quinta-feira, 16 de julho de 2020

Ainda sobre o Dia Mundial da Filosofia 2019 na Madeira Torres

Este ano, à semelhança de anos anteriores, em parceria com o Rotary Club de Torres Vedras, integrada nas comemorações do Dia Mundial da Filosofia, os nossos alunos participaram numa Palestra subordinada ao tema "A Comunicação Social no Mundo Atual", proferidas pelos jornalistas António Esteves e Francisco Vasconcelos. 
António Esteves - jornalista

Sobre esta Palestra, vamos dar voz ao registo dos alunos A. S. e M. N. do 10ºano, turma B, que nos enviaram este texto, em jeito de reportagem...

A palestra teve início por volta das 15:20h com António Esteves, jornalista que já
passou por vários jornais e estações, nomeadamente na RTP.
Começou por nos falar sobre a sua vida profissional dentro da área das
telecomunicações.
O jornalista contou-nos também como era antigamente com a ausência da Internet e dos telemóveis, realçando o quão importante estes são para a nossa sociedade.
       “Existe muita gente com acesso à Internet (cerca de 4,1 mil milhões de pessoas) mas também existe muita gente que não tem, como por exemplo nos países pais pobres (cerca de 2,3 mil milhões)."
Seguidamente, abordou a importância crucial das redes socias para o jornalismo,
argumentando que “todos somos potencialmente repórteres”, o chamado jornalismo de cidadania, dando o exemplo que podíamos estar a fazer uma reportagem apenas por gravar a palestra, emitindo-a em direto nas redes sociais.
Posteriormente, explicou as principais diferenças entre um repórter e um jornalista. Um repórter não tem limitações, não tem restrições ao uso do seu material, não tem de respeitar um código deontológico, é uma fonte indireta de informação e enriquece o trabalho jornalístico. Um jornalista tem mais regras a cumprir com o conteúdo que publica e que esse conteúdo tem de ser devidamente tratado e editado para ficar o mais apelativo possível ao telespetador. Tem também de seguir e respeitar o código deontológico dos jornalistas, pode usar material de repórteres nas suas fontes de informação, passando estas a ser fontes diretas de informação e não pode expôr a privacidade das pessoas, mas deve divulgar e partilhar imagens de situações de brutalidades. António Esteves realçou que qualquer tipo de imagens ou vídeos publicados na Internet são impossíveis de remover da web. Passando à frente no assunto, o jornalista também nos contou acerca da revolução das telecomunicações em Portugal, referindo como datas mais importantes os anos de 1988 em que surgiu a rádio TSF, 1992, em que surgiu o primeiro canal televisivo privado (SIC) e 1994 em que foi criado o segundo canal privado (TVI). Após o tema da revolução das telecomunicações, António Esteves mostrou-nos a ordem de separação dos poderes, estando o poder executivo em 1º lugar, o poder legislativo em 2º lugar, o poder judicial em 3º lugar e o jornalismo em 4º lugar mas que, na opinião dele, e ordem de separação deveria ser alterada, passando o poder económico para o 1º lugar, o jornalismo para o 2º lugar, o poder executivo para o 3º lugar, o poder legislativo para 4º lugar e o poder judicial para 5º lugar. Acabando assim o seu discurso, António Esteves retirou-se do centro do palco e entrou o comentador jornalístico Filipe Romão. Logo depois de alguns agradecimentos, Filipe Romão começou por abordar a importância que a componente visual e as imagens projetadas têm na nossa vida, pois consumimos muito material audiovisual. De seguida, abordou o tema dos conflitos europeus no século passado como a Guerra de Sarayevo em 28/08/1995 na Rússia, a 2ª Guerra Mundial e as dificuldades económicas que um vendedor de fruta na Tunísia passava, o que levou ao seu suicídio que foi gravado em direto e que comoveu muita gente e, consequentemente, a partir dos vídeos publicados conseguiram quebrar o Governo da Tunísia. Filipe Romão também conclui que a Internet mudou muito durante as duas últimas décadas, dizendo que antes a Internet apenas se utilizava para retirar informação e que hoje em dia se utiliza para muitas mais áreas, nomeadamente lazer, publicidade, marketing, … Saindo assim do palco, entra novamente António Esteves com o tema das audiências. O jornalista realçou que o pico de audiências no mundo foi com o desastre do atentado da colisão das Torres Gémeas com aviões em Nova Iorque.


António Esteves disse que quanto maior for a audiência, maior é a receita produzida para as televisões, relembrou que o horário nobre (topo das audiências) se verificava entre as 19h e as 01h e explicou mais tarde a definição de “rating” e “share”: Rating: é a taxa de audiências Share: é a quota de audiências (define se um canal tem sucesso ou não). Ainda relativamente às audiências, foram comparados os gráficos das todas as audiências registadas em Portugal nos anos de 2010, 2015 e do dia 20 de novembro de 2019. Importa acrescentar que António Esteves aditou o tema da comunicação social e da importância da imagem e do visual de um jornalista televisivo. Referiu que, passamos a citar: “Não há uma segunda oportunidade para criar uma primeira boa impressão”. Realçou que o que vestimos transmite a imagem que queremos passar e que os jornalistas televisivos devem sempre vestir roupas de cores lisas e no tamanho adequado para não desviar a atenção dos telespetadores. Alertou também para o facto de serem criadas muitas “fake news”, notícias falsas que têm como objetivo criar boatos e espalhar histórias irreais. 
No fim, foi perguntado à plateia se alguém tinha alguma dúvida e a aluna Ana Inácio, Nº 1 da turma N do 10º ano interveio e perguntou se a publicidade dava dinheiro aos canais televisivos, ao que o jornalista António Esteves explicou que a publicidade é uma fonte de receitas para todos canais porque as empresas/anunciantes querem colocar os anúncios da sua atividade nos canais que têm mais audiência, trocando tempo de televisão por dinheiro.

Frases que nos “marcaram”: 
a) “Todos somos potencialmente repórteres.” 
b)“Consumimos mais informação num dia, do que Washington num ano.” 
c)“As pessoas vêm cada vez mais aquilo que querem ver e não aquilo que lhes queremos mostrar.” 
d)“Não há uma segunda oportunidade para criar uma primeira boa impressão.” e)“A simplicidade é o último degrau da sabedoria.”


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