terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Entre o autoritarismo e a pandemia: os efeitos da pandemia na nossa vida quotidiana

Disciplina de Ciência Política

Conferência:

Entre o autoritarismo e a pandemia: os efeitos da pandemia na nossa vida quotidiana” por Corina Lozovan 13-12 - 2021

Colaboração entre o Agrupamento Madeira Torres e a Área da Juventude Divisão de Desenvolvimento Social – Câmara Municipal de Torres Vedras no âmbito do projeto “A Política Contada aos Jovens”

Esta conferência, no âmbito da disciplina de Ciência Política, abordou várias temáticas de cariz político diretamente, ou indiretamente, ligadas ao tema principal: “Entre o autoritarismo e a pandemia: os efeitos da pandemia na nossa vida quotidiana”.

Logo no início, foram realçados os diferentes tipos de acontecimentos políticos que ocorrem “nos bastidores”, em grande sigilo, entre as potências mundiais, como por exemplo a investigação espacial e o desenvolvimento de tecnologia militar.

A pandemia foi um dos tópicos mais abordados. Foram apresentados os efeitos da pandemia, tanto a nível individual como coletivo.

A nível individual, houve várias mudanças em aspetos como o trabalho, a educação e a forma como utilizamos o espaço. A nível coletivo, aconteceram mudanças de ordem global, emergiram várias potências mundiais, os Estados Unidos da América perderam poder hegemónico e a desinformação tornou-se cada vez mais comum, avançada e elaborada, sendo difícil contê-la (mesmo em países democráticos).

Também foi levantada a seguinte pergunta: “Será que o Covid-19 é um precursor do autoritarismo e a vigilância em massa?”. Partindo daí, foi possível chegar a certas conclusões diretamente ligadas à questão política.

Na Europa, há cada vez mais ditadores/líderes autoritários que menosprezam os direitos humanos e abusam do poder. A Europa não tem poder suficiente para combater o aparecimento de autoritarismos; a democracia veio a diminuir no mundo e só os países nórdicos da Europa é que ainda apresentam uma democracia forte; as autocracias emergiram imenso de 2010 para 2020; a autocratização geralmente ocorre quando os grupos políticos mais extremos atacam os meios de comunicação, polarizam as sociedades e utilizam a desinformação; as pessoas assustaram-se e perderam os seus direitos individuais, havendo uma passagem para a tirania; a ameaça à liberdade de expressão intensifica-se e muitos governos aproveitaram-se da pandemia para derivarem para formas de autoritarismo.

Outro tópico importante foi a questão da tecnologia, o seu acelerado desenvolvimento e a sua presença nas nossas vidas. A conferencista apontou que, gradualmente, estamos a transferir a autoridade política para a tecnologia - um ator abstrato supranacional. Há argumentos que declaram que a tecnologia favorece a tirania e a diferença entre uma democracia e autocracia vai estar assente na utilização dos dados (vai ser difícil distinguir as duas).

A sociedade, ligada à tecnologia, tornou-se mais fácil de manipular, pois perdeu laços sociais e laços de comunicação.

Concluindo: esta conferência abordou vários aspetos que realçaram a importância da política nas nossas vidas e demonstrou porque é que é relevante e significante termos um papel ativo na sociedade, prestando atenção em tempos de transição, que podem ser perigosos para a liberdade e para a democracia.


Nota informativa acerca da conferencista

Corina Lozovan: Licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais, pela Universidade Nova de Lisboa, pósgraduada em Estudos Estratégicos e de Segurança, pelo Instituto de Defesa Nacional, detém o grau de mestre em Estudos do Médio Oriente, pela Universidade de Lund. Tem experiência em vários projetos de investigação, participou em conferências e seminários sobre política, cidadania e democracia. Atualmente frequenta o doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Católica Portuguesa e é investigadora no Centro de Investigação do Instituto de Estudos Políticos (CIEP).

Iustin Dubceac, Nº11, 12ºJ

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