sábado, 25 de julho de 2020

Visita de Estudo à Casa de Saúde do Telhal (9)

Terminamos este conjunto de publicações com alguns excertos de textos dos nossos alunos, dando conta da importância desta visita à Casa de Saúde do Telhal.

 "É preciso mostrar a cara"
 Instalação vídeo de um utente da Casa de Saúde do Telhal, foto de E.G., 12º, I.

«Este terá sido o lema, ao longo de todo o dia: os utentes não são uma doença, são pessoas tal como nós.»


« Os problemas de saúde mental afetam várias áreas da vida pessoal, familiar e profissional das pessoas que os rodeiam e é neste preciso ponto que temos de demonstrar especial atenção, na medida em que teremos de ter o dobro do cuidado ao coexistirmos com os pacientes. São de facto pessoas incríveis. É impossível não nos apegarmos a qualquer um dos pacientes, há algo neles de fascinante, cada um à sua maneira. O mais deslumbrante foi mesmo o gesto que um senhor teve para comigo ao oferecer-me um dos seus desenhos, escolhido a dedo. (...)
Por fim, quero dar ênfase à importância (...) de regressar como voluntários e realçar o quanto seria do meu interesse voltar àquela Casa. Não só pela escola, como também, garantidamente, num fim de semana ou num futuro acampamento organizado pela Juventude Hospitaleira. De facto, foi uma visita marcante e cheia de recordações.»
                                                                             J.M. 12ºG

Trabalho em gesso, representando rostos.
Exposição no Museu da Casa de Saúde do Telhal
Foto de E.G.,12ºI

«Por último, participámos numa interação coletiva, numa sala com mesas redondas (o que facilitou esta interação), onde vimos em concreto a maneira como os utentes comunicam com pessoas que não residem neste espaço e também ouvir um pouco da sua história de vida antes e depois do diagnóstico ter sido feito. Apesar de termos comunicado com os residentes destas instalações ao longo de toda a visita, foi neste último espaço que tivemos um contacto mais próximo e pessoal, pelo que foi uma ótima maneira de encerrar esta experiência.
Penso que com esta visita pudemos compreender de uma maneira bastante real como a sociedade muitas vezes exclui estas pessoas, discriminando-as devido a uma doença que percebemos não ser de todo incapacitadora do contacto com os outros. As pessoas não são a doença, apenas têm o diagnóstico da mesma.»
                                                        T.G., 12ºI

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