quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Escola Secundária de Madeira Torres - Dia Mundial da Filosofia 2018



Perante os desafios do mundo contemporâneo, perante as possibilidades abertas pelo desenvolvimento da ciência e da tecnologia, surgem perguntam que nos interpelam enquanto homens. Quando as nossas perguntas se referem ao mundo em que habitamos e que queremos habitar, ao mundo pelo qual somos responsáveis, todos somos poucos para encontrar as melhores respostas. 
Ouçamos, por exemplo, Frei Bento Domingues:
«Não estamos no pior nem no melhor dos mundos. Os progressos científicos e tecnológicos são incontestáveis, mas a quem aproveitam? Quem são os seus beneficiários? Servem para o bem da humanidade inteira ou criam novas desigualdades? As grandes decisões sobre a orientação da pesquisa científica e sobre os investimentos que exigem devem ser tomadas pelo conjunto da sociedade ou ditadas apenas pelas regras do mercado ou pelo interesse de poucos?»
E para quem possa pensar ainda que na abordagem dos desafios do mundo contemporâneo a ciência e a religião estão em conflito, também nos diz Frei Bento Domingues:
«A guerra de insultos entre ciência e religião só pode ser alimentada e divulgada pelo persistente desconhecimento da natureza destas duas atitudes e práticas, igualmente humanas e diversas. Não são concorrentes, pois não brotam das mesmas perguntas, nem seguem os mesmos caminhos. Uns são os métodos da investigação científica, outros os percursos da experiência religiosa.» (Frei Bento Domingues, «Quem desafia quem», in Público de 10 de dezembro de 2017)


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