Vamos continuar com o §1 do Discurso do Método de Descartes
«(...) Os que não andam senão muito lentamente podem avançar muito mais, se seguem sempre o caminho direito, que os que correm e dele se afastam».
Isto de andar devagar no caminho certo ser melhor do que andar a correr pelo caminho errado, parece-me bem visto. No entanto, devagar ou a correr, acertar no caminho é que é difícil.
Mas clarifiquemos:
1. Se o objetivo é chegar ao conhecimento, o problema parece ter uma resolução relativamente fácil e parece reinar o acordo. Aqui, o método parece ser indispensável. Para conseguir avançar no conhecimento, em qualquer circunstância, a chave parecer estar nesta palavra, MÉTODO (palavra que significa etimologicamente «caminho para»).
2. Se o objetivo é o de viver a vida, o de cada um viver a sua vida, o problema parece bem mais difícil. Talvez a única coisa acertada e de bom senso seja a de pensar um pouco sobre esse assunto. E continuar sempre a andar, mas sem correrias desnecessárias. E quanto a este caminho, é impossível não referir o poeta castelhano António Machado (1875-1939)...
Mas clarifiquemos:
1. Se o objetivo é chegar ao conhecimento, o problema parece ter uma resolução relativamente fácil e parece reinar o acordo. Aqui, o método parece ser indispensável. Para conseguir avançar no conhecimento, em qualquer circunstância, a chave parecer estar nesta palavra, MÉTODO (palavra que significa etimologicamente «caminho para»).
2. Se o objetivo é o de viver a vida, o de cada um viver a sua vida, o problema parece bem mais difícil. Talvez a única coisa acertada e de bom senso seja a de pensar um pouco sobre esse assunto. E continuar sempre a andar, mas sem correrias desnecessárias. E quanto a este caminho, é impossível não referir o poeta castelhano António Machado (1875-1939)...
Caminante, son tus huellas
el camino, y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar
Creio que todos entendemos esta bela língua castelhana tão próxima de nós. No entanto, traduzo:
Caminhante, são tuas pégadas
o caminho, e nada mais;
Caminhante, não há caminho,
faz-se o caminho a andar
O "Discurso do Método" de Descartes, é algo que se aplica no quotidiano, como podemos ver no excerto. Na nossa vida nem sempre escolhemos o caminho certo, não por querermos mas porque é difícil perceber qual o correto. Mesmo que não se trate de atingir o conhecimento, o Homem deverá sempre percorrer o caminho certo mesmo que demore a encontra-lo e até mesmo a percorre-lo. O caminho correto poderá ser mais complexo e até mesmo mais difícil mas não é por isso que se deve desistir do mesmo pois é este que nos leva à verdadeira felicidade (ou conhecimento, segundo Descartes). "Nem sempre o caminho mais fácil, é o mais correto".
ResponderEliminarMC e BF - 11ºG
Bom dia,
ResponderEliminarEstamos totalmente de acordo com as principais ideias referidas neste texto. A primeira ideia refere claramente que os que andam lentamente chegam mais longe, isto é, na vida as pessoas que levam uma vida mais pausada e que têm calma a viver a vida, chegam mais longe, logo logicamente terão mais sucesso na vida, de um modo geral. O provérbio "Devagar se vai ao longe" retrata esta primeira ideia.
A segunda ideia é a dificuldade que é encontrar o caminho certo, em que nós estamos totalmente de acordo. Decidir um rumo certo para a nossa vida é uma das maiores preocupações que temos, e a isso associa-se uma grande responsabilidade, logo uma grande dificuldade.
A terceira ideia expõe a ideia de que o caminho para chegar ao conhecimento é fundamental e a quarta ideia diz que há uma grande dificuldade em as pessoas viverem a sua vida. A velocidade a que se vive a vida não é, de todo, o mais importante, o mais importante é mesmo continuar sempre a viver, isto é, continuar sempre a vivenciar novas experiências.
Por fim, o poema de António Machado, expõe claramente a ideia de que o caminho é feito ao longo da nossa vida, somos nós que o fazemos.
Ivo feat. David
Na obra mais famosa de Descartes, o 'Discurso do Método' o autor descreve o processo de desenvolvimento do seu método, que o conduzirá, de uma forma totalmente racional à verdade e ao conhecimento. Na segunda parte do livro Descartes descreve as vantagens da utilização do seu método e de como é transversal à sua vida quotidiana. Ainda antes de o pôr em prática em todos os aspetos da sua vida, Descartes optou por "expulsar" todas as «falsas verdades», todos os «conhecimentos» infundados, tudo o que lhe tinha sido incutido enquanto certo, sem qualquer reflexão e argumentação. É neste momento que assimila como verdadeiro os conhecimentos provenientes do seu método mas fá-lo paulatinamente, ou seja, tal como é descrito no poema e no artigo, não se justifica subvalorizar a razão em detrimento da rapidez.
ResponderEliminar"A pressa é inimiga da perfeição"
Té feat. Marcelino