terça-feira, 2 de janeiro de 2018

O Jogo suicidário da Baleia Azul

Há uns meses atrás, surgiu na comunicação social um conjunto de notícias perturbadoras sobre jovens em Portugal que tinham tentado o suicídio por estarem envolvidos num jogo divulgado nas redes sociais denominado "Baleia azul". O Jornal diário Público, a 28 de abril de 2017, publicou um artigo da responsabilidade de Cláudia Carvalho Silva esclarecendo em que consistia o jogo, a origem do fenómeno e o registo de algumas das suas vítimas.

Em que consiste o jogo?
O jogo Baleia Azul – ou Siniy Kit, como é conhecido em russo ou Blue Whale, em inglês – é composto por um total de 50 desafios diários, e que deve, portanto, ser completado no final de 50 dias. Cada desafio é enviado diariamente por um “curador” ou “administrador” que pede provas (como fotografias ou vídeo) de que o desafio foi cumprido na íntegra pelos jogadores que são, por norma, adolescentes com problemas de depressão ou isolamento. Uma das premissas do jogo é que se deve jogar até ao fim, sem desistências e sem contar a ninguém. Este jogo acaba por ser, na realidade, um incentivo ao suicídio, já que grande parte dos desafios envolve automutilação e o último desafio é “Tira a tua própria vida”.
O nome “Baleia Azul” vem de um dos desafios – em que é pedido ao jogador que se mutile e desenhe uma baleia azul no braço – com base na crença de que as baleias azuis (os animais) dão à costa voluntariamente com o intuito de perderem a vida.

Disponível em https://www.publico.pt/2017/04/28/sociedade/perguntaserespostas/perguntas--respostas-sobre-o-jogo-suicidario-baleia-azul-1770413

1 comentário:

  1. Felizmente, o desafio da baleia azul já não é tão praticado e há meses que não são divulgados novos casos pela comunicação social. No entanto, este foi um tema alarmante, uma vez que se tratava de um jogo promotor da automutilação e, em última instância, do suicídio. Os criadores do jogo tiravam partido da fragilidade emocional de jovens em depressão ou isolamento.
    Situações deste género podem ser mais facilmente evitadas através do acompanhamento psicológico de jovens nestas situações de risco.
    Em situações semelhantes, o jovem deve procurar auxílio por parte da família, escola, amigos ou profissionais de saúde mental. Estes mesmos agentes devem também estar atentos ao estado emocional do jovem, uma vez que nestas situações nem sempre o adolescente partilha os seus problemas por iniciativa própria.
    Carla Correia e Catarina Hilário

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