos espirituais que não me é possível pensar devido à confusão do dia a dia. Penso que é uma experiência que todos devíamos ter pelo menos Uma vez na vida.

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  4. Esta foi a primeira vez que vi um filme deste género e tenho a dizer que fiquei desiludido, não pelo modo de como o filme foi feito, mas sim pela falta de bases que me ajudassem a compreender a história, pois, como nunca aprendi a "decifrar" este estilo artístico, não pude compreender, ainda que com esforço o enredo.
    Tendo dito isto, considero que a visualização deste filme sem as chaves necessárias foi um "salto" maior que minhas pernas. Não descarto, no entanto, a hipótese de um dia, quando tiver estás chaves, rever o filme.

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  5. Não querendo alongar-me muito para não se tornar massivo, deixo aqui a minha opinião sobre a atividade.
    Não vou mentir, esperava um tipo de filme que fosse mais ao encontro daquilo a que estamos habituados, cheios de ação/ agitação e peripécias.
    Em oposição, este é um género de filme onde é muito explorada a parte visual. São nos apresentadas muitas imagens que há primeira vista nos parecem simples e irrelevantes, contudo, tratam-se de analogias que pretendem transmitir mensagens bastante fortes. Não é daqueles filmes que se vê numa tarde de domingo sem grande atenção pois há muito a digerir.
    Reconheço que é um filme bastante emocional, metafórico e poético. No entanto, sinto que não consegui conectar-me a ele. Talvez não tivesse de mente ou espírito aberto para o abraçar e reter tudo aquilo que ele nos tenta transmitir.
    Penso que seja um filme que divida o público em extremos. É certo que não vai agradar e agarrar grande parte do público pelas suas características tão incomuns.
    De qualquer das maneiras, acredito que vale a pena dar-lhe uma oportunidade mesmo que seja apenas uma vez.

    Mariana Franco, 11° A

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  6. Certa vez, quando ainda um badameco (ou, dependendo de a quem perguntarem, um ainda maior badameco) visitei, em Lisboa, uma galeria de arte cujo nome escapou-se-me, entretanto, da memória. Ao contrário, contudo, duma das obras lá presentes, que me permaneceu no hipocampo desde então... E, poderão vocês perguntar-se, que obra foi essa? Pois bem, uma aparentemente saída duma zona em obras: um grande recipiente metálico contendo mais tijolos desfeitos do que os que se poderiam encontrar numa cidade ucraniana (esperemos que esta comparação fique rapidamente desatualizada), e acerca da qual comentei, expondo as minhas raízes nortenhas do lado paterno: "Que é esta *****?". Cheguei mesmo a pensar em como, se aquilo era "arte", porque insistiam em incluir um WC na galeria; afinal, se tudo era "arte" agora, porque privariam eles os seus visitantes de expôr ali mesmo alguma "arte" produzida pelos seus intestinos e rins? Ultrajante tal censura, completamente ultrajante...
    Mas, porque falo eu disto? Pois bem, porque para mim (caso não tenham percebido ainda, que admito não ter sido muito claro, abomino arte abstrata. Ou melhor, "arte" abstrata), "A Metamorfose dos Pássaros" tratou-se do equivalente cinematográfico daquela tijolada; i.e., uma obra pseudointelectual que, caso possua algum significado ou razão de ser, estes habitam apenas as mentes da sua criadora e leal comitiva, o que não é aquilo que se procura (pelo menos, é esse o meu parecer) no que toca a arte.
    Pois, para mim, arte é algo que as massas podem reconhecer e/ou apreciar, e que não pode ser feito por qualquer um, não uma película lenta, monótona e de caráter quase onírico (no mau sentido) que apenas serve para uns quantos pretensiosos de copo de vinho na mão (aqueles que julgam meter o "Sapiens" em "Homo Sapiens") explicarem à ignorante maioria. E, nisto sou definitivo, não admitindo, como outros, poder, no futuro, vir a rever este filme e desfrutar de tal experiência... Em vez disso, muito obrigado, prefiro filmes como a trilogia "Balas e Bolinhos" (o humor é o completo oposto de inteligente, mas entretém, que para mim é o vital num filme e qualquer forma de arte) ou peças como "Inferno" de Romeo Castellucci (completamente desprovida de sentido mas, ao contrário de "A Metamorfose dos Pássaros", incompreensível a um nível tão ridículo e variado que sou obrigado a confessar que assistir a esta na RTP2, pela madrugada, foi das melhores experiências de visionamento de algo que já tive). Mas, adiante... Obrigado se leram até aqui e um resto de bom dia (excepto para fãs de Pollock).

    - João Borges, 11ºA

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